Na Unicentro, a formação vai além das salas de aula

Na Unicentro, a formação vai além das salas de aula

Atividades de ensino, pesquisa e extensão caminhando lado a lado. A prática cotidiana desses pilares tem feito da Unicentro uma referência em ensino superior de qualidade e, quando se trata de formação, as possibilidades vão além. Isso porque, a vivência acadêmica contempla espaços que ultrapassam os limites das salas de aula e laboratórios.

É nesse cenário que se inserem os cursos de idiomas, a exemplo do Programa Multicultural de Línguas (Promul), que atende a toda comunidade de Guarapuava. O objetivo do programa, que é vinculado à Pró-Reitoria de Extensão e Cultura da universidade, é oportunizar que as comunidades interna e externa possam aprender um novo idioma por um valor acessível ou, em alguns casos, sem pagar nada. Desde 2014, o programa já atendeu mais de 3 mil estudantes. Atualmente, são 240 matriculados. “O programa oferece curso de alemão, espanhol, francês e inglês, desde o nível inicial até o nível avançado”, explica a secretária e coordenadora administrativa do programa, Beatriz Souza da Silva.

Atividade semelhante também existe em Irati. O Centro de Línguas da Unicentro (CEL), de acordo com o diretor, professor Tadinei Daniel Jacumasso, busca oferecer cursos de línguas estrangeiras, modernas e clássicas, língua portuguesa como língua estrangeira, e libras a toda comunidade. “Oportunizar o conhecimento e a aprendizagem das múltiplas linguagens que abrangem a cultura dessas línguas e suas manifestações; desenvolver programas e projetos de ensino, pesquisa e extensão relacionados ao estudo, aprendizagem e aperfeiçoamento nas línguas ofertadas; e oferecer cursos regulares de línguas para o atendimento de necessidades específicas, respondendo, às demandas acadêmicas e da comunidade”, acrescenta. Pelo CEL, desde o início das atividades, em 2014, já passaram mais de 1.800 alunos. Neste segundo semestre letivo de 2021, o Centro conta com 330 matrículas ativas. “São 25 cursos em andamento, de idiomas como alemão, espanhol, francês, inglês, italiano, libras e polonês. Ofertamos também um curso de extensão de Talian, em parceria com outras instituições”, pontua.

O interesse por aprender o idioma polonês foi o que motivou a acadêmica do curso de Letras Eduarda Farias a procurar as aulas do CEL. “Sempre tive interesse em aprender novas línguas e uma delas era o polonês, mas é um curso pouco ofertado. Então, foi no CEL que eu consegui participar de uma turma. A região de Irati é fortemente marcada pela cultura eslava e, com as aulas de polonês, vejo que com o conhecimento que adquiri, eu consigo entender as variações linguísticas que o pessoal aqui do sul tem”, relata. “Além disso, foi graças ao curso de polonês que eu consegui me encontrar em uma das disciplinas da faculdade e, agora, faço pesquisa na área da fonética com foco no polonês”, acrescenta. Além do polonês, Eduarda também está matriculada no curso de inglês para fins acadêmicos.

A Unicentro também é uma das instituições integrantes do Programa Paraná Fala Idiomas, ofertando cursos de francês e inglês para membros da comunidade universitária. “São programas estratégicos para a internacionalização das universidades, que têm o objetivo de potencializar as possibilidades de participação das instituições em ações de internacionalização. O público-alvo é a comunidade universitária, isto é, professores, estudantes e agentes universitários”, explica a coordenadora institucional do Paraná Fala Inglês (PFI) na Unicentro, professora Neide Garcia. As atividades do programa PFI iniciaram em 2014 e, desde então, mais de 1.200 estudantes concluíram os cursos.

Já o Paraná Fala Francês (PFF) começou a ser desenvolvido em 2018 e, hoje, conta com 63 alunos matriculados. “O PFF disponibiliza seis turmas semestrais de língua francesa, de diferentes níveis. O programa oferece à comunidade acadêmica a oportunidade de aprender uma nova língua de forma gratuita. Mesmo em meio a pandemia, conseguimos proporcionar aulas online, em plataformas digitais, usufruindo de novos métodos de ensino, oferecendo, assim, um novo leque de oportunidades para o futuro profissional e pessoal de cada interessado”, ressalta a coordenadora institucional do PFF, professora Denise Witzel.

