Experiências de pós-graduandos em contextos comunitários é tema de evento no Câmpus de Irati

Experiências de pós-graduandos em contextos comunitários é tema de evento no Câmpus de Irati

Para conhecer diferentes contextos comunitários da região, os mestrandos e doutorandos do Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Comunitário (PPGDC) da Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro) participam do Projeto de Investigação Exploratória da Comunidade (PIEC). A disciplina permite que os acadêmicos, por meio da observação participante, sejam inseridos em comunidades distintas com o objetivo de perceber as principais demandas e particularidades daquele grupo ou ambiente. 

Comunidades rurais, terreiros, casas de passagem, condomínios de idosos e clínicas para pessoas com doenças renais crônicas foram alguns dos contextos comunitários escolhidos neste semestre. O resultado de cada experiência foi discutido em um evento de extensão, realizado no Câmpus de Irati, na última semana.

Atividade faz parte da disciplina ‘Projeto de Investigação Exploratória da Comunidade’, do PPGDC. (Foto: Coorc)

“A proposta, desde que começou o programa, é dos alunos irem até diferentes comunidades para fazer uma observação, sem qualquer tipo de intervenção, mas pensando em conhecer as comunidades e as necessidades delas. Nesse evento, alguns trazem pessoas da comunidade para cá, outros relatam a experiência que tiveram e falam sobre quem são essas pessoas”, explica a professora Cristiana Magni, que ministra a disciplina junto com o professor Carlos Alberto Marçal Gonzaga. 

Entre as temáticas abordadas, uma das equipes deu enfoque ao Transtorno do Espectro Autista (TEA). O doutorando Juliano de Macedo conta que o tema foi escolhido a fim de dar visibilidade para a Associação Irati TEAbraça, formada por famílias atípicas do município. Além de membros da organização, participaram do debate profissionais da fonoaudiologia, da psicologia, da área de educação e inclusão e da agência de empregabilidade.

“Foi um evento muito produtivo, tivemos a colaboração de muitos profissionais, de diversas áreas, cada um com seus insights puderam contribuir de alguma forma com a temática. Acredito que esse momento trouxe algumas informações muito significativas para a comunidade atingir seus anseios”, ressalta o doutorando. 

Presidente da TEAbraça, Karina Ramelo enfatizou o acolhimento dos pós-graduandos e a oportunidade de discutir diferentes questões envolvendo a comunidade autista. “Não tem como dizer o quanto esse evento significou para nós. Nos fez sentir vistos, acolhidos, ouvidos nas nossas angústias e demandas. Principalmente pela representatividade que isso traz, o quanto todos os envolvidos puderam ter dimensão do que a gente vive enquanto famíla”, elogia. 

Para o professor Gonzaga, as experiências de todas as equipes superaram as expectativas. “Foi muito positivo o atendimento deles com as pessoas, a disposição e o aprendizado que esse contato com a comunidade traz. É o caminho que a gente tem tentado seguir dentro do PPGDC e que, mais uma vez, tem sido acertado”, conta. “Muitos alunos relatam, principalmente mestrandos, que é uma experiência muito produtiva, a ponto de repensarem a sua própria proposta de pesquisa. Muitos chegam com um projeto e, às vezes, descobrem tantas outras coisas, outros interesses que modificam o olhar deles”, complementa a professora Cristiana.

Por Paula Claro


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