Em abril, Departamento de História de Irati sedia três eventos em um

Em abril, Departamento de História de Irati sedia três eventos em um

O Departamento de História do Campus Irati vai promovendo três eventos em um no próximo mês – a Semana de História, o Seminário de Estudos Étnico-Raciais e a Jornada de Integração Graduação e Pós-Graduação. A união das atividades tem como objetivo articular a pesquisa e o ensino de História na Unicentro, proporcionando aos graduandos e pós-graduandos do curso e à sociedade em geral uma reflexão sobre os estudos étnico-raciais no mundo contemporâneo – tema que norteia esta edição do evento. Além disso, a programação prevê o fomento ao debate de outros temas contemporâneos à prática do ensino de História, como as relações de gênero, o multiculturalismo e as linhagens culturais na sala de aula.

A coordenadora do evento, professora Alexandra Lourenço, convida o público a participar, seja aluno, professor, gestor de escola ou qualquer pessoa que tenha interesse no assunto. “Nossas inscrições estão abertas até o dia nove de março para receber trabalho. Para participação como ouvintes estão abertas até dia 12 de abril. O que é legal do evento é que será todo online e gratuito”, explica.

Tanto para ouvintes, quanto para apresentadores de trabalhos, as inscrições podem ser feitas através do site de eventos da Unicentro. Um dos principais objetivos da Semana de História, do Seminário de Estudos Étnico-Raciais e da Jornada de Integração Graduação e Pós-Graduação é divulgar os resultados de pesquisas desenvolvidas na Unicentro e em outras instituições de ensino. Para isso, como conta a professora Alexandra, foram organizados Simpósios Temáticos com os mais variados temas, coordenados por docentes de diferentes universidades. “Tem 15 STs, incluindo um especialmente para IC, PIBID e Residência, e outro de temas livres – o que quer dizer que ultrapassa o curso de História, fica mais amplo. Além dos professores especializados da casa, nós temos professores de outras universidades, principalmente paranaenses, como a Federal, UEPG, UEM, Unioeste, oferecendo STs”.

Além das comunicações de resultados de pesquisa nos Simpósios Temáticos, o evento, que será realizado entre 12 e 16 de abril, contará com oito opções de minicursos, uma mesa-redonda, com o lançamento de quatro livros e uma palestra de abertura o professor Muryatan Santana Barbosa, da Universidade Federal do ABC, que vai falar sobre “Pan-africanismo: história e atualidades”. Abordagens como a dessa conferência são, na opinião do chefe do Departamento de História do Campus Irati, professor Danilo Fonseca, uma oportunidade de ampliar os horizontes de pesquisa dos estudantes da Unicentro.

Eu acho que a principal contribuição para essa temática dentro de um estudo dos acadêmicos da graduação e da pós-graduação é que possibilita uma visão mais ampla da História, com possibilidades teóricas que envolvem perspectivas pós-coloniais, de coloniais, pan-africanistas, que são perspectivas que criticam uma visão da História que é excessivamente centrada na Europa.Os estudos étnico-raciais são bastante fundamentais no mundo contemporâneo na medida em que ampliam a nossa própria percepção de humanidade, possibilitando aos pesquisadores problematizar as sociedades humanas e grupos que comumente são marginalizados, esquecidos ou sem voz. Os estudos étnico-raciais conseguem deixar o nosso mundo mais multicultural e dar visibilidade a questões que envolvem afrodescendentes, indígenas, africanos, entre outros grupos. Essa forma de estudo dentro de uma perspectiva étnico-racial ajuda a combater a discriminação, o racismo, o preconceito”, discorre Danilo.

A estudante de História Alana Carolina já se inscreveu. Suas expectativas em relação ao evento são adquirir conhecimentos que a auxiliem numa atuação mais inclusiva em sua futura carreira no ensino de História. “É um tema bastante importante para a gente repensar e refletir as práticas dentro da educação sobre os estudos étnico-raciais e como a gente vai refletir enquanto futuros professores e professoras, como a gente vai trabalhar com essas questões em sala de aula. É importantíssimo para a gente enriquecer a nossa base de conhecimento, para a gente realmente construir a nossa autonomia a partir de várias visões de pensamentos e de mundo”.

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