Trabalhos na área de prevenção de desastres desenvolvidos na Unicentro selecionados para banco de dados

Trabalhos na área de prevenção de desastres desenvolvidos na Unicentro selecionados para banco de dados

Para promover ações direcionadas à redução de riscos de desastres no território paranaense, o Estado conta, desde 2014, com a Redesastre, que é a Rede para Pesquisa, Ensino, Extensão e Inovação Tecnológica voltada à Redução dos Riscos de Desastres. O programa é gerido pelo Ceped (Centro Universitário de Estudos e Pesquisas sobre Desastres) e tem como propósito a cooperação e os intercâmbios científico e tecnológico entre universidades e instituições de pesquisa do estado.

A Unicentro, que faz parte da Redesastre, recebeu, na última semana, representantes do Ceped para um encontro que teve como objetivo divulgar o trabalho feito pelo Centro Universitário. “O Ceped surgiu devido à necessidade da Defesa Civil de produzir e ter acesso ao conhecimento na prevenção do risco de desastres, já que ela atua mais na área de pós-desastre, ou seja, quando o desastre já aconteceu. Mas, muitas vezes, é possível que esse desastre seja minimizado ou que ele seja até evitado. Para que isso aconteça, é necessário que seja produzido conhecimento científico”, explicou a bióloga e pesquisadora do Ceped, Gislaine Cova.

Além de abordar o trabalho realizado pelo Ceped, o encontro também marcou o início dos trabalhos de um subprojeto intitulado “Inventário da produção científica sobre riscos de desastres junto às instituições integrantes da Redesastre”, que visa mapear o acervo científico relacionado aos desastres naturais da região de Guarapuava. “As pesquisadoras do Ceped vieram fazer um trabalho de levantamento sobre a produção que a Unicentro tem relacionada a desastres e vão cadastrar esses trabalhos na Redesastre. Então, teremos um grande banco de dados de todas as nossas produções”, completou o professor Paulo Nobukuni, do Departamento de Geografia e coordenador da Redesastre na Unicentro.

O projeto desenvolvido por Nobukuni – “Contribuição da rede de conhecimento para a redução de risco de desastres decorrentes de inundação” – teve início no início do ano e tem como objetivo promover ações de orientação que levem a uma diminuição do risco de inundações na região de Guarapuava. Todas as informações geradas por meio desse projeto são compartilhadas com as demais instituições que fazem parte da Redesastre. “Tudo o que a gente produz, a gente sistematiza e envia ao Ceped, que coloca em rede e disponibiliza para todas as instituições”, contou Paulo.

O professor Paulo Nobukuni é o responsável pelo desenvolvimento das atividades da Redesastre na Unicentro (Foto: Coorc)

De acordo com Gislaine, a visita possibilitou a coleta de informações importantes sobre a questão das inundações da região. “A biblioteca está com o acervo todo digitalizado de teses e dissertações. Conseguimos fazer praticamente todo o levantamento de material sobre desastres existente aqui na Unicentro. Além desse material, consultamos o material que estava restrito ao Departamento de Geografia, que são os Trabalhos de Conclusão de Curso (TCCs) e as monografias relacionados à inundação”.

De acordo com o professor Paulo, os trabalhos do projeto devem continuar. “Nós tivemos um trabalho interno que foi uma organização, durante uns três meses. Agora, nós estamos iniciando um curso que durará em torno de seis meses, ele é mais teórico e tratará sobre a sensibilização acerca de desastres relacionados à inundações. Depois, teremos um curso mais prático, um trabalho de campo e, em seguida, o relatório final dos trabalhos”, explicou.

Gislaine ainda destacou que a expectativa, a partir desse primeiro encontro, é que a Redesastre cresça ainda mais e promova a interação entre as instituições envolvidas. “A intenção é que essa palestra motive os alunos, motive os professores a produzirem conhecimento nessa área e, com isso, interajam também nessa questão da Rede com as outras instituições, no sentido de propor políticas públicas para resolver a questão das inundações aqui na região”.

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