Clínica Escola de Veterinária e Serviço de Atendimento de Animais Selvagenss da Unicentro mantém atendimento

Clínica Escola de Veterinária e Serviço de Atendimento de Animais Selvagenss da Unicentro mantém atendimento

A pandemia de coronavírus tem provocado muitas mudanças globais e locais. Na Unicentro, as atividades presenciais estão suspensas desde 17 de março, como forma de evitar a propagação da covid-19. Mas algumas ações rotineiras da universidade nesse período não podem parar. Os atendimentos da Clínica Escola de Veterinária (Cevet) e também do Serviço de Atendimento de Animais Selvagens (Saas) são exemplos. “O serviços veterinário, ele é classificado como essencial, por amparo de normativas federais, estaduais e municipais. Nós não podemos parar com os serviços”, explica o professor Rodrigo Martins de Souza, que é um dos plantonistas da Cevet e responsável pelo SAS. “Os animais continuam ficando doentes e a gente não pode, também, abandoná-los dentro dessa pandemia que estamos sendo acometidos”, completa o diretor da Clínica, professor Adriano Carrasco.

Animais silvestres seguem chegando e sendo atendidos no SAS (Foto: arquivo pessoal)

No Saas, são atendidos apenas animais silvestres. Eles são, na maioria, apreendidos pela Polícia Militar Ambiental e encaminhados para recuperação nos espaços da universidade. Dessa maneira, quando as atividades presenciais na Unicentro foram suspensas, alguns animais já estavam abrigados, por isso o serviço não foi descontinuado. E, de lá para cá, outros chegaram. “O Saas tem hoje cerca de 30 animais internados que precisam de cuidados diários, precisam ser limpos, alimentados, manejados, alguns precisam de banhos de sol, tratamentos específicos. A gente garante, a gente assegura o bem-estar desses animais que aqui estão sob nossa tutela. Além disso, a Polícia Militar Ambiental continua realizando resgates de fauna, eventuais apreensões – ainda que também em uma escala reduzida, e esses animais acabam vindo para nós. Foram alguns atendimentos que fizemos nesse mês, de aves feridas especialmente, que vieram até o nosso atendimento mediante solicitação das autoridades ambientais”, detalha Rodrigo.

Para esse atendimento dos animais selvagens e também dos de pequeno, médio e grande porte, tanto o Saas quanto a Clínica Escola de Veterinária contam com professores-plantonistas, como o Rodrigo e o Adriano, com veterinários residentes e alguns estagiários. Durante a permanência deles na Cevet e, sobretudo, durante os atendimentos, os cuidados sanitários recomendados pela Organização Mundial da Saúde são seguidos a risca. “Agente passa uma orientação constante para toda a nossa equipe, tanto de médicos veterinários residentes quanto de professores plantonistas e os poucos estagiários que estão acompanhando a nossa rotina, para fazer todos os protocolos tanto de higiene, de lavagem de mãos, quanto os protocolos de isolamento social, manter as distâncias entre as pessoas, uso das máscaras”, conta Adriano, para complementação de Rodrigo. “A gente tem praticado o distanciamento dentro do ambiente de trabalho. Eu peço para que todos permaneçam entre 1,5 e 2 metros um do outro, sempre que possível. E quando a gente precisa se aproximar para abordar um animal, para realizar um procedimento específico, todo mundo está com EPI completo, que seria a vestimenta adequada, incluindo jaleco devidamente utilizado abotoado, jaleco esse que depois precisa ser removido e colocado para lavar, além disso também máscaras e escudo facial”.

Clínica Escola atende animais de pequeno, médio e grande porte (Foto: arquivo pessoal)

E os cuidados sanitários não se restringem aos profissionais. Há também preocupação com os donos dos animais, que ainda são orientados a adotarem os procedimentos de segurança. “Para os atendimentos para o público em geral”, explica Rodrigo, “a gente adotou algumas medidas de segurança, como os atendimentos agendados. A pessoa vem com o seu animal – por exemplo, um cão um gato – no serviço de clínica de pequenos animais e esse proprietário ele segue, de preferência, sozinho, com o animal, diretamente para o ambulatório onde o animal vai ser atendido. Isso faz com que não tenha acúmulo de pessoas na recepção. Inclusive, as poltronas da recepção foram todas removidas”. Além disso, “a gente já fala que, essa pessoa que vai trazer o animal, sempre que possível, não seja uma pessoa do grupo de risco, ou seja, tenha idade inferior a 60 anos, não tenha problemas respiratórios, venha obrigatoriamente de máscaras devido ao decreto municipal, venha uma pessoa por família, não venha várias pessoas. Então, a gente passa todas essas orientações”, diz Adriano.

Para agendar um atendimento veterinário na Cevet é preciso ligar para o número 3629-8229.

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