“Educação em tempos incertos” foi tema da XI Semana de Estudos em Pedagogia

“Educação em tempos incertos” foi tema da XI Semana de Estudos em Pedagogia

Na última semana de abril, docentes e estudantes da Unicentro e profissionais da rede básica de ensino discutiram a “Educação em Tempos Incertos”. A temática norteou a XI Semana de Estudos em Pedagogia, promovida pelo Departamento de Pedagogia do Campus Irati. O evento, como conta a organizadora e professora da Unicentro Miriam Bedim Godoy, teve como objetivo a avaliação da experiência educacional durante o período de ensino remoto. “A organização da XI Semana de Estudos de Pedagogia: Educação em Tempos Incertos teve por objetivo disseminar os conhecimentos resultantes das pesquisas, vivências, expectativas e inquietações da tarefa educativa em período de ensino remoto. Por meio das palestras, mesas redondas e relatos de pesquisas podemos ampliar o debate sobre o que estamos vivenciando e vislumbrar novas perspectivas e estratégias educacionais para esse tempo único”.

Durante a programação, os participantes tiveram a oportunidade de assistir a duas palestras transmitidas pelo YouTube – uma com a professora da Universidade Federal do Paraná, Mônica Ribeiro da Silva, e a outra, com a professora Carla Luciane Blum Vestena, da Unicentro. A Semana de Pedagogia contou ainda, com treze opções de mesas redondas sobre os mais diversos temas da área educacional. Uma delas abordou as “Práticas educativas na Educação Básica no período pós-pandêmico” e teve a participação do professor do Departamento de Pedagogia do Campus Santa Cruz, Ernando Brito Gonçalves Junior.

As atividades foram realizadas de modo remoto e encerraram o ano letivo de 2020 (Foto: arquivo pessoal)

A utilização de muitos recursos tecnológicos, que já estavam disponíveis, mas muitas vezes eram deixados de lado, se mostrou alternativa interessante da prática docente – a utilização de jogos eletrônicos, de internet e outros aplicativos que fizeram com que o trabalho do professor e da professora fosse um pouco menos mitigado nesse momento. É claro que, quando falamos em tecnologia, em internet, esbarramos sempre na questão do acesso. Sabemos que o maior desafio das escolas, de maneira geral, nesse momento, são os alunos que não têm acesso a internet, ou alunos e alunas que, infelizmente, não tem um computador de qualidade ou uma internet de qualidade. Isso prejudica muito o nosso processo de ensino-aprendizagem quando utilizamos essas tecnologias”, comenta o docente sobre os desafios que essa questão impõe sobre o ensino-aprendizagem nas escolas.

O professor Ernando também vislumbra alguns caminhos para tentar integrar essas duas premissas de forma a garantir uma educação de qualidade aos estudantes da rede básica de ensino. “Pensar novas estratégias, sem abandonar totalmente alguns recursos que foram de suma importância neste momento, mas entendendo que, muitas vezes, esses recursos possuem suas limitações. Esse é um debate longo de como sanar essas limitações para que, de fato, consigamos ter um processo de ensino-aprendizagem condizente com o que nós imaginamos numa educação pública, gratuita e de qualidade”.

Os participantes da semana de estudos também tiveram a chance de apresentar suas pesquisas em sessões de comunicação oral via Google Meet. A acadêmica de Pedagogia do Campus de Prudentópolis Juliane Burkovski, por exemplo, apresentou seu Trabalho de Conclusão de Curso intitulado “O ingresso na carreira docente nas redes municipais de ensino na região imediata de Guarapuava PR”. A estudante salientou a importância da Semana de Pedagogia durante toda a sua formação na universidade e, principalmente, neste momento atípico de reinvenção do ensino durante a pandemia. “É um evento muito importante para a nossa formação. Todos os anos que eu já participei foram muito interessantes. Neste ano, está acontecendo de uma forma diferente, online, devido ao contexto que estamos passando, mas não deixa de ser interessante e importante da mesma forma, como foi nos anos anteriores, ainda mais com o tema principal deste ano, que é o ensino em tempos incertos. São tempos diferentes em que ninguém estava preparado, todo mundo precisa se readaptar”, finaliza.

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