Workshop “Código Florestal na prática” é realizado no Campus de Irati
Progredir de maneira sustentável. Esse tem sido o norte de muitas atividades profissionais na atualidade. Para a área de Engenharia Florestal não é diferente. Por isso, o debate sobre sustentabilidade esteve em pauta no campus Irati da universidade. O workshop “Código Florestal na Prática” foi organizado em parceria com a Associação dos Engenheiros Agrônomos da Região de Irati e com a Associação de Engenheiros Florestais da Região Centro-Sul do Paraná, a Aeflor.
“O código florestal”, explica o presidente da Aeflor, Laércio Pereira Oliveira, “intervém em diversas áreas do setor agrário. Influencia o que nós chamamos de manejo florestal sustentável e, se ele é sustentável, a gente tem que integrar o setor produtivo com a preservação da biodiversidade, das florestas. Então, é uma lei que atinge vários segmentos – o produtor rural, o pequeno e o grande, as empresas de base florestal, os produtores de grãos, a pecuária”.
O workshop iniciou com uma palestra ministrada pelo ex-deputado estadual Rasca Rodrigues, que agora é diretor-geral da Secretaria Estadual do Desenvolvimento Sustentável e do Turismo. Ele falou sobre a última revisão do Código Florestal Brasileiro, que ocorreu em 2012. “Esse novo código florestal não nasceu dentro do movimento ambiental, nasceu dentro do movimento do agronegócio, dos ruralistas. 65% das áreas que já usamos estão degradadas, estão sem fertilidade, estão sem produção técnica e é isso que a gente tem que estar discutindo, isso que nossas profissões têm que estar discutindo porque é aqui que está o mercado de trabalho”.
Pautado por ideais ambientais, Rasca enfatizou que não podemos esquecer da importância dos agentes naturais para as atividades agrárias, especialmente na Agronomia e na Engenharia Florestal. “Do que adianta ser um agrônomo se eu não tiver a chuva no tempo certo para germinar minha semente; do que adianta ser agrônomo se não tiver a abelha para polinizar aquilo que eu vou plantar; o que adianta eu ser engenheiro florestal sem os agentes polinizadores da própria floresta; o que adianta eu ser engenheiro florestal se eu não tiver solo com qualidade, com fertilidade para fazer reposição daquilo que eu vou plantar? Então, isso tudo está ligado, não existem essas profissões sem o meio ambiente”.
O workshop “Código Florestal na Prática” contou, ainda, com outras duas palestras. Uma delas foi ministrada pela assessora da Federação da Agricultura do Estado do Paraná, a Faep, Carla Kersting, que deu instruções sobre o Cadastro Ambiental Rural e sobre o Programa de Recuperação Ambiental. A segunda palestra abordou a inserção da tecnologia na revolução do mercado florestal e foi conduzida por Gilson José Pedrassani, da Canoinhas Geoassessoria.
Toda a programação foi acompanhada por vários estudantes do campus Irati, como o Elias Eduardo Bacil, que estuda Engenharia Florestal. Ele reconhece que as atividades foram importantes para refletir sobre como exercer sua futura profissão de maneira sustentável. “A gente aprende a manejar todas essas áreas e fazer um plano de manejo, avaliando todas as questões de fauna, flora, biodiversidade podendo, assim, contribuir para que esses ambientes continuem da melhor forma e mais preservada, intacta, minimamente impactada pelo homem”.