Pró-Reitoria de Extensão e Cultura realiza segunda edição do Trem de Minas
Muitas pessoas sentem orgulho e saudades de sua terra natal. Foram esses sentimentos que motivaram a professora de música da Unicentro, Eliana Fialho, a propor uma noite cultural dedicada ao lugar de onde veio realizada na terra que a acolheu. “É porque eu sou mineira, né? Eu moro há 30 anos aqui. Então, é meu estado natal. Eu acho muito bonita toda a história, é muito comemorado lá a inconfidência mineira”.
A ideia agradou mais gente por aqui. E, por isso, pelo segundo ano consecutivo, a Unicentro realizou o Trem de Minas. Em 2018, o palco da ação foi a Academia de Letras, Artes e Ciências de Guarapuava, a Alac. A programação contou com apresentações musicais, palestras sobre a inconfidência mineira e exposição de fotos sobre o estado de Minas Gerais. “Para o mineiro, “trem” quer dizer muita coisa. Então, “Trem de Minas” é isso tudo que vocês estão vendo aqui. Ou seja, exposição de fotos, retratando aqui toda essa cultura e arquitetura mineira e também a gastronomia típica, os quitutes de Minas Gerais, que é bem forte, e todos esses compositores mineiros, que são importantes para o Brasil”, explica a agente universitária Elizabete Ribas Lustoza.
E não tem como falar de cultura sem falar da culinária. Ainda mais quando a cozinha em questão é a mineira, uma das mais marcantes em todo o país. Por isso, o Trem de Minas contou com degustação de pratos típicos do local. No cardápio, vaca atolada, feijão tropeiro, pão de queijo e doce de leite. Delicias que, segundo o chef Guilherme Romani, agradaram tanto paladares paranaenses, quanto mineiros. “Eu estava aqui e alguns mineiros pegaram antes de comer já falaram assim ‘vou experimentar, se não tiver bom eu vou falar’. E todos gostaram. Então, eu fico feliz com isso. Eu não sou de Minas, mas a gente busca referência e busca o trabalho, quais são temperos, o que eles utilizam e a gente tenta trazer isso na comida”.
As apresentações ficaram a cargo da idealizadora do evento. A professora Eliana trouxe os alunos para interpretar canções de compositores mineiros ou que tivesse alguma ligação com o Estado. A exposição de fotos permitiu que os visitantes contemplassem as paisagens e a arquitetura de Minas Gerais. Os registros são do casal Andressa Rodrigues e Luiz Ricardo Rech. “As fotos surgiram de viagens mesmo, os lugares que a gente visitou, tudo aquilo que a gente acha interessante, desde a arquitetura, a estrada, a cultura. Tudo que reflete a cultura para nós é muito interessante”.
Além de celebrar a cultura e a culinária de Minas Gerais, o evento também lembrou de um fato importante para história do estado e do brasil: a Inconfidência Mineira . “A própria Inconfidência Mineira é um fato histórico e um tema importante, justamente para a gente perceber os diferentes olhares que se podem lançar sobre a história, sobre os fatos históricos. Nesse sentido, então, a Inconfidência Mineira é rica nisso, porque se produziu muito literatura já a respeito”.
E quem sentiu esse gostinho de Minas Gerais aprovou, como a Maria Luiza Haag, de nove anos. “Estou achando muito legal, as musicas que eles cantaram, tudo muito afinado, tudo muito delicado”.