UNICENTRO – Avaliação da flotação e da sedimentação no pós-tratamento de efluente de reator anaeróbio visando remoção de fósforo
Daiane Cristine Kuhn
Data da defesa: 13/03//2019
Banca:
Dra. Karina Querne de Carvalho Passig – UTFPR – Primeira Examinadora
Dr. Tiago José Belli – UDESC – Segundo Examinador
Dr. Carlos Magno de Sousa Vidal – Orientador e Presidente da Banca
Resumo:
O efluente de reator anaeróbio geralmente não apresenta qualidade suficiente para atender aos padrões de lançamento e qualidade preconizados na legislação ambiental brasileira, por serem pouco eficientes na remoção de nutrientes como fósforo e nitrogênio, matéria orgânica, sólidos e patogênicos. O aporte excessivo de nutrientes é uma das principais causas da eutrofização das águas. A presente pesquisa teve como objetivo avaliar a flotação por ar dissolvido e a sedimentação no pós-tratamento de efluentes de reator anaeróbio visando a remoção de fósforo em escala de bancada (flotateste). Na primeira etapa foram analisadas as dosagens de FeCl3 (0, 50 e 100 mg.L-1) e velocidades de flotação (5, 8 e 15 cm/min) na flotação por ar dissolvido, e as dosagens de FeCl3 (0, 50 e 100 mg.L-1) e tempo de sedimentação (30, 45 e 60 minutos) na sedimentação através do planejamento fatorial de experimentos, tendo como variáveis respostas o fósforo total, fósforo solúvel, DQO total, DQO solúvel e turbidez. A segunda etapa compreendeu a avaliação dos valores ótimos encontrados a partir da aplicação dos mesmo no pós-tratamento de efluentes apresentando a melhor eficiência de remoção dos parâmetros estudados. Ainda, foram realizados testes de toxicidade com Daphnia magna e ensaios de centrifugação com o lodo proveniente dos pós-tratamentos. A dosagem de 100 mg.L-1 de FeCl3 apresentou-se mais efetiva nos dois tipos de pós-tratamento, com eficiências de remoção de 80,8 e 93%, de fósforo total e fósforo solúvel, respectivamente, na FAD. Na sedimentação obteve-se eficiências de remoção de 96,7% e 96,5% de fósforo total e fósforo solúvel, respectivamente. No ensaio de centrifugação, com lodo proveniente do pós-tratamento por FAD, obteve-se o maior teor de sólidos na torta, de 30,3%. Quanto aos testes de toxicidade com Daphnia magna, o efluente do reator UASB mostrou-se tóxico (FT = 4). Os efluentes do póstratamento por FAD e sedimentação não são considerados tóxicos (FT = 1).
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