Campus Santa Cruz promove segunda Feira de Traças

Campus Santa Cruz promove segunda Feira de Traças

Livros, revistas, textos acadêmicos já lidos…Desde o ano passado, aqui na Unicentro, está fácil dar destino a esses materiais que ficam guardados, sem uso, literalmente servindo de criadouro para traças. É por isso que o inseto dá nome a uma feira diferente, que não envolve dinheiro e sim desapego. É a segunda edição da Feira das Traças, que possibilita que o que já foi utilizado por alguém, seja transformado em novidade para outras pessoas que terão acesso ao material. “ Você vai acumulando material. Isso faz com que você dê uma limpada na casa e esse material possa ser reaproveitado por outras pessoas”, conta o diretor do Campus Santa Cruz, professor Ademir Fanfa Ribas, sobre a ideia de realizaç& atilde;o da Feira.

É só chegar no hall de entrada do campus Santa Cruz, escolher e levar. Entre os 5.000 exemplares doados para a segunda Feira de Traças estão livros do Núcleo de Educação a Distância e exemplares descartados por cinco editoras. Mas a maioria das doações veio das mãos da comunidade acadêmica – alunos, professores, funcionários, estagiários. Material que foi separado por área pela equipe do Campus. Além dos livros acadêmicos, A Feira das Traças também tem obras literárias e revistas. “Todo o dia, a gente vem na parte da tarde e da noite, a gente recupera tudo, põe mais exemplares e todos os dias assim”, det alha o agente universitário Alexandre Amaral Pereira, responsável pela organização da Feira das Traças.

O Gabriel Cézar, por exemplo, aproveitou para se desfazer de alguns livros e para levar autores importantes para sua formação. O acadêmico do terceiro ano de Economia doou três e lançou mão de seis. “É algo que está lá, você já leu, já usufruiu daquele conhecimento. Então, nada mais digno que você passar para a frente e ainda adquirir outro livro, outro exemplar em troca. É fantástico”, defende o estudante.

Livros estão organizados por área (Foto: Coorc)

Já a Thainá Godina, estudante do curso de Letras, aproveitou para levar os títulos que os calouros precisarão. Para ela, a Feira além de auxiliar com exemplares fundamentais para sua formação, ajuda quem precisa dar destino correto aos livros que não estão sendo usados. “Além de ajudar a gente que precisa, ajuda quem quer fazer uma limpeza em casa e não sabe como, onde jogar. Porque você pensa assim: ‘não vou jogar fora, porque alguém vai usar’. E aí pode trazer para faculdade e faz meio que essa ligação direta entre quem precisa jogar fora e quem precisa pegar”.

A Feira das Traças continua aberta enquanto houver material para distribuir. É importante ressaltar que ainda é possível fazer doações. “Enquanto tiver livros e exemplares a gente está com a feira aberta”, complementa Alexandre. O desafio é justamente criar, segundo o professor Ademir, através de ações como esta, uma vida acadêmica sustentável. “As pessoas que pegam o livro hoje, que possam trazer no ano seguinte, que possam utilizar do livro e trazer no ano que vem, para a gente fazer uma corrente do bem. Todo o ano reciclando, todo ano trazendo novos materiais”.

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