Professoras da Unicentro palestram no maior evento científico da América Latina
A Unicentro segue mostrando a sua relevância no cenário da pesquisa acadêmica. Nesta semana, as professoras Alayde de Maria Pinto Digiovanni e Ariane Carla Pereira apresentaram os seus trabalhos na programação científica da 75ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, a SBPC.
Docente do Departamento de Comunicação Social da Unicentro, Ariane participou em dois momentos distintos. O primeiro foi como apresentadora da palestra “Comunicação Digital e a Reconstrução da Democracia em um Cenário Pós-pandêmico”, proposta pela Socicom, que é a Federação Brasileira de Associações Científicas e Acadêmicas de Comunicação. No segundo, ela foi uma das palestrantes da mesa-redonda “As Ciências da Comunicação na Construção de uma Cultura Democrática”, proposta pela Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação, a Intercom.
Nessa última atividade, Ariane destaca que o objetivo foi evidenciar – por meio do ensino, da pesquisa, e da extensão – que a comunicação é uma ciência plural e interdisciplinar, que precisa ser valorizada enquanto campo do conhecimento não só por promover a democracia, mas também a emancipação dos cidadãos. “Nesse aspecto, minha participação na mesa teve como objetivo mostrar como os estudos em Comunicação podem se transformar em práticas para a transformação social. Eu abordei o projeto de extensão ‘Florescer’, que trata da prevenção da violência contra a mulher a partir da realização de oficinas, em escolas públicas, com crianças de 8 e 9 anos, mostrando para elas vários aspectos que vão da construção da cidadania à importância de que a gente tenha políticas de equidade. Falamos sobre a Lei Maria da Penha no sentido de que as crianças entendam que homens e mulheres são iguais, têm direitos iguais, e que esses direitos precisam ser efetivados, não podem estar só no papel, e que nada justifica qualquer forma de violência e sobretudo a violência contra a mulher”, enfatiza.
Já a professora Alayde, do Departamento de Psicologia, participou da mesa-redonda ‘Contribuições da Psicologia no Processo Ensino-aprendizagem’, proposta pela Abrapee, que é Associação Brasileira de Psicologia Escolar e Educacional. Segundo Alayde, os trabalhos apresentados são resultado das pesquisas desenvolvidas pela associação, principalmente em relação à educação básica.
A docente conta que tem trabalhado nos últimos anos com as relações entre a psicologia e as políticas públicas, em especial as políticas de educação, e que o foco para o evento foi o aspecto da alfabetização como um direito inalienável. “O Brasil precisa solucionar a questão das pessoas que ainda são analfabetas e, mais do que isso, das crianças que frequentam os bancos escolares, mas saem da primeira fase, sobretudo, e vão para a segunda fase do Ensino Fundamental com sérias dificuldades na questão da leitura e da escrita. Sem resolver isso, todas as coisas na sequência educacional ficam prejudicadas. Tanto o Executivo quanto o Legislativo precisam criar possibilidades para que esse processo ocorra, e que isso seja feito em parceria com as universidades, com pesquisadoras e pesquisadores que têm um acúmulo grande de propostas e soluções para as questões educacionais que nós temos no nosso país”, salienta.
A professora Ariane destaca ainda o caráter plural da reunião que, só na programação científica, congrega mais de 220 atividades, abrangendo os mais diversos temas e áreas do conhecimento. “Estar na programação da SBPC também é extremamente importante na medida em que é uma forma de reconhecimento do que a gente está fazendo, que tem importância para o campo científico, tem importância para a área que a gente trabalha, que a gente se dedica diariamente para desenvolver estudos”.
Alayde enfatiza a relevância do evento como um espaço para a articulação de demandas e apresentação de propostas, já que reúne não só autoridades científicas, mas também políticas. “Ele é bastante visado e ouvido por pessoas que estão em funções executivas no nosso país nesse momento. Então, a gente tem condições de reivindicar uma série de questões e apresentar uma série de propostas, a partir das necessidades que levantamos nas pesquisas nas diferentes áreas”.
As duas pesquisadoras também reforçam a importância de representar a Unicentro na SBPC. “É bem importante que nós levemos as nossas pesquisas, as nossas atividades para mostrar também para o resto do país, para outros pesquisadores e pesquisadoras, para os diferentes campos, centros de pesquisa, que a Unicentro vem desenvolvendo trabalhos importantes também e de vanguarda nas diferentes áreas que temos na nossa na nossa instituição”, afirma Alayde. “Para mostrar que a gente faz ciência de qualidade no interior do Paraná. Não importa onde a gente esteja, é possível ter resultados, que são resultados transformadores, resultados que podem fazer a diferença na vida das pessoas”, enfatiza Ariane.
Considerado o maior evento científico da América Latina, a 75ª Reunião Anual da SBPC começou no domingo (23) e termina neste sábado (29). A expectativa da organização é que mais de 35 mil pessoas passem pelo Centro Politécnico da UFPR até lá.