Inscrições para Programa de Iniciação Científica seguem abertas até 15 de março

Inscrições para Programa de Iniciação Científica seguem abertas até 15 de março

Estão abertas as inscrições para o Programa Institucional de Iniciação Científica da Unicentro. O Proic tem como objetivos inserir acadêmicos na pesquisa científica e promover a troca de conhecimento entre os pesquisadores. Os estudantes de graduação interessados em desenvolver pesquisas de IC devem procurar professores orientadores em seus cursos. O prazo de inscrição é 15 de março. “O aluno deve procurar um professor interessado naquela área que o aluno gostaria de desenvolver o projeto e, a partir daí, construir um projeto e um plano de atividades conjuntamente, a serem desenvolvidos durante um ano”, detalha o diretor de Pesquisa da Unicentro, professor Luciano Farinha.

O período de vigência desta edição do Proic será de primeiro de agosto de 2022 a 31 de julho de 2023. As inscrições podem ser feitas em duas modalidades – a remunerada e a voluntária. Para a inscrição, primeiro, o professor orientador deve anexar o projeto e o plano de atividades na plataforma SGU, o Sistema de Gestão Universitária, indicando o estudante para a respectiva pesquisa a ser desenvolvida na Iniciação Científica. Depois da indicação, o estudante também deve acessar o SGU para preencher os dados solicitados. Todas as instruções estão disponíveis no Edital 003 de 2022, no site da Propesp. 

Gradativamente, esse programa vem crescendo e a gente almeja que tenhamos em torno de mil alunos participantes na Iniciação Científica como um todo. A Iniciação Científica dá uma visibilidade e abre portas e caminhos que levam o aluno participante a uma melhor colocação no mercado de trabalho. Essa participação vai contribuir para a construção de sua carreira acadêmica ou não acadêmica – uma carreira empresarial e também pode possibilitar a questão de vir a fazer uma pós-graduação, um mestrado e depois um doutorado”, avalia Farinha.

A Iniciação Científica é um incentivo para o estudante complementar sua formação universitária e ajuda a direcionar interesses de pesquisa. O estudante de Medicina Veterinária Artur Grando Pilati, por exemplo, está concluindo a terceira IC e conta sobre como ele tem explorado diferentes temas dentro de sua área de interesse, que é a reprodução animal. “A área em que direciono meu interesse em maior foco dentro da universidade é a área de reprodução, dentro do curso de Medicina Veterinária. Venho realizando alguns trabalhos dentro dessa área, com duas iniciações científicas com assuntos similares, que foi a pelvimetria de fêmeas bovinas da raça Brangus, com dois projetos – o primeiro foi realizado em fêmeas adultas e o segundo em fêmeas jovens, as novilhas, a fim de mensurar a pelve desses animais e tentar descobrir um padrão dessas medidas para a raça, podendo assim estabelecer um fator de seleção para as fêmeas que seriam destinadas a reprodução, visto que esta é uma raça muito difundida no Brasil. A minha terceira IC, que estou realizando em 2022, é voltada para a caprinocultura, que é a avaliação da qualidade seminal de bodes após o congelamento, que seria a criopreservação desse sêmen, a fim de poder fazer inseminação artificial em cabras, utilizando um reprodutor que está longe de sua propriedade”.

Estudantes de todas as áreas do conhecimento podem participar do programa

Para a orientadora de pesquisa do Artur, a professora Carla Fredrichsen Moya Araujo, a Iniciação Científica proporciona experiências interessantes no relacionamento dentro dos grupos de pesquisa, que incentivam o trabalho em equipe entre colegas de graduação e de pós-graduação. “Para o docente, a orientação de IC é sempre vantajosa, mesmo porque os alunos de graduação acabam acompanhando nossos projetos de pesquisa na área de pós-graduação. Esse trabalho em equipe desperta o interesse dos alunos de graduação para seguir na linha da pesquisa. Eles veem a importância do trabalho em equipe, do desenvolvimento desses projetos, que acabam resultando em trabalhos publicados em eventos, em jornais e revistas, enriquecendo o currículo da nossa equipe”, defende.

A Iniciação Científica, além de apresentar técnicas e metodologias de pesquisa ao estudante de graduação, colabora no desenvolvimento de habilidades como a coleta e organização de dados, leitura e produção de textos científicos e na comunicação oral, já que os jovens pesquisadores precisam apresentar sua conclusão no Encontro Anual de Iniciação Científica da Unicentro, o Eaic.

O licenciando em Letras do Campus Irati Eric Eduardo Batista fez duas pesquisas de Iniciação Científica enquanto estava ainda no Ensino Médio e, agora, está concluindo a segunda IC como estudante da Unicentro, investigando o lugar das línguas estrangeiras nos exames de proficiência dos programas de pós-graduação no Brasil. Ele conta que as habilidades desenvolvidas como pesquisador de Iniciação Científica já agregaram nas suas intervenções em sala de aula e em eventos científicos. “Eu consigo ver que, tanto o projeto, a coleta, a organização são importantes, como as leituras são sempre boas. Eu já utilizei artigos de políticas linguísticas e outros assuntos em algumas outras disciplinas, já citei autores que eu vi na Iniciação Científica em artigos que tive que escrever para outras matérias. A apresentação em eventos era algo que eu tinha medo, mas com o tempo e com as apresentações eu perdi muito a vergonha. Sempre gostei muito da IC e achei muito cativante o quanto ela me ajudou a me desenvolver na carreira acadêmica”.

O orientador do Eric, o professor Tadinei Jacumasso, corrobora a avaliação feita pelo estudante em relação à maturidade acadêmica que a Iniciação Científica ajuda a desenvolver, contribuindo para o desempenho do aluno dentro e fora da sala de aula.  “Ajuda muito para o desenvolvimento técnico dos alunos, ajuda na formação, para entender como funciona esse ato de fazer pesquisa – a lidar com metodologias, com teorias, a cumprir cronogramas, atingir objetivos e metas. O aluno que faz Iniciação Científica tem uma identidade maior com o curso, seja na área que for, pois acaba frequentando mais a universidade, tendo um contato maior com professores e, inclusive, vai melhor nas disciplinas – ele aprende, aliado às aulas nas salas, de forma mais rápida a escrever uma resenha bem feita, a entregar resultados para um professor que é especialista naquela área. Então, no meu ponto de vista enriquece muito a formação de todos os nossos alunos que fazem IC”, finaliza o docente.

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