Pequenos produtores participam de Oficina de Elaboração de Produtos à Base de Morango

Receitas para o processamento do morango foram repassadas aos produtores (Foto: Maíra Machado)

Trazer a comunidade para dentro da Universidade e transferir para ela o conhecimento gerado nos laboratórios e nas salas de aula da Instituição. Esse é o papel da extensão, um dos apoios do tripé de sustentação da educação superior. Foi pensando em promover essa aproximação Universidade-comunidade que o projeto extensionista “Produção de Morango Orgânico em Propriedades de Referência” realizou uma oficina. O objetivo era mostrar para a comunidade diferentes maneiras de utilizar a fruta.
O miniciurso, que foi organizado em parceria com os cursos de Nutrição, Engenharia de Alimentos e Agronomia, ganhou o nome de “Elaboração de Produtos à base de Morango”. “Essa atividade”, explicou o professor Juliano Tadeu Vilela de Resende, coordenador do projeto, “é para demonstrar para os agricultores que aquilo que eles não conseguem comercializar in natura, eles conseguem processar, agregar valor e comercializar de outra forma”.

Os participantes puderam experimentar o resultado das receitas (Foto: Maíra Machado)

Durante a atividade, os participantes receberam sugestões de como aproveitar e transformar os frutos que não atendem às condições para venda nos mercados. O morango, por exemplo, pode ser usado na elaboração de geleias, caldas, sorvetes e outras receitas que, muitas vezes, são desconhecidas pelos produtores. “Eles podem agregar valor para um produto que, talvez, não teria esse uso comercial in natura e, então, vender ele com um preço até maior”, destacou a professora Kélin Schwars, do Departamento de Nutrição.
Além das dicas sobre os produtos que podem ser preparados, os participantes também receberam informações sobre a higiene necessária na hora da transformação desses alimentos. Quem ficou responsável por essa parte da Oficina foi a professora Katielle Córdova, do curso de Engenharia de Alimentos. “Focamos na conservação dos alimentos, na industrialização dos alimentos e, principalmente, no controle de qualidade”, contou.

Conteúdos da oficina foram organizados em livreto entregue aos produtores (Foto: Maíra Machado)

Para facilitar a elaboração dos novos produtos e garantir que os participantes possam reproduzir as receitas em casa, a Oicina também preparou um livro. “Pensamos em fazer o caderno de receitas porque, às vezes, na oficina, a gente fala sobre as receitas e as pessoas não conseguem ou não dá tempo de anotar. Então, além das receitas nesse livro, também quisemos colocar a parte de higienização dos alimentos, tanto do fruto, quanto dos utensílios que serão utilizados, o que é muito importante para que se possa conservar esse produto por mais tempo”, destacou a professora Kélin.
Um dos participantes da Oficina foi o seo Floriano Domaradzki. Ele trabalha com a comercialização de pães e geleias gourmet e está se preparando para vender os produtos na Feira Agroecológica da Unicentro. Ele aproveitou para conhecer novas formas de produzir os doces e destacou a importância da Universidade promover esse espaço de interação com a comunidade. “Eu vim aprender novas técnicas porque é importante a gente se aperfeiçoar. Para nós, é uma coisa interessante porque, às vezes, uma técnica que a gente não conhece a gente acaba aprendendo. Eu acho que esse apoio que a Universidade nos dá é de fundamental importância para que a gente também progrida no nosso negócio”, ressaltou.

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