Diversidade é tema de aula inaugural promovida pelo Setor de Humanas, em Irati
Esta semana, o Sehla Irati, que é o Setor de Ciências Humanas, Letras e Artes, promoveu sua aula inaugural, voltada aos alunos e professores dos cursos da área. “O Setor de Ciências Humanas, Letras e Artes de Irati, todos os anos, faz uma aula inaugural com o objetivo de receber todos os seus discentes e docentes para o início do ano letivo e proporcionar um momento de integração entre os três cursos que integram o Sehla – Letras, História e Pedagogia. É um momento de nos reencontrarmos, agora apenas no ambiente remoto, e dos calouros conhecerem as chefias, os professores e os colegas. Esses momentos de diálogos com professores especialistas de outras instituições, vivenciados nos eventos que nós recorrentemente fazemos, ampliam as oportunidades de aprendizado dos nossos discentes e enriquecem sua formação universitária”, conta a professora Luciane Trennephol da Costa, vice-diretora do Sehla.
“Diálogos sobre diversidade no ensino superior” foi o tema sugerido pelo curso de História para o evento de recepção aos estudantes do setor. Para abordar o assunto, a palestrante convidada foi a professora do Programa de Pós-graduação em Educação da Universidade Estadual de Maringá, Eliane Rose Maio, que é psicóloga com especialidade em Educação Sexual. Durante sua fala, Eliane compartilhou concepções, fundamentos e práticas que podem ser adotados para valorizar a diversidade na universidade e na educação básica, rompendo com os estereótipos normativos que acabam engessando a educação. “As pessoas são diversas no jeito de agir, jeito de pensar, jeito de atuar. Então, trabalhar a diversidade é ampliar o olhar de uma educação que sempre nos mostraram como branca, hétero, eurocêntrica, e a gente acabou acostumando com esses olhares”, sentencia a palestrante.
Segundo a psicóloga, falar sobre a educação com o viés da diversidade contribui que as práticas docentes sejam realizadas de forma crítica, pensando na inclusão de todos os futuros alunos desses profissionais que estão se formando nas licenciaturas da Unicentro. “É poder dialogar com todas as pessoas, alunas e alunos, que estarão a sua frente, junto com o docente, para olhar essa pessoa com a diversidade que ela contêm e não tentá-la enquadrar em um paradigma, em um estereótipo que a gente foi aprendendo como a sociedade queria. Olhar para a docência com o olhar da diversidade favorece que a gente elimine o preconceito, acate as pessoas e as façam ser respeitadas e que nós as respeitemos”.
Após assistir à palestra, a estudante de Pedagogia Elis Daiane Ribeiro concluiu que a presença da diversidade em seu currículo de formação e, depois, na sua atuação como pedagoga, corrobora com a necessidade de uma escola que eduque para a pluralidade de ideias e práticas. “Discutir a diversidade é fundamental para a minha formação profissional, visto que a escola é um espaço de conflito e diversidade. Por isso, é preciso saber como lidar com as situações. Romper com os estereótipos na educação básica requer do professor um olhar diferenciado para o seu planejamento, bem como o seu currículo escolar, mostrando que a diversidade existe e precisa ser debatida”, avalia.