Pacientes da Clínica de Fisioterapia recebem atendimento domiciliar ou online durante pandemia

Pacientes da Clínica de Fisioterapia recebem atendimento domiciliar ou online durante pandemia

Em 2019, a Clínica de Fisioterapia da Unicentro (Cefisio) realizou 17.268 atendimentos. Nos primeiros meses desse ano, em média, 100 pessoas foram atendidas por dia, de segunda a sexta-feira, pelos professores plantonistas da universidade e, também, pelos estagiários do curso de Fisioterapia. Mas no dia 17 de março, esses acompanhamentos precisaram ser interrompidos em decorrência da suspensão das atividades presenciais na universidade como forma de prevenção da covid-19. O problema é que, como explica a diretora da Cefisio, professora Christiane Riedi Daniel, “quando eles interrompem a fisioterapia, eles têm pioras dos quadros clínicos e, também, acabam perdendo o que foi ganhado durante a fisioterapia”.

Uma das modalidades praticadas é o teleatendimento, mediado pela tecnologia (Foto: arquivo pessoal)

Essa preocupação foi amenizada em 26 de março com a publicação pelo Cofito, que é o Conselho Federal de Fisioterapia, da Resolução 516/2020. “Ela permite, em caráter emergencial, que seja feito teleatendimento – então, a gente usa imagens do whatzapp para assistir o paciente e coordenar o paciente na realização dos exercícios; e telemonitoramento – que é o envio de exercícios por e-mail, por whatzapp e, daí, você liga e conversa para o paciente para saber como ele está, se teve dor, se não teve”, explica Christiane.

A partir da publicação da Resolução pelo Cofito, os professores do Departamento de Fisioterapia, que são também plantonistas na Cefisio, passaram a se reunir virtualmente para traçar estratégias para o atendimento dos pacientes e definir quem receberia visitas domiciliares e quem seria acompanhado virtualmente. “A gente definiu esses pacientes analisando o quadro deles. Então, quadros agudos, que tivessem com muita dor, quadros respiratórios, ou que tivessem no meio de uma recuperação cirúrgica e que os pacientes fossem do grupo de risco. Então, aqueles pacientes que, realmente, precisam ficar em casa a gente optou por fazer esse tipo de assistência. Tanto o telemonitoramento quanto as visitas domiciliares”, detalha a diretora da Clínica.

Desde o início de abril, 50 pacientes estão sendo beneficiados pelas duas modalidades de atendimento emergencial. Desses, 30 são acompanhados de modo remoto – com o uso, por exemplo, de celulares e de aplicativos de mensagens – e os outros 20 fazem a terapia em casa. “Essas estratégias que a gente tem usado, elas são fundamentais, porque nós temos muitos pacientes que estão com quadro agudo, então dor muito severa, ou numa recuperação cirúrgica ou mesmo pacientes que tenham problemas respiratórios, e esses pacientes precisam permanecer em casa porque são fator de risco. Essas modalidades nos permitem, então, a manutenção e a recuperação do paciente sem ter um prejuízo muito grande na assistência dele”, finaliza Christiane.

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