Jornada do Paciente apresenta visão de atendimento em saúde focada no ser humano
Ajudar profissionais da área da saúde a encontrar sentido no tratamento dos pacientes. É essa a perspectiva que os prestadores de serviços de saúde devem agregar a suas experiências diárias, segundo o ponto de vista defendido pelo professor Sérgio Andrade, do Polo Universitário Leonardo da Vinci, em Paris. De passagem pelo Brasil, ele foi convidado pela Unicentro e pela Faculdade Guairacá para ministrar a palestra “A jornada do paciente”.
Sérgio defende que a adoção dessa perspectiva muda a maneira como acontecerá o atendimento. “São pessoas que precisam ser melhor assistidas, ser melhor servidas, melhor acompanhadas não só pelos médicos, mas por todos os profissionais da saúde. A gente entende que para poder assistir melhor essas pessoas, a gente tem que conhecer a jornada dessas pessoas”, defende.
O coordenador do curso de Medicina da Unicentro, professor David Figueiredo, foi um dos responsáveis pela vinda de Sérgio a Guarapuava. Ele acredita que a palestra vai ao encontro de uma visão mais humana da medicina, característica que ele e os professores do curso procuram passar aos alunos. “A ideia de trazer esse palestrante é baseada no currículo que a gente vem trabalhando no curso de Medicina desde o início: a visão humana da medicina. A jornada do paciente implica nessa relação inicial que vai impactar todo o trajeto do paciente. Então, para a gente, é um ganho trazer alguém com uma experiência tão grande, que se deslocou de Paris até aqui. A gente está muito feliz com isso”.
Um dos alunos do curso de Medicina que acompanhou a exposição oral foi Vinícius Teixeira. Apesar de ainda estar começando o curso, ele concorda que o paciente de estar no primeiro plano no momento do atendimento. “Propiciar saúde para o paciente, tratar ele como uma pessoa inteira e não só como uma parte específica”, esclarece.
Uma das características da palestra foi ser aberta a alunos e professores de vários cursos, das duas instituições envolvidas. A acadêmica de Fisioterapia da Faculdade Guairacá, Katiane Freski, acredita que os conceitos vão impactar a maneira como ela irá atuar. “A gente abre, digamos, a mente para olhar o paciente além do paciente, analisar bem certo ele e conhecer as patologias e como ele age diante de tudo isso”.