Palestras sobre o dia a dia do cientista e internacionalização abriram a programação do Eaic e do Eaex
O cotidiano da vida dos cientistas e a inserção da universidade na sociedade são temas que marcam a vida de quem vive o meio acadêmico. Por isso, a edição de 2018 do Eaic e do Eaex, que são, respectivamente, o Encontro Anual de Iniciação Científica e o Encontro Anual de Extensão Universitária, da Unicentro, tiveram sua abertura marcada por duas palestras sobre os temas.
Professores, acadêmicos e futuros pesquisadores que compareceram a cerimônia de abertura, em qualquer um dos três campi, puderam acompanhar exposições orais a respeito dos temas. E quem foi o responsável por mostrar um pouco das situações que o profissional que se dedica a pesquisa enfrenta, foi o professor Ary Rodrigues Júnior, da Universidade Estadual de Maringá. “Tinha umas histórias que eu contava para os meus amigos, achavam engraçado e um dia tive tempo e disse ‘vou pôr no papel essas histórias’ e comecei a por. Todas elas são baseadas em fatos reais”, fala ele sobre as crônicas que escreveu sobre o cotidiano dos cientistas.
O professor Ary lembra que, de casos como esses, é possível aprender coisas que nem sempre são claras durante os cursos de graduação e pós-graduação. “Tem informações no livro e na palestra que, muitas vezes, passam despercebido, que você não tem no curso, que muitas vezes o pessoal acha que aprende vendo os professores e, às vezes, não é assim, tem coisas que precisam ser mais diretas”.
O segundo palestrante foi o professor Fabián Canderón, que é reitor da Universidad Nacional de la Rioja (Unlar), da Argentina. Ele apresentou as formas de inserção da universidade pública na sociedade. Para o reitor, a primeira maneira de integrar o meio universitário com a comunidade é ampliando o acesso. “A inserção está garantida cada vez que a universidade amplia sua cobertura. Cada vez que temos mais estudantes, mais jovens que assistem nossas aulas, podemos dizer que a universidade é extensa porque chega a mais gente”. Outro ponto que o reitor da Unlar destaca são as ações extensionistas que as universidades devem desenvolver. “Eu creio que acontece como uma segunda inserção, que se dá pelos projetos que fazemos, os membros da comunidade universitária indo ao bairro, às instituições”.
O professor Ricardo Myahara, diretor de Pós-Graduação da Unicentro comenta que a palestra do professor Fábian também serviu como um dos primeiros contatos de uma futura parceria entre entre a Unicentro e a Universidad Nacional de la Rioja. “Aproveitamos a vinda dele para fazer uma fala sobre a universidade, temos a pretensão de fazer uma parceria com a Unlar. Então, para nossa comunidade também conhecer a universidade dele e também para ele expor o que a universidade deles e o que tem a nos oferecer”.
As falas dos dois professores agradou quem estava na plateia. É o que garante a estudante de Química, Daniele Borges, que faz Iniciação Científica. Para ela, as palestras ajudaram a conhecer outras realidades. “É importante para desmistificar o cientista como um maluco, um ser de outro planeta. O Ary traz as dificuldades de integração do cientista com o aluno, do cientista com a sociedade. E a palestra da internacionalização – pra mim, que nunca saí da cidade – é importante porque mostra outras realidades”.