Laboratório Escola de Análises Clínicas segue testando qualidade do leite materno

Laboratório Escola de Análises Clínicas segue testando qualidade do leite materno

Um motorista sai da Unicentro, vai até o Hospital São Vicente, se dirige até o Banco de Leite Humano, recolhe as amostras coletadas, volta ao campus Cedeteg, e deixa o material com os professores e estudantes que atuam no Laboratório Escola de Análises Clínicas, vinculado ao Departamento de Farmácia. Essa é uma rotina que se repete desde 2013 e que está mantida, tomadas todas as medidas preventivas recomendadas pela OMS (Organização Mundial da Saúde), nesse momento de isolamento social em decorrência da pandemia de covid-19. “Os nossos serviços continuam sendo realizados, normalmente, para o hospital, atendendo as necessidades do Banco de Leite”, reforça o professor Marcos Ereno Auler, responsável pelo Laboratório de Análises Clínicas da Unicentro.

Exames microbiológicos do leite materno seguem sendo realizados no Laboratório Escola da Unicentro (Foto: arquivo pessoal)

Nesses sete anos de parceria, a Unicentro já realizou 18.900 exames micro-biológicos para o Banco de Leite Humano de Guarapuava. Por semana, o Laboratório Escola de Análises Clínicas realiza, em média, 100 dessas análises. Aferição que determina a qualidade do leite e se ele está apto para ser consumido pelos recém-nascidos. “A avaliação da qualidade microbiológica do leite materno é uma etapa fundamental para a segurança alimentar dos recém-nascidos que precisam”, explica Marcos para complementação de Igor César Schreiner, que é estagiário do Laboratório: “Nesse exame a gente busca a detecção de micro-organismos e a gente acaba avaliando o processo de pasteurização que é feito no Banco de Leite. Esse processo de pasteurização visa eliminar todo tipo de micro-organismo. Então, o leite vem para cá e a gente avalia se foi eficiente ou não, se há micro-organismos ou não. Assim, a gente acaba sabendo se o leite está apto para ser liberado ou não”.

A continuidade do serviço é imprescindível para a manutenção do fornecimento para recém-nascidos que precisam do alimento, recomendado como exclusivo até os seis meses de vida pela OMS, independente da vivermos, ou não, um situação de pandemia. “O leite materno possui uma série de nutrientes, que são muito importantes para o crescimento, e o desenvolvimento do recém-nascido, influenciando positivamente na resposta imunológica contra os agentes infecciosos, bem como na prevenção de doenças na vida adulta”, completa o professor. Além disso, até o momento, não há nenhum estudo que comprove a transmissão do coronavírus pelo leite materno e o aleitamento segue sendo recomendado pela Sociedade Brasileira de Pediatria.

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