Detecção e controle das pragas do pinus é tema de palestra na Unicentro

Detecção e controle das pragas do pinus é tema de palestra na Unicentro

A Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e a Unicentro promoveram, em parceria, o Treinamento e Capacitação para Monitoramente, Detecção e Controle das Pragas do Pinus, principalmente da vespa-da-madeira. Segundo o fiscal da Adapar, Paulo Ricardo Campos dos Santos, a região de Irati é extremamente madeireira e florestal, por isso viu-se a necessidade de realizar um evento como esse. “A gente convidou todo mundo para ter uma noção geral. Então, o público seriam os pequenos, médios e grandes produtores, mas como a gente está fazendo uma aula prática a gente também convidou os responsáveis técnicos, os engenheiros florestais, técnicos florestais, para a gente fazer um trabalho conjunto e inicial do controle da vespa aqui na região” explana.

Um dos palestrantes foi o engenheiro agrônomo da Adapar Marcílio Martins Araújo. Ele trabalhou com tema “Histórico do trabalho de defesa fitossanitária florestal, legislação e fiscalização”. Marcílio também destacou a importância da constante atualização tanto por parte dos fiscais como dos produtores. “Eu abordei o que a gente vem trabalhando em relação à atualização da legislação para que se atualizem conforme os novos métodos vão surgindo, as novas pragas, para que a gente tome medidas para que os produtores adotem e mantenham equilíbrio na produção e a rentabilidade do setor”, explica.

Quem não perdeu a oportunidade de se atualizar e ficar por dentro das novidades, principalmente no que diz respeito à prevenção e ao controle das pragas florestais, foi o produtor Silvestre Gabriel Przybysz, que cultiva pínus desde 1983. O produtor veio da cidade de Mallet para participar do evento. Apesar da experiência, eu evento, para ele, possibilita coletar informações e estar atualizado. “Como a gente tem várias florestas de pínus e nós temos a incidência, além da vespa, do problema sério do macaco que tem feito estragos nas florestas, então resolvi participar para ver as novidades que existem nessa situação e controle principalmente”, conta o produtoO engenheiro florestal e aluno da pós-graduação em Ciências Florestais da Unicentro, Luiz Henrique Natalli, participou do evento para ficar atualizado sobre as pragas que atingem as florestas, mas também para saber sobre os meios de prevenção e controle. “Eu acho que é importante a gente sempre estar se atualizando, principalmente na questão de pragas da cultura do pínus e das pragas florestais, eu acho que nós, como profissionais, é sempre importante estarmos a par daquilo que está acontecendo e buscando sempre mais conhecimento para estar apto a ajudar principalmente os produtores”.

Pragas do pínus foram os destaques das discussões (Foto: Coorc)

Pode colaborar com os produtores para a engenheira florestal Franciéle Maria de Souza Retslaff é o mais importante e, por isso, ela apresentou a pesquisa que desenvolveu durante o mestrado em Ciências Florestais sobre os danos do macaco-prego para o pínus. “É bastante gratificante quando a gente gera um trabalho que pode ajudar o produtor. Então, eu fico muito gratificada. Ele é um estudo que traz bastante informação e ferramentas para auxiliar os produtores”, ressalta.

Quem organizou o evento em parceria com a Adapar foi a professora do Departamento de Engenharia Florestal, Daniele Ukan, que também ministra a disciplina de pragas florestais. A docente destacou a importância de eventos como esse que integram alunos, fiscais e produtores. “A formação técnica tanto desses profissionais que já estão no campo, que acabam fazendo uma reciclagem aqui na Universidade, e dos alunos que conseguem compartilhar o que eles já veem na teoria com a experiência prática desses profissionais que já estão fazendo seus plantios florestais e que estão sofrendo os problemas que nós falamos aqui em sala de aula, então os alunos conseguem juntar a teoria com a prática dessas pessoas que estão no campo”.

Aqui a maioria do público são das empresas e é um ambiente assim diferente do que a gente está acostumado a participar. Então, a gente já vai tendo essa interação, vai vendo como que funciona esses eventos onde se encontram grandes empresas e outros tipos de pessoas e profissionais”, explica o aluno do segundo ano do curso de Engenharia Florestal, Vinicius Streisky. Para ele, o evento é uma oportunidade para conhecer e fazer contato com empresas e produtores da região.

Após a palestra, a bióloga da Embrapa Susete do Rocio Chiarello Penteado desenvolveu com os alunos a parte prática, em que foi feita a simulação do controle da praga utilizando um gel espeçante e o nematoide, que é um pequeno verme, principal agente de controle biológico da vespa-da-madeira.Eles precisam conhecer todas as etapas, o nematoide é um ser vivo, não é um produto químico que simplesmente se mistura e aplica. Você tem que ter vários cuidados para manter a temperatura para que ele não morra. Alguns detalhes que se não forem observados, não vai funcionar, o produtor precisa aprender como fazer corretamente para funcionar”, afirma.

Deixe um comentário