Unicentro presente em todos os dias de programação da Reunião Anual da SBPC

Unicentro presente em todos os dias de programação da Reunião Anual da SBPC

A Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro) é uma das universidades parceiras da 75. Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, a SBPC. O evento está sendo realizado, desde ontem, em Curitiba, e é sediado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR). Na noite deste domingo (23), ocorreu a cerimônia de abertura desta edição, que tem como tema “Ciência e democracia para um Brasil justo e desenvolvido”.

A solenidade, que lotou o Teatro Guaíra, teve início com apresentações de grupos artísticos da UFPR, incluindo música, dança e teatro. Na sequência, foi formada a mesa de honra que contou com a presença de autoridades locais, estaduais e nacionais. Programação que, segundo a a secretária-geral da SBPC e coordenadora da Reunião Anual de 2023, Claudia Linhares Sales, tem o espírito crítico e contestador da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência.

Teatro Guaíra ficou lotado na cerimônia de abertura da Reunião Anual da SBPC. Reitor da Unicentro acompanhou a atividade inaugural da segunda fila (Foto: Coorc)

É uma das aberturas mais lindas que eu já vi. A programação artística foi muito emocionante e as autoridades aqui são muito representativas. É uma mesa muito forte que diz o que a gente tem dito desde o dia primeiro de janeiro desse ano: ‘a ciência voltou’, ‘fora o negacionismo’, ‘a ciência é inquestionável para a gente resolver os grandes problemas brasileiros’”, sintetizou Claudia, durante a cerimônia.

Uma das integrantes da mesa de honra, a ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, ao discursar, fez um balanço dos primeiros sete meses de sua gestão e anunciou novas ações do governo federal para o setor, como a destinação de R$ 3,6 bilhões para o Programa de Recuperação e Expansão da Infraestrutura de Pesquisa Científica e Tecnológica em Universidades e Instituições de Ciência e Tecnologia (Proinfra). Segundo a ministra, os recursos serão distribuídos nos próximos dois anos por meio de editais da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep). Quase 10% do total vão beneficiar as regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste em parceria com as Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa.

Já o presidente da SBPC, Renato Janine Ribeiro, salientou que o encontro desse ano é permeado por muita expectativa por parte das pessoas que produzem ciência e conhecimento no país. “Esses anos, tanto a ciência quanto a democracia foram ameaçadas, não só no Brasil mas em outro lugares do mundo, com o avanço do negacionismo, com a recusa das evidências científicas, com a recusa dos fatos que a imprensa apura. Quer dizer, cresceu uma convicção lastimável de que a verdade não tem importância, de que se pode dizer qualquer coisa. Então, é muito importante cientistas estarem presentes, é muito importante a imprensa se revigorar – a imprensa livre independente e séria, para a gente poder recuperar um caminho importante da vida; conseguir retomar propostas para o Brasil com base em evidências científicas, que são decisivas. É a ciência que permitiu que o homem fosse à lua, a ciência que dobrou a expectativa de vida dos seres humanos ao longo desse século que passou”, avaliou Janine Ribeiro.

Ao final da cerimônia, o reitor Fábio Hernandes fez questão de fotografar com a ministra Luciana Santos, reiterando apoio às ações atuais do MICT (Foto: Coorc)

O reitor da Unicentro, professor Fábio Hernandes, que esteve presente na cerimônia de abertura, considera que as falas intercalaram memória recente, com protesto e otimismo. Mistura que revigora os ânimos das universidades brasileiras, que são responsáveis por 95% de todas as pesquisas desenvolvidas no Brasil. “Foram falas otimistas, falas voltadas ao progresso do país e nós sabemos que o progresso começa pela ciência, pela igualdade, pela manifestação de todos e todas em prol de um Brasil melhor”. Até sábado (29), na perspectiva do reitor “se vai discutir o futuro da ciência do Brasil depois de um período dos mais difíceis que nós passamos em relação ao financiamento, em relação ao reconhecimento da nossa pesquisa científica, da pesquisa que transforma, da pesquisa que faz um país melhor, que faz uma sociedade melhor”.

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