Mulheres e resistências será o tema da I Bienal de Arte da Unicentro

Mulheres e resistências será o tema da I Bienal de Arte da Unicentro

Há séculos as mulheres vêm resistindo em uma sociedade que, muitas vezes, relega a elas um papel secundário, considerado menos importante do que aquele vinculado às atribuições masculinas. Neste sentido, questionar as regras que normatizam os comportamentos ditos como femininos ou masculinos é o artifício que permite o início da conquista das mulheres como sujeitos dignos de direitos iguais. A partir dessas ideias, a Diretoria de Cultura da Unicentro está organizando a sua primeira Mostra Bienal de Arte com a temática “Mulheres: percursos de desobediência e resistência”.

Durante todo o mês de março, a programação vai contemplar a temática de uma forma bastante diversa. “A I Mostra Bienal de Arte, organizada pela Diretoria de Cultura, surge a partir da vontade de unir artistas guarapuavanos e da região no mesmo espaço, para que a comunidade tenha acesso às obras que por eles são produzidas. A Bienal, além de unir a arte e a cultura, também terá um viés científico, com a presença de pesquisadoras da área apresentando para a população suas produções”, explica a diretora de Cultura da Unicentro, professora Níncia Teixeira.

As inscrições para a exposição abrem no dia três de fevereiro e a montagem das produções aceitas acontece entre o dia primeiro e quatro de março. Os interessados em participar da Mostra precisam preencher um formulário (https://forms.gle/tpS5RkcCkr1KLC8A8) disponibilizado nas redes sociais da Diretoria de Cultura da Unicentro (https://www.instagram.com/_dirc/) e também enviar a proposta e os anexos para o e-mail dirc@unicentro.br.

As categorias científica, artística e cultural abrem espaço para a participação de artistas, alunos de escolas públicas e particulares, acadêmicos, comunidade e coletivos. A frase que inspira a exposição, servindo de norte para as produções inscritas, é “Eu não estou mais aceitando as coisas que eu não posso mudar. Eu estou mudando as coisas que não posso aceitar”, escrita pela professora, ativista e socióloga Angela Davis.

Os trabalhos inscritos na Bienal de Arte da Unicentro serão expostos em diversos locais da cidade de Guarapuava, como descreve a diretora de Cultura da universidade. “Os trabalhos serão expostos na Unicentro, de forma presencial, a partir de março. Também alguns trabalhos serão colocados para visitação das universidades e centros universitários que estão nos apoiando, que são o Centro Universitário Campo Real, o Centro Universitário Guairacá e a UTFPR, que estão cedendo espaço para que esses trabalhos sejam expostos”.

Entre as parceiras na realização da Mostra Bienal de Arte da Unicentro está a Prefeitura Municipal de Guarapuava, através das secretarias de Políticas Públicas para as Mulheres, e de Educação e Cultura. A secretária de Políticas Públicas para as Mulheres de Guarapuava, Priscila Schran, comenta que, além de impulsionar os saberes e os fazeres femininos, a Bienal da Unicentro é uma oportunidade para a Secretaria explorar novas possibilidades em seus trabalhos em prol da população guarapuavana. “A gente consegue agregar, congregar, unir todas essas mulheres em seus mais diversos saberes, na maior diversidade possível do que elas sabem e fazem bem. A questão especificamente da ciência vem também contemplar uma estratégia da Secretaria que é fazer um levantamento de todas as pesquisas realizadas aqui em Guarapuava sobre políticas para mulheres, representação feminina, sobre gênero. Então, poder incluir isso, que já vinha como proposta da Bienal, mas podermos atuar juntas na realização dessa mostra de artigos científicos é sensacional, trazendo também a visibilidade de mais um fazer feminino que está na ciência”, pontua.

Aliado à programação da Bienal de Arte da Unicentro, a Secretaria de Políticas Públicas para as Mulheres pretende aproveitar o mês de março, em que comemora-se o Dia da Mulher, para promover outras iniciativas a partir da temática mulheres e resistências. “A gente vai lançar uma consulta pública para que as mulheres possam dizer para nós o que é prioridade, o que faz sentido para elas enquanto promoção de política pública. No dia oito de março a gente lança essa consulta e também a segunda edição dos cursos de Potencial Feminino, que é para profissionalização das mulheres, tanto para quem quer entrar no mercado de trabalho, como pra quem quer crescer onde já está trabalhando, em sua empresa. Vamos lançar um programa de liderança feminina, um programa acelerador, pois temos poucas mulheres políticas, dirigentes, presidentes de associações, sindicatos, enfim, e a gente quer acelerar a conquista do posto de liderança para as mulheres”, descreve Priscila.

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