PET-Engenharias promove VIII Semana de Estudos Ambientais e Florestais da Unicentro
De 22 a 26 de abril, o Câmpus de Irati da Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro) sedia a VIII Semana de Estudos Ambientais e Florestais, a Semeaf. Realizado bianualmente, o evento reúne acadêmicos e docentes dos cursos de Engenharia Ambiental e Engenharia Florestal da Unicentro para uma programação com palestras, minicursos e visitas técnicas.
“Um dos principais objetivos é a formação extracurricular dos alunos. A gente entende que, em sala de aula, eles têm muita informação, aprendem muito, mas quando a gente coloca todos eles, do primeiro ao quinto ano, diante do mesmo auditório, discutindo sobre assuntos relevantes, há um crescimento maior“, destaca a professora Daniele Ukan, tutora do PET-Engenharias e coordenadora da semana.
Como explica a docente, os acadêmicos dos dois cursos que integram o grupo do Programa de Educação Tutorial são os grandes organizadores do evento. “São os petianos que pensam todo o evento. Eles consultam toda a comunidade dos cursos para ver o que eles querem ver, quais os assuntos que têm interesse, organizam horários, como isso vai funcionar, correm atrás dos patrocínios… Então os petianos são fundamentais. E também isso é muito importante para a formação e crescimento profissional. Porque eles aprendem a ser os protagonistas, a tomar a atitude de correr atrás, organizar um evento, conversar com palestrantes”, salienta a tutora.
“Eu acho muito importante, como petiana, porque isso dá uma ideia de como é a vida fora da faculdade. Aqui a gente organiza o evento todo, pode trabalhar com outros profissionais, é uma experiência diferente. A gente sai do dia a dia da aula, do ensino, do laboratório, e a gente troca ideias com outras pessoas”, pontua Danieli Godoi Amann, aluna do 3º ano de Engenharia Florestal e integrante do PET-Engenharias.
A Semeaf começou na segunda-feira (22) com duas palestras. A primeira delas foi da professora Natália Moraes Góes, da Universidade Estadual do Paraná (Unespar), que tratou sobre estratégias de motivação para aprender. “Essa motivação vem no sentido de mostrar ‘olha, por que eu entrei aqui? Por que eu escolhi esse curso? O que que eu penso? O que que eu projeto para minha vida daqui quatro, cinco anos, quando eu finalizar esse curso?’ Então ela me ajuda a resgatar esse olhar do motivo do ingresso na graduação, que vai ajudar então a se manter fazendo aquele curso e não desistir. A motivação também é importante para o professor, que precisa pensar ‘como eu posso motivar esse meu aluno? Como eu posso manter, facilitar os processos para que esse aluno se mantenha ali na graduação, que ele se mantenha engajado? Então ela vai para os dois sentidos”, detalha a palestrante.
Já em sua palestra sobre a extensão no meio acadêmico, a pró-reitora de Extensão e Cultura da Unicentro, professora Lucélia de Souza, destacou uma série de trabalhos desenvolvidos pela instituição como forma de incentivar o engajamento na articulação entre universidade e comunidade. “O intuito é motivar cada vez mais os estudantes, os professores e os agentes a realizarem a extensão universitária, porque esse, podemos dizer, é o momento da extensão universitária. Eu trouxe vários exemplos de projetos que são realizados em nossa instituição para que eles possam ter ideias de novas iniciativas, de estabelecer novas parcerias, enfim, atividades extensionistas que a nossa comunidade acadêmica possa realizar junto à sociedade, no sentido de promover transformações sociais e enriquecer a formação dos nossos estudantes”, ressalta a pró-reitora.
Nesta terça-feira (23), começaram os minicursos da Semeaf. Ao todo, são 14 oficinas ministradas por professores de diferentes departamentos, pós-graduandos e profissionais de empresas da região, que tratam de temas variados, como operações florestais, erosão e conservação de solos, saneamento, Excel e estatística experimental.
A VIII Semana de Estudos Ambientais e Florestais termina na sexta-feira (26), com visitas técnicas a indústrias de Irati e Mallet. “Nessas visitas, eles conseguem ver na prática o que eles aprendem na teoria. E isso não é limitado, os alunos podem ir tanto na parte florestal quanto na ambiental. Os acadêmicos interagem e isso é fundamental. Eles veem a importância dessa relação entre os cursos, que às vezes na teoria eles não conseguem perceber. Essa troca de experiência é bem importante e acho que é fundamental para o currículo deles”, reforça a diretora do Setor de Ciências Agrárias e Ambientais do Câmpus de Irati, professora Kely Viviane de Souza.
Por Wyllian Correa