Projeto “Produzindo História” 2021 por: Luiz Guilherme

Texto pensado e escrito para a realidade brasileira de junho de 2020. Muitas coisas aconteceram e mudaram desde então, incluindo o contexto político brasileiro até o meu próprio pensamento. Talvez todo o conteúdo elaborado não seja mais compatível e atualizado com relação ao cenário atual de outubro de 2021.

 

Qualquer um, menos Bolsonaro

Por Luiz Guilherme de O. Sebrenski
História – UNICENTRO – 3° ano

Recentemente eu fui questionado sobre a seguinte situação: Digamos que se
Bolsonaro saísse, quem esperaríamos? Que tipo de governante seria o ideal em meu
entendimento? E quem seria esse governante? Achei uma excelente pergunta e percebi
que eu precisaria dispor um pouco de tempo para TENTAR responder essa questão.
Por alguns dias, eu refleti MUITO sobre o assunto e resolvi compartilhar aqui o que eu
penso sobre tudo isso. Peço, encarecidamente, aos que se disporem a ler, que leiam
até o final, o texto é grande, a pergunta é complexa, e perguntas complexas não podem
ser respondidas de maneira simples, pelo menos é assim que eu penso1
.
No atual contexto, eu não consigo, e nem sei dizer quem eu apontaria para estar
no lugar dele. Não é nada fácil apontar um nome político específico que eu acredite ser
o nome ideal para a presidência da república. Penso que é um assunto extremamente
complexo, me falta conhecimento e base teórica para cravar um nome com uma total
convicção. Infelizmente, isso eu não sei responder. Se pararmos para pensar, o cenário
anterior a 2018 também não era dos melhores, já caminhávamos com pernas bambas.
Educação, saúde, segurança, saneamento básico, emprego, inflação, infraestrutura e
várias outras esferas já estavam (e sempre foram) bem defasadas, mas mesmo assim,
no meu entendimento, o ATUAL CENÁRIO de 2020, a situação está TÃO feia, o nível
está TÃO abaixo do normal, que francamente, tendo a acreditar que dificilmente algum
outro nome político estaria conduzindo o país de maneira PIOR que a de Jair Bolsonaro.
Quando eu me pergunto sobre qual seria “o meu líder ideal”, imediatamente me
vem à cabeça posições totalmente contrárias as de que Bolsonaro tem. Quero um líder
que não incite nem proclame a violência e a ignorância, atacando as minorias, atacando
as instituições da nossa democracia, dizendo coisas do tipo “quem manda sou eu”, “as
minorias terão que se curvar”, ou mandando jornalistas calarem a boca. Um líder que
não governe através do ódio, do medo e da violência. Um líder que não cite frases de
líderes fascistas como Benito Mussolini, representante máximo do fascismo italiano,
regime com ideologia totalitária, contemporâneo ao nazismo alemão de Adolf Hitler. A
frase dita por Bolsonaro “melhor viver um dia como leão do que cem anos como
cordeiro”, traduzido de “meglio vivere un giorno da leone che cento anni da pecora” pode
ser entendida também como REFERÊNCIA DIRETA a Mussolini, pois o mesmo
igualmente a citou. Um líder que não faça apologias, nem flerte com um regime nazista,
ideologia alemã também totalitária, que levou a uma das maiores atrocidades da história
da humanidade, o genocídio de milhares de judeus. A apologia acontece quando
Roberto Alvim, até então SECRETÁRIO DA CULTURA NACIONAL aparece em um vídeo fazendo CLARAS REFERÊNCIAS a representantes históricos do nazismo,
repetindo a estética de cenário, a trilha sonora, e fazendo um discurso semelhante ao
de Joseph Goebbels, ministro da propaganda nazista de Hitler.
