5ª edição do Festival Canta Aí agita o Câmpus Irati
O Auditório Denise Stoklos, no Câmpus Irati da Unicentro, foi mais uma vez palco do Festival Canta Aí. A comunidade universitária e da região se reuniu em peso na quinta-feira (10) para prestigiar as 13 apresentações da noite, divididas nas categorias composição e interpretação. Cantores, duplas e bandas trouxeram um repertório variado, que ia desde a moda de viola, passando pelo pop e chegando até o metal cristão.
E foi o rock quem se consagrou nesta 5ª edição do evento, com representantes do gênero vencendo nas duas categorias do festival. Formada por dois irmãos e um primo, a banda The Mazur’s levou a melhor na categoria composição, com a música “Não somos diferentes”. “Existe um problema muito grande, que as pessoas têm um certo receio de compartilhar informações, de compartilhar ideias. E essa música tenta falar justamente a respeito disso, tenta trazer um pensamento crítico sobre como acontecem as interações pessoais hoje em dia”, explica Anselmo Mazur.
Veteranos de Canta Aí, o vocalista e guitarrista lembra que eles foram a primeira banda a se apresentar na primeira edição do festival, em 2017. “A gente sempre vem tentando tocar em todos os festivais que a gente consegue, porque a gente gosta muito dessa vibe, desse clima do festival, da diversão que o festival traz. Muito mais do que competir por uma colocação, é você estar ali e você se divertir”, enfatiza Anselmo.
Na categoria interpretação, a banda “Uoww Jack” venceu com The Best, de Tina Turner. “Muito bom participar de um evento como esse. A nossa cidade precisa da valorização da cultura e o Canta Aí é essencial. A sensação de ter ganhado o prêmio é uma sensação de dever cumprido, porque tinham muitos artistas qualificados e esperamos nos ver ano que vem”, destaca Gika Viante, vocalista da banda.
Baterista da Uoww Jack, Lucas Antoszczyszyn conta que o grupo formado por cinco amigos já tinha tentado participar do evento, mas que por motivos diversos não tinha acontecido. “A proposta do Canta Aí é muito boa e muito diferente, muito pedagógica mesmo. Trazer a comunidade para dentro da Unicentro, para esses momentos de sensibilidade, para o pessoal que nunca entrou numa universidade começar a conhecer e interagir nesses espaços. É muito importante nesse sentido. São espaços como esse que trazem o pessoal de volta para a nossa universidade”, reforça Lucas, que também é doutorando no Programa de Pós-Graduação em Educação da Unicentro.
Um dos organizadores do festival, o chefe da Divisão de Multimeios do Câmpus Irati, Nelson Luís Cordeiro, lembra que o evento nasceu do “Espaço Canta Aí”, que existe até hoje na instituição para promover a interação entre alunos, agentes e professores por meio da música. “O objetivo é difundir a cultura, fortalecer e estimular esse gosto e o desenvolvimento musical que a gente tem aqui na nossa região. E quando eu falo região, não é somente Irati. São as cidades ao redor que também fazem parte do nosso festival e que a cada ano vem demonstrando mais interesse, independente da premiação. Eles vêm por amor à arte, à cultura e especialmente à música”, pontua.
Plateia animada
A adesão do público também se mostra cada vez mais significativa. Antônio Cesar Pires, o popular Raulzito, veio com a esposa, a filha e a neta de 3 anos, que compartilham o mesmo interesse pela música. “Eu já tinha ouvido falar no festival, mas a gente nunca veio antes. Daí tava ansioso, “chegou a quinta-feira!”. E a gente tá aqui e o evento é muito bom”, celebra.
Teve até quem formou torcida organizada para fazer muito barulho no auditório. “A gente se organizou em prol da nossa colega Danieli Ienke e veio representar a turma de Pedagogia do quarto ano. A gente trouxe vuvuzela, buzina, apito, o que a gente encontrou. A nossa professora Adriane Vassão ajudou também”, relata Elizama Lima.
Danieli Ienke cantou “Majestade, o sabiá”, na versão de Chitãozinho e Xororó, e mesmo sem levar o prêmio da noite, não pode deixar de se emocionar com a torcida das colegas. “Foi bem surpreendente. Eu gostei muito de receber esse carinho deles. É bom a gente se sentir amada, se sentir valorizada, foi bem gratificante. A música tem um lugar de serviço, de fazer a alegria das pessoas, é muito bom ver que a minha música consegue fazer as pessoas felizes”.
Apresentações do Grupo Fato e do Grupo Muzenza Capoeira
Organizado pelas divisões de Multimeios, de Promoção Cultural (Diproc) e de Extensão (Diex) do Câmpus Irati, a quinta edição do Festival de Música Canta Aí teve como novidade a parceria com a XVII Semana de História. Marcando também o encerramento do evento acadêmico, o Canta Aí ganha uma noite especial, com as apresentações culturais nesta sexta-feira (10), como explica o chefe da Diproc, professor César Renato da Costa.
“O Grupo Fato, um grupo musical de Curitiba, vem nos presentear com uma exibição de 30 anos da sua existência. Teremos também a apresentação do Grupo Muzenza de Capoeira. Nós teremos mais uma grande manifestação cultural aqui no Câmpus Irati nesta sexta-feira”, afirma o docente.
As apresentações do Muzenza e do Grupo Fato começam às 19 horas, no Auditório Denise Stoklos. A entrada é gratuita.