“Como estudante de jornalismo, aprender novas línguas é muito importante. O PFF tem me proporcionado contato com falantes nativos do Canadá, e aulas e atividades que têm colaborado tanto com meu conhecimento da língua quanto cultural, por conta da diversidade de países francófonos”, afirma a acadêmica Ana Laura Becker, que participa do PFF desde o início de 2020. “O fato do programa ser gratuito ajuda muito alunos de universidade pública, tornando possível que possamos ter contato com novas oportunidades”, evidencia.

A cultura é área prioritária para a Unicentro, com a oferta de oficinas – de teatro, dança e música, por exemplo – e com  a realização de mostras artísticas como o Festival de Arte Folclórica (Foto: Unicentro)

Para além do ensino de novos idiomas, a Unicentro também se dedica a ser um espaço de estímulo à cultura e ao esporte, promovendo atividades que congregam não só a comunidade acadêmica, mas toda a população ao entorno. “As atividades têm, como um de seus principais objetivos, figurar a universidade como um espaço de valorização da cultura, para estreitar o relacionamento com a comunidade”, destaca a pró-reitora de Extensão e Cultura, professora Lucélia de Souza.

No âmbito cultural, entre as principais ações estão o Festival de Teatro e o Encontro da Arte Folclórica. “Em 2022, teremos um evento inédito com exposições, performances, instalações, que agregará as comunidades geral e universitária, incluindo outras universidades”, anuncia a diretora de Cultura, professora Níncia Teixeira. Além desses eventos, também são realizadas, mensalmente, exposições virtuais nas áreas de música, artes cênicas, cultura urbana e popular, dança, artes visuais, fotografia, cinema e literatura.

Outro destaque é o Feteco. O Festival de Teatro reúne companhias de várias partes do Brasil com espetáculos para públicos variados  (Foto: Unicentro)

Outra experiência cultural que pode ser vivenciada na Unicentro é o Festival Universitário da Canção, o Fuca. O evento abre espaço para talentos musicais da composição e da interpretação. Egresso do curso de Jornalismo, Fábio Forni já participou do festival e diz que “o Fuca tem por objetivo enaltecer os talentos de dentro da universidade e também da comunidade que a cerca. O festival age como uma ponte entre esses dois mundos, abraçando os dois lados e fazendo com que eles interajam entre si”. Ele também pontua que o festival promove a valorização do artista. “Acaba enaltecendo ainda mais o âmbito cultural dentro da universidade, sendo, todo ano, um dos eventos mais aguardados na agenda da Unicentro”, assegura.

Destacado pela pró-reitora Lucélia de Souza, o projeto Unimúsica é voltado, como o próprio nome sugere, à área musical. “O programa inclui oficinas de técnica vocal, musicalização infantil, aulas de instrumentos – como teclado, piano, violão, viola caipira – e canto coral”, explica.

A pró-reitora ainda destaca que, na área do esporte, também existem muitas possibilidades. No campus de Irati, por exemplo, os acadêmicos podem participar de eventos como os Jogos Universitários do Paraná, Jogos Estudantis da Primavera; Jogos Intercalouros da Unicentro; Jogos Universitários de Irati; e Jogos de Atléticas. Como forma de lazer e melhoria da qualidade de vida são desenvolvidos projetos de iniciação e treinamento em esportes de quadra, iniciação e treinamento em ginástica artística e iniciação e treinamento em esportes de campo. Todos eles contam com a parceria da Prefeitura Municipal de Irati, por meio da Secretaria de Esporte e Lazer.

Em Guarapuava, um dos projetos esportivos que ganha destaque é o de iniciação ao Karatê. “Pretendemos continuar a ofertar a prática do Karatê-do no ambiente universitário para alunos, funcionários e docentes vinculados à universidade, e para toda a sociedade. Dessa forma, por meio de ações esportivas buscamos tornar a Unicentro uma referência também no esporte”, projeta Lucélia.

Para a professora, as atividades que vão além do que é proposto nas salas de aula, são compreendidas como um processo interdisciplinar, educativo, cultural, científico e político que promove a interação transformadora entre a universidade e outros setores da sociedade. “Nesse viés, a formação dos estudantes é enriquecida pela vivência com a sociedade, contribuindo para formar cidadãos participativos, buscando promover transformações sociais nas comunidades atendidas”.

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