Patronato Unicentro promove confraternização de natal para assistidos

A quarta edição do Patronatal, mais uma vez, cumpriu com o objetivo: confraternizar e reunir as famílias dos assistidos pelo Patronato, que é um projeto de extensão que existe desde 2013 com o objetivo de aplicar medidas alternativas a quem cumpre pena em regime aberto. “Em parceria com o poder judiciário, com o Ministério Público, com a Seti (Superintendência e Ciência, Tecnologie e Ensino Superior do Paraná), com a Sesp (Secretraria de Segurança Pública do Paraná) é que se desenvolve o Patronato Unicentro. O Patronatal é um projeto cultural que foi pensado para acolher, num momento especial do Natal, a família e o assistido”. 

Para encerrar as atividades anuais, o projeto promove o Patronatal, uma atividade festiva voltada aos assistidos, como o seo Elinton Madureira, e também aos familiares. “É um momento de confraternização, de alegria”, diz ele. E para completar esse momento de confraternização e alegria que o seo Elinton destacou, o Patronatal também oferece aos participantes diversas atividades. Teve teatro, pintura de rosto, coreografias no palco e diversão por toda parte. “É muito bom porque no meio de um caos do dia a dia que a gente anda, às vezes, pegar e distrair um pouco, ter alguma coisa diferente é muito bom. As crianças ficam felizes também, a gente também fica. Então, ajuda muito até no humor da gente”. 

Para a coordenadora do Patronato Unicentro, “a possibilidade de estar reeditando o Patronatal se deve ao sucesso do evento nos anos anteriores, onde a gente viu o quão importante é propiciar esse momento de União, da família estar participando de um evento na universidade. Então, é uma aproximação da universidade com a comunidade, abrindo essa possibilidade para que eles venham assistir uma peça teatral, abrindo a possibilidade para que eles participem de um evento de música”.

As famílias também foram recebidas com pipoca, refrigerante, algodão doce e bolo. Tudo pensado para todos pudessem aproveitar o momento de lazer. Neste ano, cerca de duzentas crianças participaram do Patronatal e o momento mais esperado foi a chegada do Papai Noel, que trouxe para cada um dos pequenos uma sacola com um presente, um livro, material escolar e uma caixa de bombom. Surpresas que fizeram a diferença para muitas famílias. “É bom para as crianças, porque as crianças, às vezes, não têm nada e tem família que não tem as coisas, aí é bom”, afirma a assistida Adriana Rodrigues Dias.

Ana Ameelia conta que, neste ano, “nós tivemos algo inédito que foi a vinculação do Patronatal às horas sociais para formatura dos alunos de Ciências Contábeis, que estão no quarto ano. Então, cerca de 80 dessas sacolas para essas 200 crianças foram arrecadadas pelos acadêmicos. Além dos acadêmicos, o poder judiciário da Comarca de Guarapuava, bem como o Ministério Público também abraçaram a nossa causa, além de pessoas da comunidade”. 

O Patronatal também é o momento de festejar os resultados de uma parceria de sucesso entre a universidade e o Poder Judiciário. Além do resgate das penas por meio do Patronato, os assistidos recebem um tratamento que se estende aos familiares e promove a aproximação dessas pessoas com a comunidade. “Eu acho essencial para que essas pessoas se sintam acolhidas, se sintam parte do processo que elas estão vivendo e para que elas vislumbrem uma oportunidade concreta de efetiva ressocialização e reinserção na comunidade”, avalia a juíza Vara de Execuções Penais deGuarapuava, Liliane Graciele Breitwisser. 

“A gente acredita que a universidade pode abrir muitas portas e o Patronatal tem esse objetivo, de trazer essa alegria para essas famílias e dizer que confiamos que junto conosco, com uma sociedade melhor, é possível sim ter um futuro diferente, um recomeçar”, finaliza Ana Amélia.