“Afetividade e práticas pedagógicas” é tema de palestra para professores da Unicentro

“Afetividade e práticas pedagógicas” é tema de palestra para professores da Unicentro

Professor Sérgio Antonio da Silva busca saber como as relações de afeto são construídas dentro das universidades.

Professor Sérgio Antonio da Silva busca saber como as relações de afeto são construídas dentro das universidades.

Afeto é o sentimento de afeição ou de simpatia por alguém ou algo. Por isso, essa afetividade está presente nas relações humanas, entre elas as construídas nos processos de ensino-aprendizagem. Relações afetivas que chamaram a atenção do professor Sérgio Antonio da Silva, que transformou o tema em objeto privilegiado de pesquisa. A ele interessa saber como as relações de afeto são construídas dentro das universidades. “A gente têm construído uma concepção que eu acho que não é aquela que, talvez, a maioria espere. Não é aquela relação professor-aluno. Nós estamos muito mais preocupados em identificar o impacto afetivo que a mediação do professor produz na relação que estabelece entre o aluno e o conteúdo”, explicou.

A palestra, que ocorreu no dia 18, no Auditório Francisco Contini do campus Santa Cruz, em Guarapuava, foi direcionada aos professores da Unicentro e das escolas da rede pública estadual e faz parte do Projeto Entredocentes, ligado à Pró-Reitoria de Ensino. “Essa é uma temática que as pessoas querem ouvir. A gente quer ouvir sobre afeto, quer ouvir sobre afetividade. Eu acredito que todos nós que trabalhamos, em todos os setores, precisamos dessa relação de afetividade nas nossas relações sociais”, avaliou a professora Wanda Terezinha dos Santos, uma das coordenadoras do projeto.

O professor Sérgio explicou que sua pesquisa busca identificar como e em que situações o aluno desenvolve uma relação de afeto positiva com os conteúdos das disciplinas. “Se você observar como a maioria do nosso sistema de ensino é um sistema centrado no controle aversivo, é uma avaliação aversiva, as pessoas até aprendem, mas não estabelecem uma relação afetiva com aquilo que aprenderam. Quer dizer, aprendem enquanto estão na escola, mas depois que saem, não querem mais saber. Tem a ver com a relação afetiva, ou com a falta de afeto”.

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