Unicentro integra programação mundial da  International Association for the Study of the Commons

Unicentro integra programação mundial da International Association for the Study of the Commons

O processo de internacionalização de uma universidade se dá de muitas maneiras e em vários momentos. Quando um aluno ou docente vai para o exterior é a mais comum. Eventos em parceria com a comunidade internacional também são um importante ponto para o crescimento além-fronteiras. Por isso, o Grupo de Pesquisa Desenvolvimento Comunitário e Sustentabilidade realizou o The Brazil Commons Seminar: the Faxinal Tradition. Seminário que integra uma série de ações mundiais sobre o estudo de uso de terra como bem comum, organizado pela International Association for the Study of the Commons.

A ciência hoje não pode ter fronteiras, os nossos interesses são interesses de pesquisadores do mundo inteiro e existe um esforço hoje no Brasil – e dentro da nossa universidade não pode ser diferente -, que é o esforço da internacionalização. Então, esse evento é um evento que, em vez de nós irmos internacionalizar fora do país, nós estamos trazendo a internacionalização pra dentro da universidade”, explica o organizador do The Brazil Commons Seminar, professor Carlos Alberto Marçal Gonzaga, do Departamento de Administração do Campus de Irati.

Atividades contaram com a presença a comunidade universitária (Foto: Edson Golinski)

O Seminário, que contou com palestras, mesas redondas e apresentações de trabalho, além de integrar a universidade com o exterior, também foi um momento de união dos próprios cursos, como o curso de Turismo, que auxiliou durante a organização. Possibilidade que trouxe um ganho para a formação dos alunos. “Esse evento promove esse contato com o conteúdo dos faxinais e também promove para o curso de Turismo a prática, os alunos praticarem tudo que veem na teoria aqui no evento”, avalia a professora Patricia Denkewicz.

Palestrante do evento, o professor do Departamento de Administração, Antonio João Hocayen Silva, comenta que o estudo dos faxinais, nessa perspectiva ampla do seminário, é muito enriquecedor para os pesquisadores do mundo todo. “A ideia de reunir diferentes cursos e até instituições no exterior, isso potencializa as nossas investigações científicas daqui, nos levam a um ganho maior de força, de fôlego na hora de se estudar as comunidades tradicionais, nesse caso, os faxinais”.

Os faxinais são uma particularidade da região onde a Unicentro está inserida. Por isso, o reitor da universidade, professor Aldo Nelson Bona, retifica que estudos ligados a essa temática, nos mais diversos cursos, são uma prova do comprometimento da Unicentro com o crescimento e reconhecimento da região. “Acho bastante apropriado e fundamental que a universidade, cada vez mais, construa saberes a esse respeito, saberes ao lado dos povos faxinalenses, dos povos tradicionais e, assim como um todo, possa também melhor formar conhecimento e visão a respeito dessa característica da região centro-sul do estado do Paraná”, afirma.

Seminário foi organizado pelo professor Carlos Marçal Gonzaga (Foto: Edson Golinski)

Uma das pessoas que aproveitou o seminário para saber mais sobre o tema foi a estudante do primeiro ano de Pedagogia, Priscila Lopes, que busca entender principalmente os faxinalenses já que, como futura pedagoga, precisa conhecer a realidade em que pode vir a trabalhar. “A gente vai conviver com alunos que vem dessa tradição, que está muito mais presente na vida deles. Então, acho importante a gente saber como funciona, saber da onde que vem e ter uma interação”.

A professora Silvana dos Santos, do Instituto Federal do Paraná, outra instituição parceira do evento, acredita que ao estudar os faxinais todos saem ganhando: as instituições, os pesquisadores e a comunidade, já que muitas pesquisas partem da vontade dos próprios faxinalenses. “Os faxinais fazem parte da nossa história e também enriquecem a vida dos pesquisadores que vão trabalhar com uma realidade concreta, com uma pesquisa embasada, muitas vezes demanda da própria comunidade”.

Deixe um comentário