Setembro Amarelo é lembrado na Unicentro com rodas de conversa

Setembro Amarelo é lembrado na Unicentro com rodas de conversa

Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), a cada 40 segundos uma pessoa morre por suicídio em algum lugar do mundo. Além disso, de acordo com estudo realizado pela Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), 17% dos brasileiros, em algum momento, pensaram ou vão pensar em dar um fim a própria vida. São números e dados como esses que deram cor ao mês de setembro: o amarelo. O objetivo da campanha é conscientizar a comunidade sobre a importância da prevenção do suicídio. A Unicentro, por meio da Coordenadoria de Apoio ao Estudante, também aderiu a campanha já que, como explica a psicóloga Débora Luisa Schöne, o tema precisa ser discutido no ambiente acadêmico.

Organizar os espaços de conversas não só sobre o tema do setembro amarelo, mas sobre a prevenção ao suicídio e a depressão também. Aqui na instituição, nós oferecemos para os alunos o acolhimento psicológico, que é uma conversa, uma escuta para, a partir dessa conversa, poder fazer o encaminhamento externo. Mas primeiro eu acolho esse aluno, eu converso com ele, acolho o sofrimento, a angústia. acho que isso é muito importante”, detalha Débora. 

Rodas de conversa têm como objetivo ouvir estudantes e mostrar caminhos para quem precisa de ajuda (Foto: Coorc)

A primeira medida para minimizar o problema é a educação. Por isso, durante o mês de setembro, a Unicentro está realizando rodas de conversa para toda a comunidade universitária. Em uma delas, o psicólogo Yan Patrick Padilha foi convidado a mostrar os caminhos da depressão e o quão importante é o tratamento da doença. “É tempo de reafirmar o óbvio, que a gente precisa falar para as pessoas que depressão não é frescura, que depressão não é falta de Deus, que o suicida não é um covarde, que ele não é alguém que está tentando fugir dos problemas. Então, o evento se caracteriza por esse viés. A gente está tentando trazer para as pessoas uma perspectiva histórica, uma perspectiva social, para que as pessoas vejam ‘opa, tem algo mais aí. Não é só a depressão, não é só o suicídio”.

Adriana Vivi Kloster é estudante de Filosofia. Foi no apoio psicológico ofertado pela Coordenadoria de Apoio ao Estudante que ela encontrou uma maneira de entender o que estava sentido. “Dentro da universidade nunca foi um tema muito aberto, e a maioria – eu acho –  dos estudantes sofrem com problemas de saúde mental dentro da universidade. Eu acho que é preciso ser debatido sobre isso e é para a gente ter noção do que está acontecendo e pedir ajuda, entender que isso não é um problema só seu, o outro também pode estar sofrendo”.  

As rodas de conversas ainda estão acontecendo. Nessa quinta, 19, às 8h30 o diálogo será no Auditório da Pós-Graduação em Química; no dia 25, também no Auditório da Pós-Graduação de Química, às 19h30; dia 27, a roda de conversa é no Auditório da Pós-Graduação em Geografia, às 8h30; e no dia 30 será o encerramento oficial da campanha, às 19h30, no Auditório Central do Cedeteg. 

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