UEPG – Utilização de Allium cepa na avaliação ecotoxicológica de esgoto sanitário em diferentes etapas do tratamento

THAÍSE CAMARGO DA SILVA

Data da defesa: 13/09/2021

Banca:
Dra. Bárbara Zanicotti Leite Rossa Primeira Examinadora
Dra. Kelly Geronazzo Martins – UNICENTRO – Segunda Examinadora
Dra. Ana Cláudia Barana – UEPG – Orientadora e Presidente da Banca

Resumo:
Uma preocupação com relação ao tratamento de águas residuárias é a qualidade com que esta retorna ao meio ambiente. A toxicidade da água pode afetar diretamente o processo de divisão celular dos seres vivos, fazendo com que ocorram anomalias e alterações cromossômicas, bem como outros problemas citados neste estudo. Assim, a presente pesquisa teve como objetivo avaliar a eficácia na redução da toxicidade de duas estações de tratamento de esgoto (ETEs) localizadas no Estado do Paraná: uma ETE que opera com tratamento biológico anaeróbio via reator e filtros anaeróbios, aqui denominada de ETE ANA, e outra onde o processo de tratamento biológico é aeróbio e se dá por lodos ativados, ETE LA. O organismo teste vegetal utilizado para verificar índices de toxicicidade, dividido em genotoxicidade, mutagenicidade e citotoxicidade dessas ETEs, foi o Allium cepa. Constatou-se que o afluente de ambas as ETEs apresentaram indicativos citotóxicos, genotóxicos e mutagênicos semelhantes ao controle positivo, feito com o herbicida Trifuralina. Em ambas as ETEs os efluentes tratados atenderam aos padrões de lançamento de DQO, NTK e N-NH4 exigidos pela legislação vigente. Identificou-se que o efluente da ETE LA não é considerado citotóxico, genotóxico ou mutagênico, apresentando um índice mitótico (IM) de 11,5%, aberrações cromossômicas em torno de 0,3% e ausência de células com micronúcleos, resultados estatisticamente iguais ao tratamento controle feito com água. A ETE ANA também apresentou eficiência quanto à redução da toxicidade ao longo dos processos, sendo as amostras com algum tratamento as que apresentaram melhores resultados quanto aos índices de toxicidade. Também foi realizado teste de ecotoxicidade com amostra da escuma coletada no reator anaeróbio da ETE ANA e observou-se inibição total do crescimento da raiz, o que significa elevada toxicidade. Já a escuma diluída 100 vezes não apresentou potencial citotóxico, com IM de 10,4%, mas apresentou capacidade genotóxica, de 1,0%, e mutagênica, de 0,4%, não apresentando diferença estatística ao controle positivo. Foram realizados os mesmos ensaios de ecotoxicidade utilizando-se meios preparados com 40 mg L-1 de N-NH4Cl e 2,0 mg L-1 de N-NaNO3 onde o crescimento da raiz não foi afetado, porém ambas as substâncias se apresentaram genotóxicas para células de Allium cepa.

Link:  https://tede2.uepg.br/jspui/bitstream/prefix/3512/1/Thaise%20Camargo%20da%20Silva.pdf

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