Unicentro oferta aulas preparatórias para o PAC no Colégio Estadual Visconde de Guarapuava
Com o objetivo induzir o aperfeiçoamento da formação prática nos cursos de licenciatura e promover a imersão do acadêmico na escola de educação básica a partir da segunda metade do curso, a Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) está desenvolvendo, desde o ano passado, o Programa de Residência Pedagógica, que é uma das ações que integram a Política Nacional de Formação de Professores. Na Unicentro, a responsável institucional pelo programa na subárea Biologia é a professora Ana Lúcia Crisóstimo, do Departamento de Ciências Biológicas.
Entre as atividades viabilizadas pelo programa estão os “Aulões Preparatórios do PAC”, realizados no Colégio Estadual Visconde de Guarapuava. “Temos seis alunos do curso de Ciências Biológicas e surgiu a ideia de organizarmos um cursinho preparatório para o Programa de Avaliação Continuada da Unicentro. Eles fizeram um levantamento de todas as questões desde que surgiu o PAC, selecionaram e montaram as aulas, organizam diferentes metodologias educacionais e estão aqui toda terça-feira até os dias que os alunos irão fazer o PAC”, conta a professora Ana Lúcia.
A atividade é voltada aos alunos do primeiro ano do Ensino Médio do Colégio Estadual Visconde de Guarapuava e busca auxiliá-los na preparação para as provas do Programa de Avaliação Continuada da Unicentro. Essa modalidade de seleção é uma alternativa ao tradicional vestibular e avalia o estudante durante os três anos de Ensino Médio, cobrando os conteúdos relativos a cada série. Os aulões preparatórios estão sendo realizados desde o mês de maio e levam aos estudantes conteúdos importantes da disciplina de Biologia. As aulas são ministradas por acadêmicas do terceiro e do quarto ano do curso de licenciatura em Ciências Biológicas da Unicentro, que fazem parte do Programa de Residência Pedagógica.
“Antes de começarem essas aulas, a gente fez um levantamento das provas anteriores, sseparando quais eram os conteúdos que caíram nas provas e pegando também os exercícios. Então, sempre no final das aulas, a gente tenta incluir um desses exercícios das provas para eles terem uma noção do que vão enfrentar. Ou seja, a partir das provas anteriores, a gente separou os conteúdos e incluiu algumas coisas que seriam interessante eles aprenderem dentro de cada conteúdo, mesmo que não houvesse nas provas passadas, pode ser que venha a aparecer”, explica Mariana Santana Bandeira, que é uma das acadêmicas envolvidas no projeto.
De acordo com a professora Ana Lúcia Crisóstimo, cas aulas têm agradado aos alunos do colégio. Um dos motivos, segundo ela, é a aplicação de metodologias de ensino diferenciadas. “Os alunos estão bem receptivos e estão levando muito a sério. Como nós temos tecnologias educacionais que eles podem, em casa, fazer os exercícios, encaminhar propostas, chegam aqui e têm essa motivação, que além daquela aula tradicional estamos aí como uma experiência bem interessante na área pedagógica”.
Essas tecnologias educacionais, como explicou a acadêmica Mariana Bandeira, consistem na utilização de plataformas virtuais e aplicativos que podem ser acessados a partir de smartphones, tablets ou computadores e que permitem a interação entre professores e alunos. “A gente disponibiliza material, as aulas e os exercícios na plataforma do Google Sala de Aula, então, depois da aula, em casa, eles podem ter acesso de novo aos slides, aos exercícios que a gente passou para eles resolverem em sala. Se ficar alguma dúvida, ainda assim, eles podem voltar a consultar ou, na outra aula, falar com a gente de novo”.
A estudante Tailla Schneider é uma das participantes do aulão preparatório. Para ela, a metodologia utilizada tem agradado porque torna as aulas mais dinâmicas e interessantes. “Eu acho bom porque a gente pode interagir, ela faz as perguntas, a gente responde. Eu acho que isso é bom porque a gente gosta de falar bastante, então a gente interage bastante, ela deixa um espaço aberto para a gente comentar e tudo, é bem legal”. Ozorio Batista Freitas também é um dos alunos que está acompanhando as aulas. Para ele, o projeto é uma oportunidade para revisar os conteúdos, o que, além de preparar para a prova do PAC, também reflete positivamente no desempenho escolar. “Esse cursinho está fazendo muito bem para mim, eu estou aprendendo muita coisa e está aumentando muito o meu conhecimento aqui na escola”.
A atividade proposta por meio do Programa de Residência Pedagógica, como destaca a acadêmica Hélica Cordeiro de Lima, do quarto ano da licenciatura em Ciências Biológicas e que também é bolsista do programa, resulta em benefícios não só para os estudantes do Ensino Médio, mas também para a formação profissional dos futuros professores que preparam e ministram as aulas. “É muito importante esse programa porque, querendo ou não, ele prepara mais o acadêmico para a formação docente e, com isso, a gente tem mais contato com os alunos o que é de grande importância porque, quando a gente for para a sala de aula, a gente já vai ter essa experiência que a gente já teve aqui no programa. Então, acho que é muito válido e que vai ser bem importante para a nossa formação acadêmica”.
Opinião compartilhada também pela professora Deise Taborda, que é preceptora do programa no Colégio Visconde de Guarapuava, acompanhando os residentes. “Os dois tendem a ganhar, tanto os futuros professores quanto os alunos. Porque os residentes, dentro do colégio, é diferente do estágio supervisionado, que vêm em algumas aulas e acabou. Eles não, eles estão aqui um ano praticamente, até o mês de março. Eles estão inseridos no contexto escolar, diretamente com a gestão escolar, há uma aprendizagem significativa na formação dos futuros professores e os alunos também tendem a ganhar”.
As aulas preparatórias seguem até a data da aplicação das provas do PAC, no mês de outubro. A expectativa, de acordo com a diretora do Colégio Estadual Visconde de Guarapuava, Vera Maia, é que a preparação traga bons resultados, mas para isso, defende, os estudantes não devem esquecer que a dedicação de cada um também é fundamental. “A expectativa é grande, a gente espera que nesse primeiro momento eles já deem prova daquilo que eles estão recebendo como informação, mas, como nós sabemos, que tudo depende do outro lado, então, não depende só dos acadêmicos e dos professores, mas, principalmente, do aluno. Então, a gente espera que sejam positivos os nossos resultados”.