Sarau “Entre Lembranças e Letras” traz música e poesia ao Câmpus de Irati

Sarau “Entre Lembranças e Letras” traz música e poesia ao Câmpus de Irati

Uma oportunidade para a expressão artística e para a troca de experiências. Na manhã de quinta-feira (03), o Câmpus de Irati da Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro) foi espaço mais uma vez para o sarau “Entre Lembranças e Letras”. Realizado no Centro de Convivência, o evento promovido pelo Estágio em Saúde Coletiva do curso de Fonoaudiologia e pela Universidade Aberta à Terceira Idade de Irati (Uati) reuniu moradores do Lar dos Velhinhos de Rio Azul e comunidade acadêmica para um momento de música e poesia.

O gaiteiro José Esmadt foi um dos que se apresentou durante o dia. Ele conta que aprendeu a tocar o instrumento há quatro anos por causa do gosto pela música gauchesca. “Eu olhava os outros tocando e eu [decidi]: vou comprar e vou aprender também”, afirma seu José, que complementa que as apresentações na Unicentro tem levado ele a praticar ainda mais. “Tem que ensaiar bastante, né?”.

A preparação para o sarau tem se tornado um ponto importante na rotina dos moradores do condomínio de idosos em Rio Azul. Talbian Przybycz, coordenador e enfermeiro no Lar dos Velhinhos, comenta que essa relação com a música, com a dança e com a poesia é algo presente na vida dos moradores. “A gente tem gaiteiro, tem pandeirista, tem alguns que gostam muito de cantar, da própria dança em si. Teve épocas que era comum chegar lá e de repente estar rolando um bailinho que era iniciativa deles mesmos”, relata.

Evento é promovido mensalmente por acadêmicas do Estágio em Saúde Coletiva do curso de Fonoaudiologia e pela Uati (Foto: Coorc)

Coordenadora da Uati e do estágio, a professora Cinthia Lucia de Oliveira Siqueira explica que, em um primeiro momento, a ideia era basicamente trazer os idosos para uma atividade aberta na Unicentro, mas que desde o início eles assumiram o protagonismo da ação. “Já no primeiro dia, eles trouxeram o pandeiro, trouxeram a gaita e tocaram, e a gente entendeu então que isso poderia se transformar num sarau mensal. Uma proposta que vai ao encontro do que a gente queria trazer, que é um pouco olhar para as potencialidades, para aquilo que eles têm para ofertar para a universidade”, pontua a docente.

“Acho que isso foi muito interessante porque muitas vezes a gente pensa que nós temos que programar, planejar, fazer [tudo] e o estágio fica uma ‘fazeção’ de coisas. E aqui é muito uma troca mesmo. Então é muito bacana porque a gente possibilita que eles venham para a universidade, que eles se apropriem desse espaço e isso é muito legal, é muito vivo”, comenta a acadêmica de Fonoaudiologia, Yasmin Santos.

Moradora do Lar dos Velhinhos, Marilim de Fátima Martins reforça o impacto que a vinda até a universidade tem para eles. “É maravilhoso, muito bom. Eu já conhecia muito aqui de nome. Minha filha queria vir fazer faculdade, mas na época, com as condições financeiras, não deu. Mas ela [que hoje é professora] ainda quer fazer Fono aqui”, enfatiza Marilim, que também tem outro filho professor.

Para Talbian, trazer as apresentações para a Unicentro é benéfico para todos os envolvidos. “Tem feito muito bem vir para cá porque o que eles precisam é de interação social. Então isso é super positivo. Acho que todos ganham com isso, a instituição de maneira geral, os idosos, a equipe, a universidade, a população”, pontua. 

“A expectativa é que eles possam realmente ir se apropriando cada vez mais desse lugar, que de algum modo haja uma integração, que vá virando uma rotina, tanto para eles como para a instituição”, salienta Cinthia.

 

Por Wyllian Correa


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