Unicentro recebe missão internacional em evento sobre genômica e biodiversidade

Unicentro recebe missão internacional em evento sobre genômica e biodiversidade

Nos dias 10 e 11 de abril, o Câmpus Cedeteg da Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro) sediou o evento “Missão de Pesquisadores da Austrália e Moçambique ao Paraná”, um encontro de destaque que reuniu diversos especialistas internacionais e nacionais na área da pesquisa em genômica e biodiversidade.

Organizado pela Fundação Araucária, junto aos projetos de Novos Arranjos de Pesquisa e Inovação (Napi) em Genômica e Biodiversidade, em parceria com o Instituto para Pesquisa do Câncer de Guarapuava (Ipec), o evento contou com a participação de renomados cientistas. Durante o evento, os participantes puderam discutir e compartilhar conhecimentos sobre os avanços mais recentes na área da genômica aplicada em saúde, ambiente, microbiologia do solo e serviços ecossistêmicos.

“Esse evento começou em Curitiba, na segunda-feira, e Guarapuava sediou a maior parte do evento. O objetivo é discutir parcerias, – veio um grupo de pesquisadores que trabalham exatamente na área que a gente trabalha, dentro desses Napi’s que estão envolvidos – para poder ver sinergias que existem, para a gente poder desenvolver projetos em parceria que envolva todas as universidades do estado do Paraná”, conta o pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação da Unicentro, professor Paulo Roberto da Silva.

Paulo Roberto ressaltou a importância do evento como facilitador do desenvolvimento científico e tecnológico na Unicentro e na região. “Essa missão é muito importante porque é uma missão sob demanda, os australianos estão muito interessados nas nossas pesquisas e nós nas deles. É excelente para a universidade, a internacionalização é uma coisa muito importante e a possibilidade de ocorrer uma internacionalização real é muito grande. A Fundação Araucária provavelmente vai lançar editais relacionados a essa missão, com o objetivo de projetos em colaboração e enviar alunos para o exterior, para fazer doutorados sanduíche, pós-doutorado e também, um dos principais focos da Fundação Araucária, é enviar professores das universidades estaduais para fazer pós-doutorado na Austrália com esse grupo que está presente aqui hoje”, disse o pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação.

Um dos organizadores, o coordenador do Napi Genômica e presidente do Ipec, professor David Livingstone Alves Figueiredo, conta que a realização do evento começou com uma visita anos atrás. “Em 2022, alguns pesquisadores, dentre eles eu, foram em uma missão pela Fundação Araucária até a Austrália para buscar conexões de pesquisa e inovação. Esse evento é um resultado da nossa visita”.

Médico e docente do Departamento de Medicina da Unicentro, David destacou a relevância do evento para fortalecer laços entre instituições de diferentes países, principalmente na área da saúde. “Há várias iniciativas possíveis, que envolvem biodiversidade, agronomia, mas em relação à saúde humana, tivemos a oportunidade de ter aqui o pesquisador número um em RNA do mundo, e uma conexão muito grande com o projeto Genomas Paraná e Genomas SUS que estamos desenvolvendo, além do data lake (banco de dados) que queremos iniciar com o Instituto do RNA da Universidade de Sydney. Além disso, há uma conexão com a Fiocruz, na perspectiva de um projeto de desenvolvimento de vacinas para câncer, especificamente câncer de cabeça e pescoço”, afirmou.

Vindo da Universidade Licungo, em Moçambique, Alberto Bento Charrua enfatizou o trabalho realizado pelas universidades paranaenses. “O evento está muito bom, é minha primeira experiência, primeira vez que cá venho, mas carrego comigo uma impressão positiva em relação aos trabalhos que aqui estão sendo feitos e eu acho que é algo que dá para replicar em Moçambique e em outras partes do mundo”, disse.

Pesquisador na área de modelação ecológica, conservação da biodiversidade e serviço de ecossistemas, Charrua se mostrou motivado com as cooperações que podem surgir. “Estamos tendo essa interação com Austrália, Brasil e Moçambique e é uma oportunidade para futura cooperação, mobilidade de docentes e também alunos. Nós já identificamos áreas comuns, daqui para frente vamos desenhar projetos, com ideias mais gerais e ver a oportunidade de financiamento que possa custear as pesquisas e também a questão da mobilidade”.

Por Giovani Ciquelero

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