Um líder que não seja declarado abertamente a favor do GOLPE MILITAR de
1964. Um líder que não idolatre torturadores. Um líder que não seja um extremista. Um
líder que não propague mentiras como “nazismo é de esquerda”, ou que “no Brasil em
1964 aconteceu uma revolução militar e não um golpe”. Um líder que não governe e
nem se apoie em mentiras. Um líder que não tente esconder ou omitir dados importantes
como os do INPE, IBGE, ministério da saúde e do portal da transparência. Um líder que
não tenha como maior apoiador e influenciador, Olavo de Carvalho, um “guru” do
conservadorismo extremo, que propaga teorias conspiratórias totalmente vagas sem
embasamento científico, muito da “doutrina marxista da esquerda” que o governo atual
diz combater vem dele, que se diz filósofo, porém nem formação para isso ele tem.
Um líder que não diga que a pandemia mundial é uma “gripezinha”. Um líder que
não seja um negacionista dos fatos e dos números. Um líder que não ignore os cientistas
e especialistas da área e a própria ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE, indo na
direção contrária das medidas que O MUNDO INTEIRO ESTÁ TOMANDO, o isolamento
social. Não é possível que só ele esteja certo sobre a resistência ao isolamento, e que
o planeta inteiro esteja errado. Um líder que tenha empatia pelas pessoas, que tenha
compaixão pelas vidas perdidas em meio a pandemia. Um líder que não saia nas ruas
sem máscara pegando na mão de vários, dando aval para as pessoas fazerem o
mesmo. Um líder que não seja um grosso, um ignorante e um completo idiota. Um líder
que não queira interferir diretamente no comando da polícia federal para abafar as
investigações de seus filhos. Um líder que não vá em manifestações públicas em meio
a uma pandemia, se juntando a apoiadores que pedem o fechamento do STF e em favor
da volta de um possível AI-5, sem nem mesmo saberem o que de fato foi o Ato
Institucional Número Cinco. Um líder que se preocupe mais com a crise global e nacional
do que com questões que NÃO EXISTEM como “ideologia de gênero” ou a “doutrinação
marxista”. Um líder que se preocupe mais com a fome, com a desigualdade social, com
o racismo estrutural, com a pobreza do país, do que com a própria imagem. Um líder
que de valor a uma educação de qualidade, que apoie a ciência e as universidades, que
não corte verbas nem faça ataques constantes a essas instituições dizendo besteiras,
como “alunos fazem de tudo, menos estudar”, ou que as universidades estão sendo
“massacradas por uma ideologia de esquerda”. Um líder humanitário, que preste apoio
e proteção as minorias, aos mais variados grupos étnicos do nosso país, como os
diversos povos indígenas e quilombolas, aos “sem terra” e a comunidade LGBTQ+.
Um líder que não coloque “Deus acima de todos”, o estado não deveria ser laico?
Na teoria, o poder do estado deve ser imparcial com relação a questões religiosas, não
apoiando CLARAMENTE uma religião específica, como no caso de Bolsonaro, o
cristianismo. Não estou aqui culpando ou falando mal de determinada religião, somente
penso que, com relação ao estado, essas esferas não devem se misturar, e
definitivamente, não é o que acontece aqui no Brasil. Um líder que não coloque o “Brasil
acima de tudo”, que não rompa com relações diplomáticas de anos, que não exiba
atitudes ufanistas. Um líder que preza pela colaboração e integração pacífica entre as
nações. Um líder que queira crescimento mútuo, não somente individual. Um líder que
não atribua a culpa, SEM NENHUMA PROVA, do desmatamento e queima da Amazônia
a artistas e ONGs. Um líder que preze pela PRESERVAÇÃO da maior floresta tropical
do MUNDO. Um líder que não insista em fantasiar um inimigo que NÃO EXISTE, um
inimigo “invisível”, dizendo coisas sem pé nem cabeça como se tais correntes teóricas
como o socialismo e o comunismo fossem de fato “acabar” com o Brasil, conceitos que
NUNCA chegaram a acontecer em nosso país, nem de perto (basta a historiografia
brasileira). Um líder que não espalhe fakenews como “mamadeiras de piroca” ou o “kit
gay”. Um líder que não seja favorável a uma possível intervenção militar.
