Cinco trabalhos da Unicentro foram vencedores do Prêmio de Menção Honrosa do Eaiti

Cinco trabalhos da Unicentro foram vencedores do Prêmio de Menção Honrosa do Eaiti

Cinco acadêmicos e docentes integrantes do Programa Institucional de Bolsas de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (Pibiti) da Unicentro foram vencedores do Prêmio de Menção Honrosa no 10º Encontro Anual de Iniciação Tecnológica (Eaiti). O evento foi realizado nos dias 8 e 9 de dezembro e teve como tema “O papel da universidade na formação de empreendedores”. A Menção Honrosa de Iniciação Tecnológica e Inovação tem como objetivo destacar os melhores trabalhos entre os estudantes de graduação no Paraná.

O Eaiti é um evento organizado pelas universidades estaduais paranaenses para a divulgação de trabalhos desenvolvidos no Pibiti. A cada ano, uma universidade diferente acolhe e organiza o evento. Em 2020, a sede foi a Universidade Estadual do Norte do Paraná (Uenp) que, devido às recomendações sanitárias relacionadas à pandemia da Covid-19, ofertou todas as atividades, palestras e minicursos de modo virtual.

Receberam a Menção Honrosa os trabalhos:

– “Construção e automação de uma equipamento para controlar o diâmetro de filamentos em uma máquina extrusora”, de autoria de Ana Caroline Machado, com orientação da professora Taiana Gabriela Moretti Bonadio, primeiro colocado na grande-área de Engenharias;

– “Desenvolvimento de design de aplicativo financeiro para tecnologia móvel com base em fundamentos de finanças”, de autoria de Sandro Neznek Pereira, sob orientação da docente Luci Longo, segundo lugar na grande área Ciências Sociais Aplicadas;

– “Pedagogia dos sentidos e letramentos – Caixas de Pandora: arte e fotografia”, de autoria de Ermindo Treviso Neto, orientado pela professora Níncia Cecilia Ribas Borges Teixeira, segundo colocado na grande-área Letras, Linguística e Artes;

– “Desenvolvimento de creme contendo derivado de guanosina e aminoácido para o tratamento do herpes orofacial”, de autoria de Letícia Fernanda Garcia Andreata, sob orientação do docente Paulo Renato de Oliveira, terceiro lugar na grande-área Ciências da Saúde;

– e “Produção de etanol a partir de amido de mandioca hidrolisado com enzimas do malte de cevada”, de autoria de Adrielle Ferreira Bueno, orientanda pelo professor Everson do Prado Banczek, terceiro colocado na grande-área Ciências Exatas e da Terra.

O protótipo desenvolvido por Ana Carolina

Primeira colocada, a acadêmica Ana Carolina Machado apresentou um projeto sobre a construção e automação de um equipamento para controlar o diâmetro de filamentos fundidos em uma máquina extrusora. A demanda surgiu de uma necessidade enfrentada no Laboratório de Física Aplicada em Materiais da Unicentro. “No nosso grupo, nós temos uma extrusora comercial de filamentos para impressão 3D e a gente tem realizado a extrusão de diferentes materiais poliméricos e compósitos, só que dependendo das propriedades desses materiais, alguns são mais viscosos, têm temperaturas de fusão específicas, então o controle do diâmetro desses filamentos às vezes fica bastante difícil. E as impressoras comuns de filamento necessitam de filamentos que possuam uma precisão da ordem de décimos de milímetros. Então, para usar os nossos materiais, os nossos filamentos nas impressoras comuns, nós precisávamos resolver esse problema do controle do diâmetro”, explica a professora Taiana, orientadora do projeto.

Após buscar a solução em equipamentos no mercado e esbarrar no alto preço dos tracionadores comerciais, veio a ideia de desenvolver o próprio aparelho, com baixo custo e adaptado às necessidades do laboratório. Utilizando o Arduíno, uma plataforma digital gratuita de desenvolvimento de projetos eletrônicos, aliado a um projeto do Pibiti, seria possível fazer um equipamento versátil, reunindo ações de inovação, de desenvolvimento tecnológico e de empreendedorismo entre aluno e professor.

Por já ter conhecimento de como funciona a plataforma e de já ter trabalhado em um outro projeto que ensinava alunos do Ensino Médio a usar o Arduíno, Ana Carolina foi escolhida e aceitou o desafio. Desde o início do ano, ela desenvolve o equipamento, que está em fase de protótipo. “É um equipamento, um protótipo, que é uma tracionadora, ele é usado para auxiliar a máquina de extrusão no momento da saída dos filamentos. Ela não consegue controlar o diâmetro. Por mais que o bico da extrusora tenha um diâmetro certo, na hora que o filamento sai da extrusora, ele sai diretamente em direção ao chão, então para que não ocorra essas imprecisões e nem inconformidades na hora que o filamento sai, esse equipamento, que está em construção, vai puxar o fio em determinada velocidade para que a gente consiga controlar o diâmetro do filamento”, esclarece Ana Carolina.

Após um ano atípico, conquistar o primeiro lugar de Menção Honrosa foi um momento especial para Ana Carolina, considerado o auge de sua carreira acadêmica. “Eu sinceramente não esperava ficar com o primeiro lugar, foi uma surpresa muito grande. Eu fiquei muito feliz, pois a gente teve muitos problemas esse ano, teve muitos impasses que ocorreram, então não consegui me dedicar 100% ao projeto. Eu achava que não daria conta, mas quando eu vi o primeiro lugar, eu fiquei muito feliz, fiquei muito realizada academicamente”, diz Ana Carolina, que deseja continuar aprimorando o protótipo, com planos de elevar o projeto a outros patamares, como criar seu trabalho de conclusão de curso baseado nele e até comercializar o equipamento.

Para a professora Taiana, eventos como o Eaiti são fundamentais para uma formação acadêmica mais ampla, com viés de inovação e desenvolvimento de produtos já na graduação. “Os projetos de IT não tem como objetivo principal o prêmio em si, e sim a solução de problemas tecnológicos da sociedade, a formação dos alunos com uma visão de desenvolvimento tecnológico desde cedo e o conhecimento de conceitos relacionados à propriedade intelectual, mas é claro que o prêmio é um grande incentivo, tanto para os nossos alunos, como para os orientadores. É um indicativo de que nós estamos no caminho certo e eu fico muito orgulhosa da minha aluna ter ganhado esse prêmio porque ela teve bastante desenvoltura no desenvolvimento do trabalho”.

Segundo o diretor de Pesquisa da Unicentro, Luciano Farinha Watzlawick, a premiação dos acadêmicos e docentes é uma grande satisfação, destacando o empenho do Comitê de Iniciação Tecnológica, dos professores das diferentes áreas do conhecimento e dos acadêmicos que participam do programa, trazendo uma grande contribuição para a comunidade. “É uma grande conquista, visto que o desenvolvimento da iniciação tecnológica na instituição é muito recente e, ano a ano, vem tendo evoluções muito boas, com projetos de alta tecnologia, projetos complexos, que vêm sendo desenvolvidos pelos alunos de IT, juntamente com os seus coordenadores. Nós tivemos várias premiações em diferentes áreas de conhecimento, demonstrando assim que o crescimento da iniciação tecnológica na Unicentro vem alcançando seus objetivos com êxito. A todos eles os parabéns e que continuem nesta mesma linha, que com certeza terão mais êxitos”.

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