Estudantes da unidade de Pitanga encerram projeto de extensão sobre a reforma da previdência

Em vigor desde o dia 12 de novembro, a PEC de número 6/2019, que é a Proposta de Emenda à Constituição que trata da reforma da previdência, alterou substancialmente o processo de recolhimento e o tempo de contribuição para a aposentadoria. Desde o início da tramitação da PEC, a professora Josélia Teixeira desenvolveu com os acadêmicos do quarto ano de Ciências Econômicas do campus avançado de Pitanga o projeto de extensão “Previdência Social no Brasil: A sua aposentadoria está garantida?”.

“Eu trabalho com uma disciplina chamada “Macroeconomia” e uma das funções dela é discutir o déficitorçamentário do país. Então, surgiu a ideia de correlacionar tanto a disciplina com os alunos do quarto ano de Ciências Econômicas do curso de Pitanga e também fazer uma discussão com a comunidade, com os outros acadêmicos e com a comunidade local a respeito dessa reforma tão discutida nos meios de comunicação, mas que a população muitas vezes não acaba se envolvendo”, detalha Josélia. 

Durante a primeira etapa, os participantes realizaram uma pesquisa sobre as propostas da PEC e elencaram os pontos principais a serem discutidos. Antes da aprovação da Reforma da Previdência, os estudantes realizaram um minicurso com os alunos de Guarapuava acerca do tema. Agora que a reforma já está valendo, eles optaram por realizar uma nova palestra em Pitanga para discutir o que pode acontecer.

Palestra reuniu estudantes dos cursos ofertados na unidade avançada de Pitanga (Foto: Coorc)

“Para trazer a realidade da Previdência, porque a reforma causa um impacto econômico na sociedade e um impacto social. Todo mundo conhece um vizinho, um amigo ou um familiar que é beneficiário do regime da previdência. Não só a previdência do idoso, mas aquela mãe que recebe auxílio maternidade ou aquela pessoa com deficiência especial que recebe algum tipo de salário, porque quando você pensa em previdência, ela não engloba só a aposentadoria, tem outros setores da sociedade – como saúde, seguridade, entre outros”, explica a participante do projeto Juliana dos Santos. 

Quem participou da palestra e aprovou a iniciativa foi o estudante do segundo ano de Administração Lucas Rennan Miranda. “Com base na apresentação e as demais que a gente já tinha um conhecimento, é importante entender a questão da mudança, do tempo que a gente vai se aposentar, a base de cálculo, quais são as pessoas que vão receber o maior benefício e quais não vão receber, o tempo que muda, seja empresa privada ou setor público. Então, seria interessante que cada pessoa tivesse esse conhecimento”, diz. 

Jaqueline Egler também participou da conversa no campus de Pitanga. Aluna do segundo ano de Administração, ela defende a discussão da reforma com a comunidade em geral. “É bom para ficar ciente do que vai acontecer e, muitas vezes, as pessoas não se preocupam, eles acham que no futuro eles vão dar um jeito. Mas, na verdade, eles tinham que se preocupar agora. Eu acho importante porque é bom as pessoas terem acesso as finanças, porque isso ajuda muito para, no futuro, elas terem um dinheiro reservado e, até mesmo, elas entenderem como funciona o sistema de economia do país”.

Oprojeto trabalhou o tema também com adolescentes do Ensino Médio de escolas dos municípios de Pitanga e de Boa Ventura de São Roque. Juliana conta que a conversa com alunos de escolas públicas possibilitou uma compreensão global do impacto reforma na sociedade. “Nossa intenção é trabalhar com a sociedade em geral, porque é um tema que impacta na sociedade como um todo, não só em uma determinada classe. Desde a criança, quando ela nasce até o final da sua vida, ela vai ter algum tipo de previdência, independente da classe que ela esteja inserida na sociedade”.