Na Unicentro, 23 pesquisas internacionais são apresentadas na segunda edição do Eaici
Estudantes do México, Panamá e Paraguai participaram, esta semana, da segunda edição do Encontro Anual de Iniciação Científica Internacional da Unicentro, o Eaici. O evento faz parte da programação do 31º Eaic e reuniu apresentações de pesquisas desenvolvidas por alunos da Universidade de Canindeyú, no Paraguai, da Universidade Veracruzana, no México, e da Universidade Tecnológica do Panamá. Ao todo, foram 23 trabalhos internacionais apresentados em sessões virtuais e presenciais nos dois dias de encontro.
O Eaici, destaca o pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação, professor Marcos Ventura Faria, é fruto das colaborações entre professores pesquisadores da Unicentro e das instituições de ensino estrangeiras. “Alguns professores daqui tinham contatos com professores e colegas de universidades de fora, então, tivemos a ideia de ampliar a apresentação de trabalhos de iniciação científica nesse nível internacional. Em função da boa repercussão da primeira edição, foi feito novamente o contato com os coordenadores de pesquisa dessas instituições”, comenta. No primeiro dia de encontro, os estudantes da universidade de Canindeyú apresentaram seus trabalhos científicos no Câmpus Cedeteg. Já os graduandos das outras universidades participaram virtualmente do segundo dia de evento. “Tivemos essa sessão que foi remota em virtude do deslocamento, da distância entre Panamá e México”, explica o pró-reitor.
Hugo García, da Universidade Tecnológica do Panamá, foi um dos participantes. O estudante desenvolveu o protótipo de um aplicativo de ensino da língua inglesa para crianças em idade pré-escolar. Em sua apresentação, Hugo evidencia que a falta de métodos lúdicos dificulta a aprendizagem de outro idioma para os pequenos. “São diversos fatores, como métodos de aprendizagem pouco atrativos ou divertidos, a dificuldade de manter o interesse e a motivação das crianças e recursos de aprendizagem sempre iguais”, afirma o aluno de Desenvolvimento de Software. O protótipo foi testado com mais de 60 crianças de um centro educativo bilíngue do Panamá e apresentou bons resultados. “Para cumprir com o propósito de uma ferramenta realmente interativa, integramos botões, imagens e áudios que prendem a atenção dos pequenos”, destaca Hugo.
Outro trabalho apresentado foi da Ariana Roque, da Universidade Veracruzana. A aluna do curso de Direito estuda a eficácia das leis de proteção animal presentes nos códigos penais dos estados do México. “Dos 32 estados que compõem a República Mexicana, 26 têm dentro de seus códigos penais o maltrato animal como delito. Guanajuato é o estado que tem as sanções mais baixas e Coahuila tem as sanções mais altas enquanto castigo desse delito”, analisa Ariana. As possibilidades de ampliar a divulgação do seu trabalho e conhecer outros pesquisadores também foram enaltecidas pela aluna. “Mesmo de forma virtual, foi uma oportunidade de conviver com outras pessoas, de outros países, de apresentar minha investigação a pessoas que têm uma metodologia diferente de pesquisa. Foi muito enriquecedor”, avalia.
Segundo o coordenador do Eaic, professor Paulo Roberto da Silva, o contato com pesquisas desenvolvidas no exterior permite que os alunos da Unicentro percebam as possibilidades de internacionalização e de alcance da pesquisa científica. “Para mostrar que os trabalhos que eles fazem aqui também podem ter repercussão em outras regiões do mundo. A internacionalização da iniciação científica é extremamente importante porque ela abre a cabeça dos alunos para o que está sendo desenvolvido no mundo agora, nas áreas em que eles atuam”, afirma.
Para o professor Alberto Arriaga, da Universidade Veracruzana, a cooperação entre universidades gera benefícios mútuos. “Oferece oportunidades, especialmente, para a melhora da qualidade da ciência e da pesquisa. É importante reconhecer que esse evento permitirá redes de colaboração entre as universidades participantes, fortalecendo a pesquisa de todas elas”, destaca.
Encerrado o 2º Eaici, a intenção, para as próximas edições, é a de desenvolver ainda mais o evento internacional. “Ampliar a participação, inclusive para outros países, nos próximos anos”, finaliza o professor Marcos.