363 estudantes fizeram as provas do Vestibular dos Povos Indígenas do Paraná
As sete universidades estaduais do Paraná, lideradas pela Unicentro, realizaram, nessa semana, o Vestibular dos Povos Indígenas do Paraná. As provas foram aplicadas em sete locais, todos próximos a terras indígenas – Curitiba, Cornélio Procópio, Londrina, Mangueirinha, Manoel Ribas, Nova Laranjeiras e Santa Helena. Ao todo, 363 indígenas concorrem a 42 vagas nas universidades estaduais de Londrina (UEL), Maringá (UEM), Ponta Grossa (UEPG), do Centro-Oeste (Unicentro), do Norte do Paraná (UENP), do Oeste do Paraná (Unioeste), e do Paraná (Unespar); e a 10 vagas na Universidade Federal do Paraná (UFPR).
“Esse 22. Vestibular foi organizado pela Unicentro”, explica a professora Sandra Mara Mattos, presidente institucional da Cuia (Comissão Universidade para os Índios). “Para nós”, continua, “é um compromisso bastante grande, uma responsabilidade, mas é muito importante porque o vestibular é sempre organizado em forma de rodízio”.
Nesta edição, o processo foi organizado pela Unicentro e contou com dois dias de seleção. No primeiro, os candidatos responderam as questões de Língua Portuguesa e a prova foi realizada de modo oral. No segundo dia, a prova foi objetiva e testou o conhecimento dos estudantes sobre Português (interpretação de texto), Matemática, Biologia, Física, Química, História, Geografia e Línguas Estrangeiras e Indígenas (Inglês, Espanhol, Guarani ou Caingangue). Além disso, os candidatos também fizeram a redação.
O resultado final do processo será divulgado no dia 31 de maio. Segundo a professora Sandra Mara, “a expectativa dos candidatos é bastante alta para fazerem as matrículas”. Em 2021, 291 indígenas estavam matriculados nas sete universidades estaduais e na UFPR – todos com entrada pelo Vestibular dos Povos Indígenas. Desde que a política pública foi implantada, em 2021, 195 estudantes já concluíram o ensino susperior, e 92 deles se formaram nos últimos quatro anos.