Evento no Câmpus de Irati discute o combate aos diferentes tipos de assédio e violência
Na última quarta-feira (26), o Auditório Denise Stoklos do Câmpus de Irati da Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro) foi o espaço da roda de conversa “Escudos de Esperança: estratégias e abordagens para combater os diferentes tipos de assédio e a violência”. O evento promovido pelo Centro Acadêmico de Pedagogia “Maria Rita” (Caped) reuniu profissionais de diferentes áreas para falar sobre o cenário atual, as ações que têm sido adotadas e as possibilidades de atuação para que os futuros docentes também ajudem no enfrentamento desses problemas.
“A gente pensou no evento ‘Escudos da Esperança’ para falar das abordagens e métodos que um professor pode ter dentro da sala de aula. Para que ele consiga conversar com os seus alunos e combater as diferentes violências contra crianças, adolescentes e mulheres”, explica o presidente do Caped, Kauã Jaison Koczyla Marques dos Santos.
Uma das iniciativas apresentadas na noite foi a da professora Neuza Maria Ivaniski, do Colégio Estadual Professor Dario Veloso. Na escola de Mallet, a docente desenvolve o projeto “Para Elas”, junto com alunas do ensino fundamental e do ensino médio. “A gente trabalha no sentido de empoderá-las para que elas estejam munidas de informações e não sejam vítimas de abuso físico e psicológico principalmente. A base do projeto é o diálogo. Nós promovemos rodas de conversa com elas e chamamos as mães em momentos específicos, quando há a necessidade. A gente percebe que as meninas se sentem mais seguras e que isso reflete no aprendizado delas também”, comenta Neuza.
A experiência do Núcleo de Estudos e Defesa dos Direitos da Infância e Juventude do câmpus (NEDDIJ/Irati) também foi destacada no evento. “O NEDDIJ é um projeto de extensão que trabalha diretamente com casos que envolvem violência e violação de direitos. Então nós trouxemos para o evento o que é o projeto, como a gente atua, qual é o nosso público e também um pouco das nossas abordagens e estratégias para lidar com essas situações”, detalha Eloísa Harmuch, psicóloga do Núcleo.
Coordenadora do Centro de Referência Especializado em Assistência Social (Creas) de Mallet, a psicóloga Michelle Wladyka ressaltou a importância de trazer esse tipo de discussão para a formação docente. Segundo ela, a escola é um dos principais espaços em que as situações de violência acabam sendo reveladas. “Muitas vezes os professores têm esse receio de receber essas devolutivas das crianças, mas eu vim falar que eles não se assustem. Porque se elas vão buscar essa professora, essa pedagoga, enfim, elas estão se sentindo seguras para relatar isso para um adulto que é da confiança delas. E quando os professores se capacitam, eles têm chance de acolher melhor essas crianças”, pontua Michelle.
Por Wyllian Correa
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