Um líder que não coloque profissionais totalmente despreparados no comando
de pastas e órgãos importantes como os ministérios dos direitos da mulher, da família
e dos direitos humanos (Damares Alves), do meio ambiente (Ricardo Salles), e
principalmente o da educação (Abraham Weintraub), pasta que EU, como futuro
professor mais dou a minha atenção, e na minha visão, o ministério mais defasado. Não
preciso nem comentar sobre a maneira que Weintraub “comanda” a educação. Um líder
que não extinga o ministério da cultura, nem coloque na presidência da fundação cultural
palmares (Sérgio Camargo), um profissional que nega a própria história. Vou me poupar
de comentar aqui sobre a Regina Duarte. Um líder que não responda com “e daí? Quer
que eu faço o que?” Quando questionado sobre o número crescente de mortes no país
devido ao Covid-19, ou quando questionado sobre o incêndio no museu nacional. Um
líder com empatia. Um líder que reconheça seus erros, que se desculpe quando perceba
que faz algo de errado. Um líder que NÃO DEMITA DOIS MINISTROS DA SAÚDE em
meio a uma PANDEMIA GLOBAL, simplesmente por não concordarem com suas
atitudes ridículas, como a de alterar a bula de medicamentos, ou insistir do uso da
cloroquina. Penso que se fosse comprovada a eficácia do remédio como método de
prevenção ao COVID-19, países mais avançados que o Brasil já estariam utilizando
desse remédio, o que não é o caso. Pelo menos na teoria, não seriam os ministros quem
deveriam ser os especialistas na área? Lembrando que ficamos muitos dias sem ter
ministro da saúde, novamente, EM MEIO A UMA PANDEMIA. O ex-interino, agora
oficialmente ministro da saúde, o militar Eduardo Pazuello nem médico é. Um líder que
não insista em um remédio, que não tem comprovação científica, para “solucionar” uma
crise mundial. Para mim, BOLSONARO NÃO MOTIVA, NÃO INSPIRA, NÃO É UM
LÍDER QUE EU QUERO SEGUIR. Pelo contrário, é mimado e parece não aceitar quem
pensa diferente dele, não é uma característica que eu prezo para um líder de estado.
UM LÍDER TAMBÉM DEVE SABER OUVIR.
Meu ponto é: Acredito não ser hora de ficar culpando governos passados,
atacando e demonizando líderes da esquerda, a exemplo dos governos anteriores a de
Bolsonaro. Aqui, de forma direta: já foi, já passou, não é mais à esquerda e o PT que
está no poder. Penso que precisamos olhar e atentar para o que está acontecendo
AGORA, e não ficar cegos e aceitando erros do atual governo. Dizer que o Lula e a
Dilma fizeram isso ou aquilo, ou comparando medidas tomadas no passado por esses
respectivos petistas, não vai adiantar em nada nesse momento, não irá nos levar a lugar
nenhum. Estamos enfrentando um momento difícil, complicado, onde o nosso maior
representante, o nosso “líder”, parece mais atrapalhar do que ajudar. Penso que
devemos mudar o foco do nosso pensamento. A chave agora, no meu entendimento, é
transformar esse cenário, e na minha opinião, o primeiro passo seria nos
conscientizarmos que Bolsonaro é sim, e está sendo, prejudicial para o nosso país.
Acredito que o melhor caminho seria tirar esse lunático do poder agora ou no mais tardar
nas eleições de 2022. Porém, se o cenário for esse, se ele sair agora, novamente
cairíamos em uma questão também muito complexa: sai o Presidente, entra o Vice, o
general Hamilton Mourão. Seria essa realmente a melhor alternativa? Parece que toda
vez que releio esse texto, caio sempre num mar de incertezas, e não consigo pensar
numa melhor saída para isso tudo, enxergar uma real solução. Mas acredito que essa
“simples” reflexão já é válida.
