740 trabalhos foram apresentados no Encontro de Iniciação Científica da Unicentro
A sala cheia. Olhares atentos. Em foco, um ano todo de trabalho. Thainá Santos, estudante de Letras, foi uma dos 740 jovens pesquisadores que apresentaram seus trabalhos na edição de 2018 do Eaic, o Encontro Anual de Iniciação Científica da Unicentro. A experiência foi tão boa, que ela se arrepende de não ter feito IC antes. “A Iniciação Científica me abriu muitas portas, muitas oportunidades e muitas portas. Ela te dá muita experiência de pesquisa”.
Uma das portas que se abriram para a Thainá foi o tema do Trabalho de Conclusão de Curso, o TCC, que está desenvolvendo. “O meu TCC surgiu da minha Iniciação Científica. Eu percebi que o meu tema não poderia parar aí, ele teria muita coisa para ser pesquisada ainda”. Além do TCC, entrar na pesquisa ajudou a Thainá a pensar nos próximos passos da carreira. “Eu tenho plano de fazer mestrado, doutorado, um pós-doutorado. Eu não quero mais parar depois que eu comecei a fazer Iniciação Científica”.
O professor Ricardo Shibata foi quem orientou o trabalho de Thainá durante a IC. Ele acredita que ela tem potencial para seguir na carreira de pesquisadora. “Ela tem uma característica muito importante que é a curiosidade aliada à disciplina, à organização. Ou seja, alguns traços de atitude que fazem dela ter um sentido da produção científica”.]
Outra jovem pesquisadora que fez a exposição oral daquilo que pesquisou durante o último ano foi a Amanda Crissi, do quarto ano de Jornalismo. Ela, assim como a Thainá, descobriu sua paixão pela pesquisa através do programa de IC. “Eu comecei a fazer minha IC no segundo ano. Naquela época, eu não sabia que eu podia trabalhar a moda, que é uma coisa que eu gosto muito, dentro do campo da comunicação. A professora Éverly mostrou que era possível. Então, cultivou em mim essa paixão pela pesquisa, tanto que eu pretendo fazer mestrado e seguir para um doutorado”.
E quem estava na plateia da apresentação da Amanda foi sua orientadora, a professora Éverly Pegoraro. “Eu fico super orgulhosa dos meus alunos. Eu tenho estudantes que acabaram seguindo a carreira acadêmica, já terminaram mestrado ou estão desenvolvendo o mestrado. Isso me deixa muito feliz e muito realizada como pesquisadora e como professora, saber que eu fiz parte de um pedaço da carreira acadêmica deles e isso me deixa bem satisfeita mesmo”, afirma.
E entre o público que acompanhou as apresentações, alguns espectadores eram especiais. Uma comitiva de professores pesquisadores foi enviada pelo CNPq, que é o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, para avaliar os resultados dos projetos de Iniciação Científica desenvolvidos na Unicentro. Uma maneira de conferir como estão sendo investidos os recursos destinados à ciência no país. “Observar o nível dos trabalhos, os assuntos, a profundidade metodológica. Enfim, esse trabalho de como realmente promover o surgimento talvez de um novo cientista está ocorrendo efetivamente”, conta o professor Luciano Munk.
O diretor de Pesquisa da Unicentro, professor Luciano Farinha, relembra que a difusão dos trabalhos desenvolvidos é o principal objetivo do encontro, algo exigido pelo próprio CNPq. Mas ele salienta que os principais ganhos são para os próprios alunos. “Enquanto alunos, eles ganham uma experiência de se submeter a uma avaliação e a uma apresentação oral. Então, eu sempre digo para eles que esse é o primeiro teste de preparação para o mercado de trabalho”.