24 professores da Unicentro são contemplados com bolsa produtividade
Para que as atividades de pesquisa sejam contínuas nas universidades brasileiras, que são responsáveis por mais de 90% da ciência desenvolvida no país, os docentes precisam contar com o suporte financeiro de órgãos de fomento. Esse apoio vem através de editais e chamadas públicas variadas – algumas voltadas para a aquisição de materiais, outras para a remuneração dos envolvidos nas pesquisas. Uma das principais iniciativas nessa área, já que é um reconhecimento dos resultados obtidos pelo pesquisador, é o Programa de Bolsas de Produtividade em Pesquisa, Desenvolvimento Tecnológico e Extensão.
A Unicentro tem professores contemplados com o apoio nas duas versões do programa – a nacional, conferida pelo CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico); e a estadual, ligada à Fundação Araucária de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Paraná. No âmbito do edital paranaense, neste ano, são 11 os docentes da Unicentro que contarão com as bolsas para desenvolver suas atividades: Evandro Vagner Tambarussi e Itacir Eloi Sandini, na área de Ciências Agrárias; Maria Cleci Venturini, na área de Linguística, Letras e Artes; Luiz Paulo Gomes Mascarenhas e Daiana Novello, em Ciências da Saúde; Silvio Roberto Stefano, Marcos Roberto Kuhl e Sandro Rautemberg, em Sociais Aplicadas; Ana Lúcia Crisóstimo, Carla Luciane Blum Vestena e Ana Lúcia Suriani, em Ciências Humanas.
A professora Ana Lúcia concorreu na Modalidade B da Fundação Araucária, que é voltada para o Desenvolvimento Tecnológico e que, pela primeira vez, incluiu a Extensão. Para a docente, a aprovação é motivo de alegria e um incentivo para continuar o desenvolvimento das atividades junto à comunidade. “Eu acho que esse apoio é essencial. Isso mostra, também, uma valorização não só da pesquisa, mas com a extensão porque na extensão a gente está o tempo inteiro com a comunidade, a gente precisa desse estímulo e incentivo para continuar realizando os projetos que a gente já desenvolve e, normalmente, a gente via muito este incentivo para pesquisa. Então, é algo novo e que valoriza também a extensão do nosso Estado”.
O auxílio repassado pelo órgão de fomento do governo federal, o CNPq, tem como objetivo valorizar os pesquisadores brasileiros com perfil e projetos voltados ao desenvolvimento tecnológico, à indução e à disseminação de inovação e empreendedorismo de base tecnológica. As bolsas de produtividade são divididas em duas categorias. Na categoria Produtividade em Pesquisa foram contemplados dez docentes da Unicentro: Cacilda Rios Faria, Eduardo da Silva Lopes, Jackson Kawakami, Jó Klanovicz, Luciano Farinha, Marcelo Marques Lopes Müller, Marcos Ventura Faria, Renato Vasconcelos Botelho, Rubiana Mainardes e Sueli Pérsio Quináia.
O projeto que garantiu a renovação da bolsa produtividade para o professor Marcos é relacionado ao melhoramento genético do milho e, de acordo com o pesquisador, está sendo desenvolvido há mais de dez anos na universidade. Para ele, a renovação da bolsa é uma validação dos resultados já alcançados e um incentivo para a continuidade da pesquisa. “É bastante reflexo da continuidade da produção científica porque, nesse tipo de chamada, o quantitativo e o qualitativo da produção científica são o que mais pesa na verdade. Então, é um indicativo de que a gente está conseguindo manter a produção científica, reflexo principalmente das orientações, resultado das teses e dissertações e, também, de trabalhos da iniciação científica. Então, isso é um reflexo que o nosso trabalho está tendo uma continuidade, uma qualidade e um quantitativo também de uma maneira constante”, afirma.
Na categoria Produtividade em Desenvolvimento Tecnológico e Extensão Inovadora outros três docentes da Unicentro foram contemplados com bolsas de produtividade pelo CNPq: Everson do Prado, Najeh Maissar Khalil e Paulo Rogério Pinto Rodrigues. Para o professor Paulo, estar entre os contemplados é motivo de comemoração. Além da renovação da bolsa, ele festeja a passagem de categoria, de PQ2 para PQ1. “É um grande reconhecimento ter um projeto aprovado para renovação da bolsa produtividade onde se passou de 2 para 1”.
O professor Marcos, que além de bolsista-produtividade é pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação da Unicentro, avalia a concessão de bolsas para pesquisadores da universidade como resultado do amadurecimento da pesquisa na instituição, englobando a própria produção científica e o engajamento na formação de recursos humanos. “O número de bolsistas produtividade reflete, também, a qualidade e o investimento que a universidade e, vamos dizer assim, o grau de maturidade da universidade no desenvolvimento de pesquisa. Então, acho que é importante, muito importante para a universidade porque esse quantitativo também entra nos índices, nos vários rankings que classificam a universidade”.