Continuo com minhas críticas ao atual governo. Ele, como nosso representante
máximo, não deveria se considerar acima dos demais, ele não é um rei absolutista para
fazer o que bem entende. É essa a impressão que eu tiro quando analiso seus inúmeros
comunicados e posicionamentos. Nós, como população, pagamos altos impostos para
que ele trabalhe para gente, isso não é um favor que ele está nos prestando, é o MÍNIMO
que ele tem e DEVE fazer. Qual é o intuito do estado se não for o de prover o básico
para todos, governar para todos? Não acredito que sejam esses os valores que um
presidente deva ter. Novamente, o presidente, na minha visão, deveria governar PARA
TODOS, não só para quem ele quer, não só para a direita, ISSO NÃO É UMA GUERRA.
Digo isso com base nas constantes declarações ofensivas a população que ele
enquadra como esquerdista. Não lembro de ver governantes passados fazendo esse
tipo de ataque. Bolsonaro só dificulta o cenário em que estamos vivendo, bem como
seus apoiadores, só causam tensões políticas num momento totalmente delicado. É um
total desrespeito e uma falta de consideração aos milhares que estão morrendo. Na
minha visão, ele deveria prestar apoio incondicional a população, ouvir o que o povo
tem a dizer, principalmente os mais pobres, e não dizer para que todos voltem a
trabalhar normalmente, como se nada estivesse acontecendo. A “sorte” é que, a maioria
dessas decisões estão sendo tomadas pelos governantes de municípios e estados,
independente da palavra de Bolsonaro. Já são 867.882 casos aqui no Brasil e mais de
43 mil mortes, números expressivos para uma “gripezinha”, e isso só tende a aumentar.
NÃO estou colocando TOTAL responsabilidade nele por essas mortes, estou dizendo
que sim, ele tem INFLUÊNCIA DIRETA nesses números, devido aos seus
posicionamentos contrários ao isolamento social. Ele como chefe de estado dá aval para
as pessoas seguirem suas vidas normalmente, aumentando a propagação de um vírus
que vacina. É um dos poucos líderes do mundo que não respeita e insiste em resistir ao
isolamento social, nem mesmo Donald Trump, figura inspiradora para muitos (eu
discordo totalmente), manteve essa postura. Bolsonaro além de burro, é teimoso.
Com todo o respeito e humildade, penso que ele não fez absolutamente nada
para estar ali. Não chegou ao poder por seus méritos políticos, com suas ações perante
a sociedade. Em tantos anos como deputado federal, não fez praticamente nada de
relevante, e em pouco mais de 1 ano como presidente da república, também não fez.
Basta fazer uma pesquisa simples por números: dólar mais alto da história; desemprego
em alta; número elevado de trabalhadores informais; educação indo por água a baixo,
com corte de bolsas nas universidades, quase zero incentivo a educação e pesquisa,
ensino básico sucateado, ENEM sendo marcado em meio a pandemia (felizmente,
depois de muita força popular, foi adiado), onde muitos não têm o acesso ao ensino; a
economia, que já não estava “boa”, não obteve significativas melhoras, o aumento
gradual e lento que existiu não foi por ação direta DELE; parceria comerciais
enfraquecidas (exemplo da China, parceira do Brasil de anos) devido a retóricas
ofensivas por parte de Bolsonaro e seus apoiadores. Sem contar o “puxa-saquismo”
perante os EUA e a mania infantil de querer causar tensão com todo o resto.
Obviamente, na minha visão, o “fenômeno” Bolsonaro é muito mais complexo que isso,
acredito existir várias camadas de análise, e não é em um texto de poucas páginas, feito
por um simples estudante de História, que irá ocorrer o destrinchamento total do caso.
Em linhas gerias, é somente o que eu penso sobre tudo isso.
