Em campanha na Unicentro, Hemocentro bate em poucas horas meta semanal de cadastro do doadores de medula

Em campanha na Unicentro, Hemocentro bate em poucas horas meta semanal de cadastro do doadores de medula

Encontrar um doador compatível é o principal obstáculo para a realização dos transplantes de medula óssea no Brasil e no mundo. Os índices mostram que é identificada uma compatibilidade para cada cem-mil cruzamento de dados. E a diversidade genética do povo brasileiro, decorrente da mistura de raças, é outro aspecto dificultador. Por isso, o número de 4 milhões de doadores cadastrados no Redome, que é o Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea, embora pareça grande, não é suficiente.

Para estimular o cadastro de novos doadores, periodicamente, a Unicentro promove uma campanha entre alunos, professores e funcionários. A primeira dessas campanhas foi realizada em 2004 e a última, sob a coordenação do agente universitário Luiz Carlos de Almeida Lemos, nesse mês de outubro. “A universidade tem no seu viés a ação social, pela extensão. Então, nós temos que estar atuando também nessa área”, afirma.

Cadastro é mundial e doadores devem manter os dados atualizados (Foto: Márcio Nei)

As campanhas na Unicentro foram idealizadas por Marcos Lemos de Carvalho, que é sobrinho do Luiz Carlos e morreu esse ano vítima de leucemia. O caso na família, segundo Luizão, é uma motivação para que as campanhas tenham continuidade. “Mais uma coleta para aumentar o Banco, já que você hoje faz um cadastro, coleta uma amostra de sangue, e essa amostra vai para o Redome, que seria o banco mundial de doadores de medula óssea”.

A coleta foi realizada pelos funcionários do Hemocentro de Guarapuava, parceira da Unicentro na campanha. Para o diretor do Banco de Sangue, Fernando Guiné, quanto mais a sociedade se unir pela doação mais ela mesma será beneficiada. “A questão da doação de medula e esse aspecto é fundamental, quanto mais ampliarmos, maior a possibilidade de alguém ser beneficiado no Brasil e fora do Brasil”, defende.

Em menos de duas horas, a meta semanal de cinquenta cadastros do Hemocentro de Guarapuava foi cumprida. Uma das novas doadoras de medula em potencial é a acadêmica de Serviço Social Eleniza de Fátima Silva. “Eu acho super importante doar, porque a gente nunca sabe o amanhã, vai que a gente pode precisar, e também quantas pessoas estão na fila esperando? Então, fazer o bem se olhar a quem. Eu estou super feliz de poder ajudar o próximo”.

Se você ainda não é doador pode ser cadastrar no Hemocentro Regional de Guarapuava, que funciona de segunda a sexta-feira, das oito às onze da manhã e entre uma e quatro da tarde. Para ser doador de medula óssea, é preciso ter mais de 18 e menos de 55 anos.

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