Estudantes apresentam resultados de pesquisas de Iniciação Científica no 31º Eaic

Estudantes apresentam resultados de pesquisas de Iniciação Científica no 31º Eaic

Um ano inteiro de dedicação e comprometimento à ciência. Essa foi a realidade de 545 estudantes que participaram dos programas de iniciação científica da Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro) entre setembro de 2021 e agosto de 2022. O resultado pode ser conferido no 31º Encontro Anual da Iniciação Científica (Eaic), que iniciou na segunda-feira (7) nos câmpus Santa Cruz, Cedeteg e Irati. O encontro, como enfatiza o coordenador do evento, professor Paulo Roberto da Silva, é o momento de apresentar e divulgar os resultados das pesquisas científicas realizadas. “Isso garante ao aluno uma maior visibilidade do que ele tem feito nos seus projetos de pesquisa. É uma etapa extremamente importante e essencial na divulgação de uma pesquisa. Porque, toda pesquisa, só vai ter um efeito se for divulgada”, destaca.

 Estudante apresentando resultado da sua pesquisa.

Larissa Silva de Oliveira, aluna de Engenharia Florestal, apresentou seu trabalho de iniciação científica durante o primeiro dia de evento. Em sua pesquisa, ela investiga o aparecimento de um inseto chamado psilídeo de concha em plantações de eucalipto no Paraná. Esse inseto, de acordo com Larissa, causa danos ambientais e econômicos ao reflorestamento de eucaliptos na região. Os dados da pesquisa foram obtidos com a empresa Klabin, que utiliza as florestas de pinus e eucaliptos como matéria-prima na produção de papel e celulose. “Ela [a empresa] forneceu para a gente esses dados e eles foram computados de maneira que a gente conseguisse visualizar graficamente e ver em qual mês tem mais aparecimento do inseto e como as variáveis meteorológicas estão nesse cenário”, conta a estudante. Um dos resultados obtidos por Larissa é que há uma diminuição do inseto em períodos do ano com maior precipitação de chuvas. “A gente tem esse cenário, podemos ver graficamente que acontece isso. Mas, estatisticamente, a gente não consegue afirmar, até porque o tempo foi muito curto para fazer essa correlação ser significativa”. A professora Daniele Ukan foi quem orientou a Larissa e acompanhou a exposição da estudante durante o Eaic. “A Larissa foi organizada na realização das atividades e demonstrou responsabilidade com a pesquisa”, afirma.

Entre as exposições orais do segundo dia de EAIC, a aluna de Psicologia Monara Rocha apresentou sua pesquisa, orientada pelo professor Gustavo Zambenedetti, sobre as percepções de pessoas diagnosticadas com a Covid-19 em relação à prevenção do vírus. “A gente entrevistou seis pessoas que foram diagnosticadas com Covid-19 no período de novembro de 2020, para entender como que elas lidaram com esse período pandêmico, diante das fake news, diante também de todas as relações sociais que se modificaram nesse período”, conta Monara. Ela também evidencia como a experiência da iniciação científica impactou na sua formação como psicóloga e pesquisadora. “Foi uma experiência muito importante pra mim, principalmente poder atrelar toda a teoria, todo conhecimento que a gente aprende na universidade, com as vivências das pessoas. Porque é o que a gente vai fazer, tanto como pesquisador como para minha profissão também”, analisa.

As sessões de apresentações do EAIC também foram assistidas por oito professores do comitê externo do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). A comitiva é enviada à instituição para avaliar os trabalhos desenvolvidos por alunos beneficiados com bolsas de fomento ao longo do ano. “A gente, na verdade, acompanha antes. A gente avalia todo o processo de seleção dos trabalhos, todos os relatórios que eles encaminham anteriormente”, explica o professor Marcos Bruschi.

O também avaliador, professor Fábio Coltro, destacou a relevância das temáticas abordadas pelos acadêmicos. “Foram trabalhos excelentes, muito relevantes, não só dos bolsistas. Muitos alunos empenhados, mostrando que, mesmo com as dificuldades da pandemia, desse isolamento, eles conseguiram fazer a pesquisa. Isso dá ânimo pra gente”, destaca. A professora Claudete Mangolin complementa que os trabalhos foram readequados no período, sendo que os estudantes conseguiram se reorganizar e terminar a tempo e com resultados.

As atividades do 31º EAIC seguem até quarta-feira (9). A programação do último dia conta com uma palestra virtual e com a entrega de Menções Honrosas aos trabalhos científicos premiados.

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