Em Guarapuava, ações pela Semana do Meio Ambiente são realizadas pela Unicentro em parceria com a Prefeitura

Em Guarapuava, ações pela Semana do Meio Ambiente são realizadas pela Unicentro em parceria com a Prefeitura

O teatro não é lugar só para apresentações culturais. As cortinas do Municipal de Guarapuava se abriram para abrigar ações voltadas para a conscientização ambiental, como conta uma das organizadoras da Semana do Meio Ambiente de Guarapuava, a professora Adriana Kataoka, do Departamento de Ciências Biológicas da Unicentro. “Tem discussões de ordem acadêmica, específica da área de Biologia ou de Geografia, e discussões mais amplas, como a de educação ambiental que entende meio ambiente como algo multidimensional. Natureza é só uma das dimensões do ambiente, mas a questão social, política e econômica, ética e estética também. A gente envolve tudo isso nessa concepção de meio ambiente”.

A professora Adriana explica, ainda, que as ações buscam promover a reflexão crítica acerca dos problemas sócio-ambientais da atualidade. “Uma reflexão crítica é entender que as pessoas não são igualmente responsáveis e, pior que isso, algumas pessoas ficam com o lucro e as outras com prejuízo. Então, esse tipo de reflexão é necessário que perpasse quando a gente fala de degradação ambiental”.

Além das discussões e mesas-redondas, as atividades da Semana do Meio Ambiente também serviram para mostrar as boas iniciativas que vêm sendo desenvolvidas. Um exemplo disso foi o lançamento dos livros desenvolvidos pelo programa “Formando pela Natureza”, da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, em parceria com o Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciências Naturais e Matemática da Unicentro PPGEN.

O projeto promove capacitações para os professores da rede municipal de ensino. O objetivo, segundo a biologa da Prefeitura de Guarapuava Maristela Procidonio, é que, depois, eles sejam fatores de impacto também para os alunos. “Os professores vão perguntando, a gente vai conversando, interagindo com o nosso dia a dia. Nos problemas que nós enfrentamos, o  que nós podemos fazer para melhorar? E o que que eles podem levar para sala de aula para trabalhar com os alunos? Para esses alunos passarem para tios, pais avós o que eles podem estar fazendo no seu dia a dia”, detalha.

O PPGEN também aproveitou, de acordo com a coordenadora do programa, professora Ana Lúcia Crisóstimo, a oportunidade para fazer a exposição dos produtos educacionais desenvolvidos por seus pesquisadores. “Nós temos a proposta de trazer e socializar os produtos educacionais que são produzidos pelos nossos alunos do mestrado. Produtos esses que são destinados aos professores da educação básica”.

Teatro Municipal ficou lotado em todas as noites de atividades (Foto: Coorc)

O Fernando Rodrigues é um dos mestrandos citados pela pela professora Ana Lúcia. Ele desenvolveu um jogo de tabuleiro com a premissa de ensinar reações químicas. Para jogar, cada estudante ou grupo de alunos controla um cientista e anda pelas casas do tabuleiro, realizar as ações indicadas nas cartas. “Os alunos, no ensino de Química, o que eles gostam mais é a parte de mostrar a experimentação, de fazer as reações com mudança de cores, com precipitados. No jogo foi possível também é que eles tivessem essa experiência”, explica.

O público que passou pelo Teatro Municipal nas noites da Semana do Meio Ambiente, como a engenheira ambiental Milena Marcondes, aprovou o que viu. “Foram temas muito pertinentes, principalmente no momento atual do meio ambiente que a gente está vivendo”.

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