Na minha visão, Bolsonaro também não é somente um ser isolado, é o porta voz
de algo muito maior, o transmissor e o representante de um determinando grupo que
expressa valores, no mínimo controversos e distorcidos acerca da vida societária. O que
ele prega é apenas ignorância e ódio, e seus “méritos” de ter chegado a presidência,
foram somente os de ter surfado e se aproveitado da onda de “ódio ao PT”, junto a um
discurso de “anticorrupção” que tomou conta do país. O fato é, grande parte da
população comprou essa ideia, Bolsonaro elegeu-se com base no desgosto e na
desesperança de maior parte do povo brasileiro em relação a própria esquerda.
Concordo que estávamos passando por um momento de desilusão política, mas haviam
outras opções. Penso que o que estamos enfrentando agora é muito parecido com a
TENSÃO SOCIAL do governo Dilma, onde existiram muitas manifestações que
ocasionaram um futuro impeachment. Não vou aprofundar-me aqui sobre o que eu
penso sobre esse caso, não é necessário no momento. Voltando, é óbvio que existem
VÁRIAS diferenças entre os dois cenários, mas a tensão social em que o país está
passando é parecida, pelo menos em partes. Eu entendo o argumento de que muitos
queriam uma RENOVAÇÃO POLÍTICA, e em partes eu concordo com isso. Mas
também penso que, NEM SEMPRE MUDAR PARA ALGO NOVO SEJA SINÔNIMO DE
ALGO MELHOR, as vezes esse algo novo pode ser muito, mas muito pior, e na minha
visão é exatamente o caso de Bolsonaro. Não visto 100% a bandeira do PT e tenho sim
as minhas críticas ao governo passado. O que quero deixar claro aqui é que não
concordo com o discurso de que na época, a melhor opção, lá em 2018, seria a de
colocar Bolsonaro na presidência da república, para mim ele sempre foi um louco. Se
queríamos uma opção da própria direita: João Amoedo, Geraldo Alckmin, Henrique
Meirelles, Álvaro Dias. Se queríamos opões do lado da esquerda, Fernando Haddad,
Ciro Gomes, Guilherme Boulos, Marina Silva. QUALQUER UM MENOS O
BOLSONARO.
Menos ele por todos os motivos que eu já citei. Ele nunca escondeu que age
dessa forma, de maneira autoritária e ignorante, na minha visão bastava apenas se
informar, buscar entender quem é esse homem. Claro, sem julgamentos por aqui,
acredito que todos possuem uma determinada realidade, um contexto social diferente.
Eu hoje, tenho esses pensamentos graças ao tempo disposto para estudar e me
informar, tenho a plena consciência de que não são todos que possuem os recursos
que eu possuo. Não penso que isso justifique, mas enfim.
