Papagaios resgatados na região de Paranavaí são acolhidos pela Unicentro

Papagaios resgatados na região de Paranavaí são acolhidos pela Unicentro

OInstituto Água e Terra (IAT) e a Força Verde resgataram 58 papagaios que ficaram feridos após uma tempestade que atingiu a região de Paranavaí, no dia 30 de maio, no noroeste do Paraná. As aves foram encaminhadas para tratamento veterinário em Londrina e em Guarapuava. Entre os resgatados com vida, 30 foram encaminhados ao Centro de Apoio à Fauna Silvestre (Cafs) da Unicentro, localizado no campus Cedeteg. Todos da espécie Papagaio-Verdadeiro.

Aves foram atendidas e cuidadas ao longo de duas semanas

É uma espécie que vive em bando, os psitacídeos. Em geral, tem esse comportamento de vida coletiva e esse grupo, que pode representar uma população inteira, foi surpreendido por uma chuva de granizo. Esses animais perderam a capacidade de voo porque as penas ficaram encharcadas e, como ficaram na chuva de granizo, ficaram com várias escoriações”, relata o coordenador do Cafs Unicentro, professor Rodrigo Antônio Martins de Souza.

Ao saber do ocorrido, Rodrigo entrou em contato com os responsáveis e informou a disponibilidade para receber os animais. “Desses 30 animais que foram encaminhados, quatro morreram na viagem, um chegou em estado crítico e acabou morrendo durante o atendimento de emergência, e nós perdemos outros três animais ao longo dos dias. Eles chegaram aqui com escoriações, com traumas, com um estresse muito grande. A gente acabou perdendo alguns deles, o que era esperado, todos com escoriações, com lesões pelo corpo, não foram traumas a ponto de ocasionar fraturas, mas as pancadas das pedras foram evidentes nos eventuais hematomas, nos edemas que a gente encontrou aqui”, detalha.

Do Cedeteg, aves retornadas ao habitat natural

Na última semana, os papagaios foram reencaminhados para o noroeste do estado. “Eles não podem ser soltos aqui, porque são de uma espécie que não ocorre naturalmente na nossa região. Eles nem teriam capacidade de sobrevida aqui, pela temperatura, pelo tipo de alimento disponível, então seria extremamente equivocado fazer uma soltura em um local assim. Eles precisam voltar para o mesmo local de origem, para continuar exercendo a sua função biológica e auxiliar na recuperação da população original. A gente vai ter que pegar um veículo, viajar até o local exato onde eles foram resgatados e fazer a soltura naquele local, porque esses animais são extremamente importantes para recompor a população que foi perdida”.

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