
Professor da Unicentro recebe destaque no Prêmio Brasil de Economia
O docente Claucir Roberto Schmidtke, do Departamento de Ciências Econômicas da Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro), conquistou o 3º lugar e recebeu menção honrosa na categoria “Artigo técnico ou científico” do 31º Prêmio Brasil de Economia, divulgado pelo Conselho Federal de Economia (Cofecon) na última semana. Considerado um dos mais importantes reconhecimentos da área, o Prêmio Brasil de Economia é promovido anualmente e valoriza trabalhos técnicos e científicos que contribuem para o desenvolvimento econômico do país.
Para o professor, esse reconhecimento é a validação de um longo caminho de dedicação. “Pesquisas assim exigem paciência e um mergulho profundo nas fontes. Ter esse esforço reconhecido em âmbito nacional é extremamente gratificante. Para o Departamento de Ciências Econômicas da Unicentro, o prêmio é mais uma prova da excelência que seus integrantes buscam”, explica Claucir.

Claucir Roberto Schmidtke foi premiado no 31º Prêmio Brasil de Economia
Intitulado “Estado Novo de Vargas: um caso de populismo econômico?”, o artigo analisa a política econômica do período em que Getúlio Vargas esteve à frente do governo, com o objetivo de compreender se o rótulo de “populista” atribuído ao ex-presidente se sustenta à luz dos modelos de populismo econômico.
De acordo com o professor Claucir, o diferencial do trabalho está na combinação de abordagens qualitativa e quantitativa, que permitiram uma análise ampla e criteriosa sobre o tema. “Essa combinação permitiu demonstrar que a política econômica do Estado Novo se distanciou do que a literatura define como populismo econômico. Foi um trabalho de separar o mito dos fatos”, conta o professor.
A motivação para o estudo surgiu do interesse em compreender melhor o período histórico do Estado Novo e analisar o populismo econômico, ou seja, verificar se a política econômica possuiu características destacadas nos modelos. “Além de resgatar a importância histórica do período, o trabalho também contribui para o debate atual sobre responsabilidade fiscal e desenvolvimento econômico”, detalha Claucir.
O desenvolvimento do trabalho envolveu uma imersão profunda em fontes históricas e dados econômicos, estruturada em duas frentes principais: qualitativa e quantitativa. Na abordagem qualitativa, foram analisados mais de uma centena de discursos de Getúlio Vargas e do ministro da Fazenda, Arthur de Souza Costa, com o objetivo de identificar as intenções da política econômica adotada. Já na frente quantitativa, foram levantados dados macroeconômicos da época, incluindo finanças públicas, inflação, oferta de moeda, balanço de pagamentos e crescimento do PIB real, permitindo avaliar os resultados efetivos das políticas implementadas.
“Buscamos entender, do ponto de vista estritamente econômico, se o rótulo populista de Vargas se sustentava. Ao cruzar as intenções com os resultados, conseguimos construir um quadro claro e concluir que a política econômica do Estado Novo não possuía as características observadas nos modelos de populismo econômico. Isso reforça a percepção de que Vargas, embora considerado um líder populista, jamais adotou o populismo econômico”, finaliza Claucir.
Por Isabella Silva, com supervisão de Giovani Ciquelero
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