Egresso da Unicentro participa de desenvolvimento de máscara com propriedades bactericidas, fungicidas e antivirais

Egresso da Unicentro participa de desenvolvimento de máscara com propriedades bactericidas, fungicidas e antivirais

O interesse de Gabriel Wosiak pela ciência começou cedo. Ainda no Ensino Médio participou da Iniciação Científica Júnior e teve os primeiros contatos com a pesquisa na Unicentro. Foi por conta dessa experiência que ele resolveu prestar o vestibular para Química. Curso que frequentou na Universidade Estadual do Centro-Oeste entre 2015 e 2018. Nesse período, desenvolveu outras pesquisas de Iniciação Científica, com orientação do professor Mauro Chierci Lopes. Recém-formado, já em 2019, foi aprovado para cursar o doutorado em Química, sem passar pelo mestrado, na UFSCar (Universidade Federal de São Carlos).

Atrás, as máscaras em ABS, sem tratamento. AS da frente já com o polímero (Foto: arquivo pessoal)

O doutorando Gabriel é um dos quatro pesquisadores do CDMF, o Centro de Desenvolvimento de Materiais Funcionais, que está trabalhando, desde o início da pandemia de coronavírus, em pesquisas voltadas para compósitos que tenham propriedades bactericidas, antifúngicas e antivirais. O objetivo, então, é desenvolver materiais que possam auxiliar no combate à covid-19. Uma das apostas do grupo é uma máscara, que segue o modelo da N-95, o mais recomendado para os profissionais de saúde.

“O princípio dessa máscara é um polímero, que é o ABS, que geralmente é usado em impressoras 3D, para fabricar uma variedade tipos de equipamentos. Esse polímero é modificado com nanopartículas de prata ancoradas sobre micropartículas de sílica. Esses materiais, eles acabam, oxidando a camada lipídica do vírus e de um monte de bactérias”, explica Gabriel.

Gabriel é egresso do curso de Química da Unicentro (Foto: arquivo pessoal)

Essas nanopartículas tem propriedades capazes de exterminar bactérias, fungos, germes e vírus como o covid-19, eliminando, assim, a possibilidade de contaminação dos profissionais da saúde. “A principal vantagem dessa máscara é que ela se autoestereliza, por conta do material de que ela é feita. Se tem, por exemplo, um vírus que chega na superfície da máscara, numa máscara de material comum o vírus poderia passar dias nessa superfície. A nossa intenção é que nesse material modificado, ele acabe morrendo em poucos minutos, em muito pouco tempo”, diz o egresso da Unicentro.

A máscara ainda está em fase de testes, mas a expectativa, de acordo com Gabriel, é que ela comece a ser produzida em larga escala ainda nesse mês de maio. 10% da arrecadação obtida com a venda desses equipamentos de proteção individual serão doados para hospitais da região de São Carlos, onde fica a universidade responsável pela pesquisa.

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