Tem início o 31º Encontro Anual de Iniciação Científica da Unicentro
O 31º Encontro Anual de Iniciação Científica (Eaic) da Unicentro teve início nessa segunda-feira (07). O evento abrange, ainda, o 2º Encontro Anual de Iniciação Científica Internacional (Eaici) e o 10º Encontro Anual de Iniciação Científica Júnior. Com mais de 2.300 participantes e cerca de 570 trabalhos inscritos, o objetivo é apresentar e difundir os resultados das pesquisas realizadas nos programas de iniciação científica da universidade.
“O Eaic é um conjunto de eventos que envolve todos os programas de iniciação científica da Unicentro e, desde o ano passado, a gente começou a fazer um Eaic internacional, que nós chamamos de Eaici. O Eaic envolve a iniciação científica e a iniciação científica de inclusão social, que voltada para alunos que vêm de escola pública. No Eaic, que envolve o Proic e o Pibis, nós temos 545 trabalhos sendo apresentados. No Eaic Júnior, que são alunos do ensino médio, nós temos 35 trabalhos sendo apresentados. No Eaici, nós temos trabalhos da Universidade de Canindeyú (Paraguai), da Universidade do Panamá e da Universidade do México”, explica o coordenador do evento, professor Paulo Roberto da Silva.
A abertura do primeiro evento de Iniciação Científica presencial pós-pandemia foi realizada no Câmpus Cedeteg. Com o auditório lotado, os participantes foram acolhidos neste momento que marca a finalização de todo o processo de pesquisa. “Hoje nós encerramos um processo que começamos em janeiro de 2021. É a coroação porque ele vai apresentar os trabalhos para os alunos e também para um comitê externo de avaliadores do CNPQ, que vem nos avaliar – vão assistir às apresentações dos alunos e vão falar quais são as potencialidades, pontos fortes e os pontos fracos. É a coroação porque é o último momento onde o aluno vai divulgar aquilo, contar para todo mundo o que ele fez”, declara Paulo.
O reitor da Unicentro, professor Fábio Hernandes, destacou a oportunidade para que os participantes tenham uma visão mais ampla entre vários conteúdos e estabeleça conexões para suas pesquisas. “Sabemos que esses três encontros – Eaic, Eaic Júnior e o Eaici – vão apresentar o fruto das nossas pesquisas, mas não somente isso. Esses eventos servem, também, para a troca de experiências, para futuras parcerias, porque nós sabemos que a ciência e a pesquisa se fazem em conjunto. Hoje, muitas instituições financiam, principalmente, pesquisas que envolvem várias instituições, vários grupos, a interdisciplinaridade. Então, com certeza, esse evento também vai trazer muitas interações entre os nossos participantes”, afirma.
Para o vice-reitor da Unicentro, professor Ademir Fanfa Ribas, o Eaic é um exemplo de contribuição para o crescimento e amadurecimento da Unicentro. “Eventos como esse e ações como a iniciação científica trazem alguns aspectos intangíveis, que são o fortalecimento e o crescimento intelectual, de pesquisa institucional. Nós crescemos enquanto universidade quando nós cooperamos, quando nós difundimos as nossas pesquisas, nossas informações, com outras pessoas. Esse crescimento faz com que a Unicentro, uma universidade passando para a maturidade, possa crescer ainda mais e ser reconhecida como ela é reconhecida em todos os aspectos, em vários critérios de avaliação”.
Mais que somente formação acadêmica, a Iniciação Científica contribui na formação pessoal e profissional de quem participa. “Esse tipo de evento, como o Encontro de Iniciação Científica, proporciona a troca de experiências dos resultados obtidos dos projetos no decorrer do ano. Então, esses projetos fazem parte do processo de desenvolvimento da instituição e eles vem, nesse momento, coroar a apresentação e a troca de experiência. A iniciação científica é importante não só para a formação acadêmica, mas ela também traz uma formação pessoal, uma formação cidadã, ela prepara também para o mercado de trabalho e ela traz um diferencial para o aluno que participa do programa”, analisa o pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação da Unicentro, professor Marcos Ventura Faria.
A abertura do Eaic contou com a palestra “Por que precisamos, cada vez mais, falar de gênero para fazer ciência?”, ministrada pela pesquisadora Luciana Rosar Fornazari Klanovicz, docente do Departamento de História e coordenadora do Centro Interdisciplinar de Estudos de Gênero da Unicentro. “A gente tem uma presença bastante grande de meninas na iniciação científica. A grande questão é que, às vezes, elas desistem ou não continuam na ciência. Então, talvez tenha que investigar qual o motivo dessa desistência. A gente tem um número muito expressivo de iniciação científica de mulheres, mas quando a gente vai subindo – mestrado e doutorado, vai diminuindo e quando chega também nas universidades, as presenças dos homens pesquisadores ainda é maior. Então, acho que tem que, talvez, fazer com que elas não desistam ou entender porquê elas estão desistindo”, conta Luciana.
Fruto da iniciação científica, Luciana confirma como a modalidade pode inspirar e ampliar os caminhos ao longo da vida. “A iniciação científica me ajudou a me concentrar mais nos estudos, eu tive notas melhores, eu tive acesso à pesquisadoras, com palestras e as próprias orientações, que foram pessoas excepcionais, que me ensinaram tudo que eu sei sobre pesquisa, mas também sobre lecionar, como ser professora universitária. Acho que tem essa função. A gente vê a iniciação científica como uma janela em que as alunas e os alunos enxergam possibilidades e daí cabe também a eles o interesse em permanecer nesse caminho”.