Ecossistema de inovação aplicada, Vale do Genoma é lançado em Guarapuava

Ecossistema de inovação aplicada, Vale do Genoma é lançado em Guarapuava

Um ecossistema de inovação voltado à pesquisa genética e à inteligência artificial aplicadas à saúde, agropecuária e meio ambiente. Pioneiro no mundo, o projeto batizado de Vale do Genoma foi lançado na última segunda-feira (21), em evento online com parceiros da iniciativa.

Com o objetivo de se tornar um polo de startups ligadas à pesquisa genômica, o Vale do Genoma reúne governo, academia, empresas e sociedade civil organizada em esforço conjunto para construir um ambiente inovador em benefício da sociedade. “A pesquisa aplicada é transformadora e, de forma muito dinâmica, colabora para a qualidade de vida do cidadão, com o desenvolvimento social e sustentável de uma região, de um estado e de um país. Nossa visão é de unir esse setor produtivo, acadêmico, empresarial e privado para que possam conversar, construir em conjunto soluções para a nossa sociedade, para o bem da nossa população”, afirmou o governador do Paraná, Carlos Massa Ratinho Júnior, ressaltando que o ativo cerebral que o Paraná possui ultrapassa 20 mil doutores e a importância desse projeto na aproximação com o setor produtivo.Não tenho dúvidas de que o Vale do Genoma vai ser uma referência no mundo, porque ele já nasceu grande e com oportunidade de reunir muitos talentos. É um orgulho poder participar deste momento histórico do nosso estado e da ciência brasileira”, acrescentou Ratinho Junior.

A iniciativa vem sendo construída há dois anos pela Superintendência Geral de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti) e pela Fundação Araucária, que agem como pontes de ligação entre o governo, a academia e a iniciativa privada, com foco no desenvolvimento de produtos e serviços viáveis para o mercado e de soluções e inovações que impactem a qualidade de vida da sociedade. “Sem dúvida nenhuma, trata-se de um grande programa que tem esse alcance de impactar imediatamente a vida da população, porque nós estamos trabalhando aliando pesquisa genética e inteligência artificial para tratar de temas como agricultura, pecuária e saúde humana”, declarou o superintendente de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do Paraná, Aldo Nelson Bona.

Com sede em Guarapuava, o Vale do Genoma terá como uma de suas plataformas tecnológicas o Instituto para Pesquisa do Câncer (Ipec), situado na Cidade dos Lagos. Referência no país, o instituto é a plataforma base de 23 instituições públicas e privadas do Paraná, formando a primeira rede estadual de pesquisa genômica do Brasil. Para o presidente do Ipec e coordenador do curso de Medicina da Unicentro, David Livingstone Alves Figueiredo, o Vale do Genoma é algo singular, uma experiência única no país. “É uma mudança de paradigma nessa relação que envolve academia e empresas. Os campos de atuação são muito amplos: o vale vai atuar na área de alimentos, agricultura, pecuária, biotecnologia, além de uma ênfase na saúde humana. Os impactos serão visíveis nas diferentes áreas do conhecimento e no desenvolvimento econômico do Estado”, disse.

O reitor da Unicentro, professor Fábio Hernandes, enalteceu a importância do Vale do Genoma para a região e celebrou a participação da universidade nesse grandioso projeto. “Este projeto, além de trazer a visibilidade para o Ipec, para a Unicentro, para os nossos pesquisadores, vai contribuir e muito para o desenvolvimento da ciência e para o desenvolvimento regional e estadual. Com o Vale do Genoma as oportunidades ampliam muito para os nossos pesquisadores, pois poderemos trabalhar com o genoma humano, animal e vegetal, englobando os nossos pesquisadores das ciências da saúde e das ciências agrárias e ambientais, além da medicina veterinária. A Unicentro se sente muito feliz, muito privilegiada por estar coordenando o Vale do Genoma, com o professor David e sua equipe, e também abrindo as portas para novos investimentos na área do setor público e privado aqui para a nossa região”, disse.

Para as próximas semanas, o planejamento estratégico é ampliar a prospecção de novos parceiros empresariais nas áreas correlatas, com vistas principalmente à identificação de oportunidades de negócios inovadores em 13 áreas, onde o Paraná possui relevante competência.

O ecossistema é administrado por um conselho composto pelo Governo do Paraná, através da Seti e da Fundação Araucária; por dois institutos de tecnologia, o Ipec e o Centro de Inovação no Agronegócio (Ciag); e as instituições Fundação Shunji Nishimura de Tecnologia (FSNT) e Associação Cilla Tech Park.

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