Unicentro dá início às aulas de português para estrangeiros do Programa PEC-G

Unicentro dá início às aulas de português para estrangeiros do Programa PEC-G

Nesta semana, a Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro) deu início à primeira semana de aula do curso de Português para Estrangeiros, destinado aos participantes do Programa de Estudantes – Convênio de Graduação (PEC-G). O programa, que trabalha com estudantes de diversos países, tem desempenhado um papel crucial na internacionalização do ensino superior brasileiro, especialmente na Unicentro. A coordenadora-geral do Escritório de Relações Internacionais da Unicentro (ERI), Cibele Lemke, descreve o PEC-G como um catalisador para o desenvolvimento dos países conveniados. “Cada estudante que se forma no ensino superior, retorna ao seu país com a missão de aplicar em seu local de origem os conhecimentos adquiridos”, destaca.

Segundo Cibele, é notável a evolução do programa ao longo dos anos – tanto em termos de oferta de cursos quanto de suporte aos estudantes estrangeiros. “A oferta de vagas tem se ampliado a cada ano, com mais de 6 mil selecionados ao longo da última década”, comenta. “O programa não só capacita os estudantes estrangeiros, mas também contribui para a internacionalização das universidades brasileiras”, complementa a professora.

Nesta chegada ao Brasil, a equipe do ERI, com o apoio de outros setores da instituição, como a Reitoria, a Pró-Reitoria de Extensão e Cultura (Proec), via Programa Multicultural de Línguas (Promul), Centro de Línguas de Irati (CEL), e a Coordenadoria de Apoio ao Estudante (Coorae), foi fundamental no processo de adaptação dos estudantes ao novo país. Em Guarapuava, em especial na Unicentro, o apoio é dedicado aos estudantes desde a chegada.

“Fizemos todo um trabalho em conjunto para recebê-los da melhor forma possível e ajudá-los, desde encontrar moradia até em trâmites burocráticos”, explica o coordenador do ERI, Adriano Machado.

 

Aulas do Pré-PEC-G – Para auxiliar os alunos estrangeiros, a Unicentro faz parte do projeto do Ministério das Relações Exteriores, que oferta aulas de português para estrangeiros, a fim de prepará-los para a prova do Celpe-Bras, que lhes garantirá o Certificado de Proficiência em Língua Portuguesa para Estrangeiro.

A aprovação e a conquista do certificado é o que garante aos alunos estrangeiros a oportunidade de ingressar em um curso superior nas universidades brasileiras, nas vagas destinadas para esse fim.

No momento, a Unicentro oferta aulas para seis alunos, sendo três da República Democrática do Congo, um do Quênia, um do Paquistão e um de Benin. Esses acadêmicos passarão o ano todo estudando português na instituição, até realizarem a prova do Celpe-Bras, prevista para outubro de 2024. Os que forem aprovados, ingressam na graduação no Brasil.

 

Internacionalização – O Brasil tem se tornado um destino atrativo para os estudantes estrangeiros devido às facilidades oferecidas no ensino superior e nos serviços públicos. Segundo Adriano, receber esses alunos é fator fundamental para a internacionalização da Unicentro, pois “promove o intercâmbio cultural e amplia nossas ações nesse sentido. Além disso, o impacto do programa não se limita apenas aos estudantes estrangeiros, mas também beneficia nossa comunidade universitária como um todo”, enfatiza.

Para Cibele, o programa possibilita à internacionalização da Unicentro “que as culturas estejam em movimento e uma maior interação linguística, assim como promove a cultura brasileira bem como os saberes regionais”, destaca.

A Unicentro possui uma política de internacionalização e uma política linguística institucional. Esses documentos são referências na instituição para o desenvolvimento de ações internacionais. “Nossa universidade está de portas abertas para a recepção de estudantes e profissionais estrangeiros e, sempre, no sentido de avançar e consolidar as trocas acadêmicas advindas da cooperação internacional”, reforça Cibele.

O programa – Programa de estudantes-convênio de graduação (PEC-G) é administrado pelo Ministério das Relações Exteriores, por meio da Divisão de Temas Educacionais, e pelo Ministério da Educação, em parceria com Instituições de Ensino Superior em todo o país. Criado em 1965, o programa tem evoluído no sentido de não só capacitar estudantes estrangeiros, mas também ampliar a internacionalização das universidades brasileiras.

Nos últimos anos, a oferta de vagas tem se ampliado. A África é o continente de origem da maior parte dos estudantes, com destaque para Cabo Verde, Guiné-Bissau e Angola. Atualmente, 73 países participam do PEC-G, sendo 29 da África, 28 das Américas, nove da Ásia e sete países da Europa. Os cursos com o maior número de vagas oferecidas são Letras, Comunicação Social, Administração, Ciências Biológicas e Pedagogia.

Por Caroline Albertini

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