E o medo constante de uma possível intervenção militar que pode acontecer a
qualquer momento? Ele nunca escondeu esse fato, sempre deixou claro que se
precisar, ele fará isso, ele (ainda) tem o apoio de uma ala considerável dos militares. Na
minha visão, as possíveis manifestações contra ele PODEM virar uma “desculpa”, uma
justificativa para uma possível ação militar. Não só as manifestações contra o seu
governo, mas os frequentes embates contra os outros poderes. Augusto Aras, o
procurador-geral da república disse recentemente que “as Forças Armadas podem
intervir quando um poder invade a competência do outro”. Aqui, posso estar totalmente
errado, e sinceramente, TORÇO PARA ESTAR. Mas o fato é, ele e seus apoiadores
criticam constante as instituições da nossa democracia. Ele parece não entender que
os 3 PODERES DEVEM GOVERNAR EM HARMONIA, é assim que, na teoria, deveria
funcionar em uma democracia de uma REPÚBLICA FEDERATIVA
PRESIDENCIALISTA, como a nossa. O Judiciário, o Legislativo e o Executivo
governando JUNTOS. Novamente, ele não é um rei absolutista para governar como
bem entende, se colocando acima dos demais, ele não é Luís XIV e nós não estamos
na França do século XVII. Ele e seu filhos fazem constantes ataques ao STF e ao
Congresso, dizendo que basta apenas uma ação para acontecer esse fechamento. Me
pergunto aqui, se isso de fato acontecer, o que será da gente? Uma ditadura militar
novamente? É só pesquisar em livros de História, conversar com pesquisadores do
tema, estudamos isso na universidade. Um período sem liberdade de expressão, com
a mídia controlada, com a cultura e a arte controlada, com jornais e emissoras de TV
censurados. Filmes, séries, novelas, peças de teatro, e músicas que não concordavam
com as ações do governo, e o criticavam de alguma forma, eram censurados ou até
pior, caçados. Perseguição e consequente exílio de artistas, pesquisadores e jornalistas
ocorreram, é fato histórico e documentado. Todos que não concordavam com o governo
eram cassados, junto da proibição de qualquer manifestação pública, e a Polícia Militar
tendo o aval para agir da forma que achasse necessária. Esqueçam os direitos
humanos. Não vivi essa época, mas existe a historiografia, existem documentos, existe
estudo sobre o tema. Eu não quero isso para mim, nem para meus amigos e família.
Quero liberdade, paz e amor, chega de ódio.
Para finalizar, acredito fielmente que NUNCA é tarde para mudarmos nossos
conceitos e visões, perceber que erramos e que tudo bem errar, contanto que
reconheçamos nossos erros, faz parte da vida, é humano. Um ato de redenção. Lutar
para que esses erros não se repitam novamente, e mais, lutar para que outras pessoas
não cometam os mesmos erros que nós. Aquela boa e velha, “QUEM NÃO CONHECE
A SUA PRÓPRIA HISTÓRIA ESTÁ FADADO A REPETI-LA”. E infelizmente, estamos
repetindo incansavelmente os mesmos erros históricos de sempre, colocando no poder
pessoas despreparadas e desqualificadas, que querem se manter no poder a todo
custo, mais preocupadas com o seu próprio ego, do que com os reais problemas de
uma população. Mais preocupadas em manter uma imagem criada por uma ideologia
de doutrinação, de um salvador da pátria e de uma deificação desses líderes pela
grande massa. Não existem salvadores da pátria, NIGUÉM é capaz de ocasionar uma
mudança SOZINHO. Penso que NÃO PODEMOS e NÃO DEVEMOS ser coniventes
com os erros de quem elegemos, pois se assim for, seremos somente massa de
manobra, seremos sempre complacentes com líderes populistas, que mais prezam pela
própria egolatria do que com a felicidade real de seu próprio povo. Seremos apenas
gado.

LUIZ GUILHERME DE O. SEBRENSKI
Link de notícias:
https://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/politica/2019/03/11/interna_politica,742130/ambiente-academico-tem-sido-massacrado-por-ideologia-de-esquerda.shtml
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https://brasil.elpais.com/brasil/2018/10/18/actualidad/1539847547_146583.html
https://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/politica/2019/11/21/interna_politica,808106/novo-partido-de-bolsonaro-defende-deus-armas-e-oposicao-aocomunismo.shtml
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https://www.gazetadopovo.com.br/republica/breves/bolsonaro-inpe-exoneradodesmatamento/
https://piaui.folha.uol.com.br/lupa/2019/04/03/bolsonaro-desemprego-ibge/
https://economia.uol.com.br/noticias/redacao/2019/04/04/bolsonaro-e-paulo-guedesataques-criticas-ibge.htm
https://oglobo.globo.com/economia/bolsonaro-volta-criticar-metodologia-do-ibge-paramedir-desemprego-no-pais-1-23567270
https://economia.ig.com.br/2019-04-02/feita-para-enganar-a-populacao-diz-bolsonarosobre-taxa-de-desemprego-do-ibge.html

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