Unicentro promove debate em alusão ao mês do aleitamento materno
O leite materno é o primeiro alimento do ser humano e tem muitos benefícios e nutrientes. Ele é importante, por exemplo, para o desenvolvimento cognitivo e emocional do bebê, e também ajuda na prevenção de doenças. Além disso, a amamentação é necessária para a mãe, colaborando na recuperação pós-parto e na construção da relação afetiva com o filho.
“O leite materno é específico para aquela criança, o leite de uma mãe nunca é igual e, mesmo de uma mesma mãe para um mesmo bebê, ele varia a composição ao longo do dia, ao longo da noite, se ele está doente o leite é mais rico em alguns nutrientes, exatamente para ajudar a criança nesse período da recuperação. O leite é o alimento ideal, ele tem junto anticorpos contra várias doenças. Então, esse leite é o ideal até o sexto mês de vida, depois é para manter o aleitamento e começar a introdução dos alimentos complementares e, se puder, que esse aleitamento persista até dois anos ou mais”, explica e recomenda a professora de Nutrição Paula Chuproski Saldan, especialista em amamentação.
Ainda assim, a prática precisa ser estimulada e, para isso, a Organização Mundial da Saúde realiza, anualmente, o Agosto Dourado – um mês de estímulo ao debate sobre o assunto em que a cor remete ao padrão de qualidade ouro do leite materno. Nesse ano, quando são comemorados 30 anos da instituição da Semana Mundial do Aleitamento Materno, o Numame, que é o Núcleo de Promoção e Proteção do Aleitamento Materno da Unicentro, promoveu um encontro para abordar a temática. “O principal objetivo é poder estar falando do aleitamento materno e da importância da amamentação, principalmente focando a questão da equipe multidisciplinar, porque eu acho que quando a gente fala em aleitamento materno, a gente tem que falar em todos os profissionais da área da saúde”, pontua a professora Isabella Schroeder Abreu, do Departamento de Enfermagem e coordenadora do projeto de extensão.
Outro objetivo do evento foi oferecer informações para que os acadêmicos da área da saúde possam ajudar as mães a terem uma experiência positiva durante o aleitamento. “A gente tem muitas intercorrências na amamentação. Tem mães que se desesperam, tem mães que não conseguem amamentar. Nós, profissionais, temos que ter o conhecimento adequado sobre a fisiologia, a anatomia e todo o manejo clínico – como a posição correta, a “pega” correta – para dar todo o auxílio a essas puérperas e essas nutrizes nesse processo de aleitamento materno, para auxiliar elas a terem uma amamentação mais calma, sem dor e também sem estresse”, complementa o aluno de Enfermagem e integrante do Numape, Gustavo Gusson Camargo.
Uma das palavras foi ministrada pela professora Paula Chuproski Saldan, do Departamento de Nutrição e integrante do Numame. A docente, em sua fala, destacou que a amamentação não é um assunto reservado à mãe e ao bebê. Para ela, o aleitamento materno é uma questão que diz respeito à sociedade como um todo e só a mudança cultural permitirá que mais bebês sejam amamentados. “Os benefícios do aleitamento materno são inegáveis. Ainda assim, a gente trabalha com taxas e percentuais que não são as ideais. Muitos bebês são desmamados precocemente”, afirma.
O Numame atua ao longo de todo o ano incentivando o aleitamento materno e a amamentação. Para isso, conta com uma sala exclusiva para orientação de gestantes, puérperas e nutrizes na Unidade Escola de Enfermagem, que fica no câmpus Cedeteg. A sala também funciona como um posto de coleta de leite humano. “Nosso objetivo é de captar doadoras de leite humano para o Banco de Leite. Nós também queremos iniciar as coletas de leite – o banco de leite forneceu os vidros, todo o material para que a gente possa fazer a coleta”, finaliza a professora Isabella.