Núcleo de Estudos Eslavos promove estreia do documentário “Aldeia Natal” em Irati

Núcleo de Estudos Eslavos promove estreia do documentário “Aldeia Natal” em Irati

Na próxima quinta-feira (3), às 20h30, o Núcleo de Estudos Eslavos da Unicentro (NEES) promove a estreia do documentário ‘Aldeia Natal’. A sessão especial será no Cinema.com, em Irati, com entrada gratuita para toda a comunidade, até o limite de 90 lugares, capacidade máxima que a sala comporta. Além do NEES, o evento conta com o apoio da Divisão de Extensão e Cultura do Câmpus Irati e da Secretaria Municipal de Cultura de Irati. Após a exibição do filme, haverá um debate com o diretor Guto Pasko.

É a história do próprio Guto que é levada para a tela. Nascido em uma colônia de imigrantes ucranianos no interior de Prudentópolis, o cineasta saiu da casa dos pais aos 11 anos de idade. Trinta anos depois, ele retorna para tentar reencontrar um passado que se perdeu, em uma jornada que pretende ser ao mesmo tempo pessoal e universal. No documentário, as relações familiares, as diferenças religiosas e os conflitos culturais se misturam em um espaço que se divide entre a localidade de Queimadas, na área rural do município paranaense, e a Ucrânia, registrada poucos anos antes do país ser invadido pela Rússia.

A cultura ucraniana já foi tema de outros trabalhos de Guto Pasko, que está há 25 anos no mercado audiovisual. Vencedor dos prêmios de melhor roteiro e melhor montagem no último festival Cine PE, “Aldeia Natal” é apresentado como o maior desafio na carreira do diretor, tanto pelo caráter autobiográfico quanto pela complexidade do resgate histórico que envolveu. “A história da minha família estava de certa forma enterrada nos antepassados que vieram da Ucrânia em 1896. Meu bisavô veio criança, com 9 meses de idade. Em 1927, ele foi assassinado ali em Prudentópolis e junto com ele foi enterrada a história da família. Ninguém mais sabia nada dos antepassados”, salienta.

Novo filme do cineasta Guto Pasko resgata a história da sua família e sua relação com a cultura ucraniana.

A exibição do filme em Irati, na quinta, e em Prudentópolis, na próxima semana, também tem uma importância especial. “Embora o filme trate da minha família, ele é comum a qualquer família de imigrantes da região, porque essas histórias são muito parecidas. Todos têm um desejo de reencontrar suas raízes, muitos têm ou tiveram o sonho de voltar para a Ucrânia ou ir atrás das suas origens. Dialoga com toda a região porque é a história de todos nós”, afirma Guto.

Integrante do Núcleo de Estudos Eslavos, a professora Regina Chicoski destaca que a parceria do núcleo com o diretor é antiga. “Nós trabalhamos e discutimos questões ligadas à cultura eslava, tanto de ucranianos quanto de poloneses. Então é muito importante ter alguém se destacando na arte cinematográfica com essa temática que para nós é muito cara”, reforça a docente.

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